A Associação Internacional de Exorcistas, Associação fundada em 1994 e reconhecida em 2014 como Associação privada de fiéis de direito pontifício, tem como objetivo principal servir aos sacerdotes que exercem o Ministério de Exorcista na Igreja Católica. Ela reúne mais de 900 exorcistas e 130 auxiliares.
Em 6 de janeiro de 2025, a Associação publicou um documento propondo “algumas observações sobre certas práticas pastorais equivocadas”, que distorcem ou desconsideram as instruções da Igreja e os elementos de prudência que devem cercar o exercício do delicado ministério de exorcista.
O aumento da demanda
O texto constata o aumento de pedidos de pessoas “convencidas de serem vítimas de uma ação extraordinária do demônio, em uma das suas diversas formas”. Às vezes, porém, a intervenção de terceiros, incompetentes e sem discernimento, interfere no exame regular do caso. É por isso que os exorcistas fornecem dez esclarecimentos “para lançar luz sobre certas situações repreensíveis”.
1. Advertência contra a improvisação e o sensacionalismo
Certos sacerdotes, pessoas consagradas e leigos utilizam meios arbitrários, não autorizados pela autoridade eclesiástica competente. Mais grave ainda, eles dissuadem os fiéis de recorrer ao exorcista oficial de sua diocese, sugerindo que recorram a outros exorcistas “mais poderosos” ou apoiem a ideia de uma presença demoníaca que eles identificam erroneamente.Continuar lendo →
Entre os que atacam a Igreja a propósito deste dito levam a dianteira os protestantes. Ora, este princípio, de que eles se servem para acusar a Igreja, não é senão uma conseqüência lógica e necessária da doutrina dos seus principais mestres; pelo que estão em contradição consigo mesmo. Com que direito nos podem eles argüir com o que eles próprios devem admitir e o que explicitamente professam os formulários de fé dos primeiros tempos do protestantismo? Eis o que, por exemplo, lemos na confissão helvética: “Não há salvação fora da Igreja, assim como a não houve fora da arca; quem quiser ter a vida, é preciso não se separar da verdadeira Igreja de Jesus Cristo”. Não são menos explícitas as confissões da Saxônia, da Bélgica e da Escócia. Fora da Igreja, diz também o catecismo calvinista do século XVII, não há senão condenação; e todos os que se separarem da comunhão dos fiéis para formarem uma seita à parte, não podem esperar salvar-se enquanto assim estiverem separados”. E é o que afirma o próprio Calvino nas suas Instituições, dizendo: Fora do seio da Igreja não se pode esperar a remissão dos pecados nem a salvação”.
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“Mas pelo menos”, dirão, “não se pode a Igreja livrar da nota de intolerante e de cruel, em ela declarar que fora da Igreja não há salvação. Que de homens, pois, destinados à condenação eterna, só por não pertencerem à Igreja romana!”
Já nós, ainda que de passagem, respondemos a esta acusação. Bom será, porém, dar-lhe mais algum desenvolvimento; e assim se verá, como aquele velho de que fala Rousseau, de nenhum modo é digno de piedade.
Se, com efeito, a verdadeira religião, a religião de Jesus Cristo é obrigatória para todos os homens, e, se esta religião, a única, é professada e ensinada só pela Igreja católica, apostólica, romana, força é reconhecer que fora desta Igreja não há salvação, e que ninguém pode alcançar o céu sem a ela de algum modo pertencer. Não é, portanto, a Igreja que há de ser acusada por falar assim; se algum fosse digno de censura, seria o seu divino Fundador, que tornou a sua religião indispensável para todos.Continuar lendo →
Aceitas em um espírito de fé e acolhida das graças atuais, estas experiências dolorosas levam os esposos a perceber que o “julgo do Salvador é doce e seu fardo é leve”. (Mt 11, 30)
O apoio mútuo no casamento é uma das mais belas realizações da caridade fraterna descrita por São Paulo ao longo de suas epístolas. Conhecedor dos diversos destinos, seja de ordem natural ou de ordem sobrenatural, tanto das alegrias quanto dos sofrimentos, ele encontra uma aplicação particular quando o sofrimento comum se refere ao fim original do matrimônio (procriação e educação dos filhos), seja pela esterilidade, seja pela malformação, seja, enfim, pela morte de uma criança de tenra idade. No espírito de fé e acolhida das graças atuais concedidas, os lares atingidos por uma ou outra destas três provações sentirão que “o julgo do Salvador é doce e seu fardo é leve” (Mt 11, 30). É a esta dupla percepção que o presente artigo deseja contribuir.
