A OCIOSIDADE É MÃE MALDITA DE MUITOS MALES

ocioGrande elogio fez o Sábio à mulher, ao diz que não comeu seu pão na ociosidade. Foi um dos traços com que descreveu a mulher forte, verdadeiro modelo e invejável prêmio para o homem justo.

A lei do trabalho, leitora, é universal neste mundo. Comer o pão do suor do rosto vale tanto para o homem como para a mulher. Ainda mais quando se associam formando um lar, abrindo nele a primeira escola para os filhos. Para que trabalhassem – lemos que Deus colocou os primeiros homens no paraíso. No paraíso do lar eles receberam autêntica missão. O homem labutando lá fora, e dentro de casa a esposa “procurando o linho e a lã, trabalhando-os com suas mãos hábeis e diligentes“. – Péssimo exemplo dá aos filhos a mãe que vive seus dias na ociosidade, sem fazer nada, toda entregue às leituras, às visitas, aos passeios e às futilidades. Debalde se cansa o marido, se em casa vive uma companheira ociosa.

… Móveis, roupas, imóveis – tudo se estraga mais depressa, quando os olhos da dona diligente não se interessam por sua conservação. A ociosidade é mãe maldita de muitos males. Que fará a dona de casa se não trabalha? Lê? Sim; mas em breve as leituras, para não serem monótonas, hão de ser picantes e … nocivas. Fica imaginando na vida? E torna-se então uma sonâmbula dentro da vida, verdadeiro flagelo dos filhos e maridos. Ou, como sói acontecer, dá para colecionar doenças, conforme a moda e as receitas das amigas igualmente desocupadas.

Não amando o trabalho, desama o lar toda mãe e esposa. Por isso vive fora de casa, espalhando-se pelas casas de outras, em palestras e indiscrições, dando mau exemplo.

Poderá, por ventura, haver paz numa casa onde a patroa nada trabalha? As desordens se revezarão com as queixas, os descontentamentos alternarão com as recriminações e brigas. Eu já vi marido falir no comércio, sempre e sempre, porque a mulher em casa, ao lado da ociosidade, cultivava – flor de planta maldita – custosa vaidade.

Vamos lá, prezada leitora, é preciso que responda à tua consciência se, em casa, és uma rainha de colméia ou uma abelha diligente, de sol a sol!

Para a educadora.

A educação não consiste só na instrução. Pois esta não forma caracteres, nem hábitos nobres e firmes, nem atinge o alvo pelo desenvolvimento perfeito de todas as vidas que há na criança: vida material, vida intelectual, vida moral, vida sobrenatural. A educação não consiste nas boas maneiras e nos modos polidos. Tudo isso nada vale quando não exprime as belas realidades.

Pais que não educam acertadamente seus filhos, não cumprem a lei de Deus, comprometem a eternidade das almas de seus filhos.


As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza