PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 1 – O PRIMEIRO DEGRAU DA PACIÊNCIA

Oração não é fórmula mágica

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Quando estamos estudando para adquirir uma virtude, geralmente, é melhor planejar começar pelas ações exteriores e, daí, seguir para as disposições interiores de onde procedem essas ações.

De acordo com esta regra, devemos começar por reprimir todos os sinais de ressentimento e raiva quando formos ofendidos, quando alguém nos contrariar ou dificultar algum trabalho em que estivermos envolvidos.

Se, apesar de tudo isso, pudermos manter um semblante impassível e tranquilo, e evitar qualquer expressão de sentimento pessoal e aborrecimento, este já é um grande ponto ganho.

Sou capaz de fazer isso? Por que é importante começar com a paciência exterior?

Primeiro, porque ela ajuda enormemente a acalmar os sentimentos dentro de nós, da mesma forma que podemos nos enfurecer quando nos irritamos externamente.

A paz logo retornará se mantivermos um semblante sereno e um comportamento tranquilo.

Em segundo lugar, porque a serenidade exterior mantida nas adversidades, edifica os outros e honra a Cristo nosso Senhor, assim como a impaciência e a irritabilidade desedificam e desonram o nome de cristão.

Devo me lembrar disso quando me sentir tentado a ceder ao meu orgulho ferido e a retaliar aqueles que me ofenderam.

O próprio Senhor aponta a nossa paciência exterior como a primeira coisa em que devemos imitá-lo, pois diz: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.

A mansidão é apenas paciência em sua manifestação exterior. Se sou sincero em meu desejo de seguir os passos de Cristo, meu Senhor, eis o melhor ponto para começar.

Devo por Sua causa e por Seu amor ser mais gentil com aqueles que me causam dor, mais tranquilo sob palavras e ações que me ferem ou magoam.