13 DE AGOSTO EM FÁTIMA: A APARIÇÃO QUE A MAÇONARIA QUERIA EVITAR

Durante a sua primeira aparição às três crianças de Fátima, no domingo, 13 de maio de 1917, a Virgem pediu-lhes que viessem todos os dias 13 dos meses seguintes. Mas em 13 de agosto, quando uma multidão de 20.000 pessoas já lotava a Cova da Iria, nenhum dos três pastores esteve presente.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Anticlerical notório, membro da Maçonaria, Artur de Oliveira Santos acumulava os cargos de administrador do cantão, presidente da Câmara Municipal e substituto do juiz cantonal. Determinado a fazer cessar as manifestações que atraíam sempre mais pessoas, ele se comprometeu a sequestrar as crianças e mantê-las em cativeiro em uma casa até que elas confessassem suas mentiras e revelassem o engano.

O RAPTO DAS CRIANÇAS

Usando de astúcia e não hesitando em mentir, ele se apresentou na manhã de 13 de agosto, fingindo acreditar nas aparições e garantir a segurança das crianças levando-as junto dele para a Cova da Iria. Não conseguindo convencer, ele pediu para conduzi-las até o Cura da cidade para uma nova entrevista. Uma vez no presbitério, depois que o pároco interrogou as crianças, o administrador obrigou-as a entrar em seu carro. Mas em vez de levá-los à Cova da Iria, ele se voltou para a cidade de Ourem. Quando chegaram, o administrador trancou-os em uma sala e disse-lhes que não sairiam até que revelassem o segredo.

Enquanto isso, na Cova da Iria, uma multidão esperava em vão pela chegada das crianças. Alguém anunciou que o administrador os havia raptado. Um barulho violento de trovão foi ouvido, então um relâmpago apareceu e finalmente uma pequena nuvem pairou sobre o carvalho verde onde a Virgem costumava conversar com as crianças. Essa nuvem subiu logo e desapareceu, de modo que todos estavam convencidos de que Nossa Senhora certamente havia vindo.

Enquanto isso, as crianças foram submetidas a múltiplos interrogatórios, nove ao todo. Em 14 de agosto, eles foram interrogados separadamente e examinados por um médico. Incapaz de obter deles qualquer negação ou admissão de mentiras, o administrador cantonal decidiu usar armas mais constrangedoras. Ele os trancou na prisão pública.

NA PRISÃO E AMEAÇADOS DE MORTE

Jacinta sofreu terrivelmente por estar separada dos pais. Francisco estava profundamente triste por ter perdido o encontro com Nossa Senhora. Os outros prisioneiros demonstraram muita bondade para com as crianças e tentaram consolá-las.

A Irmã Lúcia escreveu nas suas memórias: “Decidimos então rezar o Rosário. Jacinta retirou a medalha que usava no pescoço e pediu a um prisioneiro para pendurá-la em um prego na parede. Ajoelhados perante a medalha, começamos a rezar. Os prisioneiros rezavam conosco … Então, Jacinta, que nunca chorou durante os interrogatórios, começou a soluçar pensando em sua mãe. Jacinta, perguntei, não oferecerás este sacrifício a Nosso Senhor? – Sim, eu quero, mas eu continuo pensando em minha mãe e não posso deixar de chorar”… De repente, um guarda apareceu e chamou Jacinta com uma voz terrível: “O óleo começou a ferver; conte o segredo se você não quer queimar!

– Eu não posso.

– Você não pode? Ah, bem, eu vou lhe mostrar um meio capaz de fazer! Venha!”

Ela saiu imediatamente, sem nem dizer adeus. Então, Francisco, com uma alegria serena e sem limites disse: “Se nos matarem como dizem, poderemos entrar no céu imediatamente! É maravilhoso! Nada mais importa! “Então, após um momento de silêncio, “Que Deus faça com que Jacinta não tenha medo. Rezarei uma Ave Maria por ela”.

Pouco tempo depois, o guarda voltou para buscar Francisco, e depois Lucia seguindo o mesmo cenário. O administrador ameaçou pela terceira vez. Os três seriam cozidos juntos! Ele não obteve nem o segredo nem qualquer confissão.

Na manhã seguinte, após um último interrogatório, as crianças foram levadas de volta a Fátima. Como todos estavam enfurecidos pelo comportamento do administrador e do pároco (as crianças foram levadas deixando o presbitério), este último, compreendendo a dubiedade do administrador, escreveu uma declaração pública alegando que ele não tinha nada a ver com “o ato odioso e sacrilégio que constituiu o rapto inesperado das três crianças“. Graças a esta carta pública, a história dos acontecimentos de Fátima foi publicada pela primeira vez na imprensa católica.

Finalmente, a armadilha que visava abafar os eventos que ocorreram em Fátima lhes proporcionou grande publicidade e voltou-se para a confusão dos ímpios.