A ÁGUA BENTA

Pia batismal – Foto de Igreja Matriz de Cristo Rei, Bento Gonçalves -  Tripadvisor

Adentremos na tradição e na intenção da Igreja, evitando usar a água benta mecanicamente.

Fonte: Apostol n ° 156 – Tradução: Dominus Est

Quando entramos em uma igreja, nosso primeiro gesto é se utilizar da água benta com a qual fazemos o sinal da cruz sobre nós mesmos. Em suma, abençoamo-nos com a água benta.

A água benta é o sacramental básico, por assim dizer. Não contém a graça – como é o caso dos 7 sacramentos – mas é uma prece muito poderosa da Igreja. O seu efeito principal é expulsar os demônios graças aos exorcismos que esta água recebeu, e ao sal que o sacerdote acrescenta durante a sua bênção. A água benta remove, portanto, as perturbações imediatas do demônio, tais como apegos ao pecado, tentações e distrações.

É aconselhável, portanto, utilizar a água benta para estar melhor preparado para honrar o lugar sagrado – que é a igreja, para alí rezar, para assistir os ofícios e receber os sacramentos. Em poucas palavras, a água benta leva-nos do profano ao sagrado.

Este rito segue as práticas das primeiras igrejas cristãs, quando os fiéis recebiam água benta do próprio celebrante antes de entrarem na igreja, ou a levavam em bacias ou cântaros colocados no vestíbulo. Hoje em dia são aspergidas pelo celebrante no início da Missa solene dominical.

Adentremos na tradição e na intenção da Igreja, evitando utilizar a água benta mecanicamente. Não se deve utilizá-la quando há a aspersão do domingo. Também não há razão para utilizá-la ao sair da igreja, especialmente depois de ter comungado. Qualquer outro uso de água benta pelos fiéis na igreja deve ser evitado.

Pe. Lionel Héry, FSSPX