A MISSA NOVA LEVA AO PECADO CONTRA A FÉ – PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

A missa nova é escandalosa, não no sentido do escândalo que causa estranheza. Não se trata disso. O escândalo é que conduz ao pecado. Pois bem, a nova missa leva ao pecado contra a fé, que é um dos pecados mais graves e perigosos, porque a perda da fé é, verdadeiramente, afastar-se da Revelação, de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Igreja.

Isso equivale a concluir que uma pessoa que estava ciente e está a par do perigo dessa missa e que foi a ela, cometeria, é claro, pelo menos um pecado venial. Por que, me direis, por que não nos diz ser um pecado mortal? Porque acredito que assistir uma só vez essa missa não constitui um perigo próximo. Acredito que o perigo se torna grave e, portanto, se torna motivo de um pecado grave, pela repetição. (…) O pecado torna-se grave se uma pessoa consciente e está a par do assunto frequenta regularmente e diz: “Ah, pra mim é a mesma coisa, não tenho medo quanto a minha fé”!, sendo que sabe perfeitamente que é algo perigoso. Ele sabe: é testemunha que as crianças perderam a fé porque assistiam regularmente a missa nova, é testemunha de que os pais deixaram a Igreja … mas, enfim, vai a ela de qualquer jeito. Nesse caso, é evidente que ele está realmente colocando em risco sua fé.

Para julgar a falta subjetiva dos que celebram a missa nova ou dos que a assistem, devemos aplicar as regras do discernimento de espíritos, segundo as diretrizes da teologia moral e pastoral. Devemos agir sempre como médicos de almas e não como justiceiros ou carrascos, como são tentados a fazer aqueles que são animados por um zelo amargo e não por um zelo verdadeiro(1) . Os jovens sacerdotes devem inspirar-se nas palavras de São Pio X em sua primeira encíclica e em muitos textos de autores espirituais conhecidos, como os de D. Chautard em A alma de todo apostolado, de Garrigou-Lagrange no segundo volume de  Perfeição cristã e Contemplação e D. Marmion em Cristo Ideal do Monge . 

Diretrizes práticas 

Os fiéis católicos devem fazer todo o possível para manter a fé católica intacta e íntegra: assistir à Missa de sempre quando puderem, ainda que seja uma vez por mês e colaborar ativamente para ajudar os sacerdotes fiéis na celebração da Missa da sempre e na distribuição dos sacramentos segundo os ritos antigos e o catecismo antigo.

Quando não podem ir a essas missas, podem lê-la aos domingos no missal, em família se possível, como os cristãos dos países missionários, que só recebem a visita do padre duas ou três vezes por ano e, às vezes, apenas uma!

Damos essas diretrizes para que cada uma possa seguir a linha de conduta mais favorável para a preservação da fé. É evidente que o preceito de domingo é obrigatório apenas quando há uma Missa de sempre acessível. É a época do heroísmo. Acaso não é uma graça de Deus viver nestes tempos turbulentos, para poder encontrar a Cruz de Jesus, seu sacrifício redentor, e estimar em seu justo valor essa fonte de santidade da Igreja, colocá-la novamente em  honra e apreciar melhor a grandeza do sacerdócio?

Entender melhor a Cruz de Jesus é elevar-se ao céu e aprofundar na verdadeira espiritualidade católica do sacrifício, e o sentimento de sofrimento, da penitência, da humildade e da morte.

A Missa de Sempre – Mons. Marcel Lefebvre +