Aqui, a nossa abordagem da esterilidade não será, evidentemente, médica, mas teológica e espiritual.
Hoje, os maiores afastamentos em relação à moral são vistos mesmo entre os batizados. Sem falar do aborto decidido depois que uma anomalia fetal grave foi identificada, deploram, por exemplo, que algumas pessoas casadas na Igreja se separem porque não conseguem conceber e vão tentar a sorte em outro lugar.Continuar lendo →
Hoje em dia Satanás exerce sobre nós um poder sedutor, não similar, mas sim infinitamente mais poderoso. Suas “sereias” são numerosas: a televisão, os filmes, internet, a educação, os governos, a falsa espiritualidade … e nos cantam continuamente “venha, venha conosco fazer o que todos fazem e serás feliz”. No seu conjunto é um rolo compressor que é muito difícil escapar, e como se estivéssemos no barco de Ulisses sem tampões ou nós, vamos vendo com horror como a grande maioria dos nossos entes queridos vão caindo lentamente em seus braços.
Não sabeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? (Lc 2, 41-52)
Hoje celebramos o Domingo da Sagrada Família, modelo para todas as famílias do mundo.
Nunca antes a família foi submetida a ataques tão violentos. O demônio sabe muito bem que lhe resta pouco tempo e tenta, de todas as maneiras, lançar ataques terríveis à instituição divina da família. Ataques vindos de todos os lados, muitas vezes até mesmo do clero. Falamos, evidentemente, da família instituída por Deus, composta por pai, mãe e filhos. Porém, é verdade, há casais que não podem ter filhos por mil razões, mas também essa é uma família quando marido e mulher selaram sua união com o sacramento do matrimônio.
Inversamente, nem tudo o que o mundo hoje quer fazer passar por “família” o é. Hoje em dia já não se contam os divórcios, separações ou as chamadas famílias alargadas e alternativas. Já houve, inclusive, quem quisesse colocar duas estátuas de São José, ou duas estátuas de Nossa Senhora no presépio, para acompanhar os tempos, para se passar por transgressor. O problema é que estas mensagens distorcidas, muitas vezes, vêm do ambiente de uma Igreja que perdeu completamente seu rumo, mesmo com a aprovação dos bispos responsáveis.Continuar lendo →
Quando estávamos no primeiro ano do seminário, e as férias em família se aproximavam, nossos professores nos advertiam: as férias são um bom teste para mensurar o fervor. Longe da vida comunitária, sem parte dos serviços em comum, pode ser difícil manter uma vida de oração tão fervorosa como no seminário. Esta observação também pode ser feita a vocês, queridos fiéis. Com as férias, às vezes é difícil cumprir os horários, e a vida de oração pode ser prejudicada. Assim, para ajudá-lo a não colocar a oração de férias, gostaríamos de relembrar algumas verdades sobre essa “elevação de nossa alma a Deus”.
A primeira coisa a se convencer é que a oração é necessária. Em outras palavras: não pode não ser. É a respiração da alma. Respiramos para nos mantermos vivos. Rezamos para permanecermos unidos ao Autor da Vida. Entrentanto, uma objeção pode surgir na cabeça das pessoas: mas por que rezar, falar com Deus, fazer pedidos a Ele, já que Ele conhece tudo? O catecismo do Concílio de Trento responde. Ele diz que não somos animais sem razão, e que Deus não é uma abstração, um ser imaginário. É uma Pessoa, é nosso Pai. Portanto, é normal que seus filhos conversem com Ele. É claro que Deus poderia nos atender sem nenhum pedido, sem nenhuma oração. Mas se obtivéssemos tudo sem pedir, acabaríamos nos esquecendo do Deus para o qual fomos feitos. É por isso que Nosso Senhor Jesus Cristo diz: Devemos sempre orar (Lc 18, 1). E acrescenta um argumento decisivo, o da nossa fraqueza: Sem mim nada podeis fazer (Jo 15,5); vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26,41).
O Papa Pio XII, em um discurso aos pregadores da Quaresma, disse em 1943: Ninguém pode, sem oração, guardar a lei divina por muito tempo e evitar uma falta grave. Porque a oração, diz o teólogo Garrigou-Lagrange, é o meio normal, universal e eficaz pelo qual Deus deseja que obtenhamos todas as graças atuais de que necessitamos. Lembremos que essas graças atuais são ajudas temporárias de Deus, para fazer o bem e evitar o mal.Continuar lendo →
Há poucos dias, no encerramento do Sínodo sobre a “sandice”dade, Francisco declarou que as suas conclusões constituem o Magistério Ordinário do Bispo de Roma. Esperava-se que, após esta declaração formal, se dissesse: “e deve ser aceito e aplicado por todos, urbi et orbi”. Não, de modo algum. Foi imediatamente declarado como um magistério (com letra minúscula) NÃO-NORMATIVO. Ou seja, que ninguém se sinta obrigado a nada, são opiniões, teses propostas à formulação de antíteses e à espera de sínteses, tudo dentro do caminho da Evolução do Dogma, do “Povo Peregrino” a que Bento XVI aludiu (ele o cita) que se renova permanentemente, mas na “continuidade” proporcionada pela manutenção do método da filosofia alemã (ainda há quem acredite que a “continuidade” de Ratzinger se refere ao conteúdo da tradição. Longe disso!)
Muitos salientaram que isto expressa, sem mais delongas, que a origem desse magistério já não é aquela que foi expressa dogmaticamente pelo Concílio Vaticano I e, antes ainda, da tradição de 2000 anos da Igreja, do Espírito Santo ao Papa (“Pedro, tu o dizes porque o Espírito te revelou“), mas passa pelo Povo e é expresso no Sínodo (uma espécie de Parlamento), sendo a função do Bispo de Roma representar essa Vontade Popular. Isto é mais antigo que urinar nos portões, não vamos nos alongar, e já foi dito, não tão claramente, na linguagem confusa do modernismo que conquistou os documentos do Concílio Vaticano II e as mentes dos Papas conciliares. Uma questão que muitos não quiseram ou não puderam ver e que faz com que Francisco pareça um total inovador face aos anteriores “mais conservadores”; quando ele apenas evidencia em linguagem clara o que a “nouvelle theologie” camuflou para evitar a condenação quando ainda havia alguns Cardeais com Fé.
Mas destaquemos a grande diferença: o pensamento tradicional afirmava com precisão, que o poder vinha de Deus para o Rei e que o Magistério era ditado pelo Espírito Santo ao Papa. E essa nova doutrina não é pronunciada de forma concisa, não se obriga a ser admitida, ela é NÃO-NORMATIVA.Continuar lendo →
A chegada dos Magos ao presépio (Mt 2,1-12) inspirou numerosos pregadores. Em um sermão sobre a Epifania, o jesuíta Louis Bourdaloue (1632-1704) evoca a verdadeira sabedoria “que consiste em procurar e encontrar Deus”. No início, no progresso e no aperfeiçoamento de sua fé, os Magos encorajam-nos a acolher a graça e a perseverar, deixando-nos guiar pela sabedoria divina.
Responder ao chamado da graça
O Evangelho observa: “Vimos a sua estrela e viemos”. Assim que discerniram o chamado de Deus, os Magos puseram-se a caminho. “Enquanto uma nova estrela brilhava externamente em seus olhos”, uma “luz secreta” entrava em seus corações. Movidos pela graça, estes sábios respondem ao seu Deus que espera “louvores de todas as nações”.
A disposição desses homens contrasta com a falta de entusiasmo que manifestamos quando o Espírito Santo nos sugere um bom projeto, cuja realização atrapalharia nossos planos. A prontidão dos Magos em seguir a estrela destaca os atrasos “imprudentes e insensatos que levamos todos os dias no cumprimento das ordens de Deus e em fazer o que a graça nos inspira“Continuar lendo →
Em sua edição de 5 de outubro de 2024, o quinzenário L’Homme nouveau publicou um artigo do Padre Laurent-Marie Pocquet du Haut-Jussé, da Congregação dos Servos de Jesus e de Maria, doutorado em teologia, que procura esclarecer as observações feitas pelo Papa Francisco durante a sua viagem à Indonésia: “Todas as religiões são um caminho para Deus. São – faço uma comparação – como diferentes línguas, diferentes expressões idiomáticas, para lá chegar. Mas Deus é Deus para todos”.
Infelizmente, as palavras do Papa não são novidade na boca dos pontífices que se seguiram ao Concílio Vaticano II. Podemos citar as palavras do futuro João Paulo II:
“O trapista ou o cartuxo confessam este Deus com uma vida de total silêncio. É para Ele que se volta o beduíno no deserto quando chega a hora da prece”. (Cardeal Karol Wojtyla, O sinal da contradição, Paris, Fayard, 1979, página 31).
Meu Jesus adorado, queremos vos oferecer nesta hora em que o tempo vira uma página da história dos homens, nosso olhar e nossas orações, contemplando o Mistério do Natal, do Vosso Presépio, onde nascestes para nos salvar.
E assim como fostes não mais do que uma frágil criança, dependendo em tudo de Vossa Mãe Santíssima e de S. José, Vosso Pai adotivo, assim queremos ser, diante de Vós e de Vosso Pai.
Antes de tudo, queremos agradecer por todas as graças que recebemos ao longo deste último ano, graças de perdão, graças de amor, vindo em nossos corações pela Santa Comunhão. Também por todas as forças e ajudas que recebemos de Vós para bem realizar nossas obrigações e deveres, tanto materiais quanto espirituais.
Nós sabemos, ó Bom Jesus, que por causa do abandono em que vos deixamos por nossos pecados, tudo o que temos nos vem da pobreza da gruta em que nascestes, da Cruz que aceitastes por nossa causa. E que, pela gloriosa Ressurreição alcançaremos, nós também, o Céu onde habitais.
Hoje o mundo se prepara para festejar um ano que termina, outro que começa. Nós queremos nos lembrar, antes de tudo, que foi o Vosso nascimento em Belém que deu origem a todos os séculos. Ali, naquela hora sublime, o tempo parou de contar para dar início a uma nova era, marcada por Vossa presença sobre a Terra.
É assim que queremos viver todos os dias, lembrando que um dia, estivestes pisando o pó das nossas estradas, falando com nossa gente, morrendo sobre uma Cruz para mostrar o caminho do Céu. Dessa lembrança virá nossa felicidade neste novo ano.
Que este ano bom seja para nós e para todos os nossos queridos pais, parentes e amigos, de verdadeira felicidade e sincera paz, e que os fogos e festejos dessa hora só nos faça estar mais próximos do tempo sem fim da Vossa Eternidade.
Pode-se ganhar uma indulgência plenária pela oração pública do Te Deum, na noite do dia 31 de dezembro e pelo canto público do Veni Creator no dia 1° de janeiro.
(Professor Luis Roldán, traduzido a partir de Angelus Press – Tradução: Permanência)
Nesta conferência, vamos falar de um tipo de liberalismo que se tornou de fato um inimigo real: o liberalismo católico. Podemos dizer que o liberalismo em geral, como uma posição na ordem metafísica, baseia-se principalmente no nominalismo – a idéia de que a única realidade vem do indivíduo; isso cria para seus adeptos um obstáculo fundamental para a compreensão de uma realidade diferente, por exemplo, a dos grupos da sociedade. Mas a maioria dos liberais não chega a alcançar um entendimento desenvolvido sobre esse assunto, porque eles estão presos ao que podemos chamar de questão principal, que é o problema do conhecimento.
O liberalismo em geral sempre se apresenta como cético quando se trata do problema de verdade; o proto-liberal é Pilatos, que no julgamento de Nosso Senhor lhe perguntou: “O que é verdade?” e depois se afastou sem ouvir a resposta. O liberal não acredita que o homem seja capaz de saber o que as coisas são realmente.
Outro desafio vem dos relativistas, que acreditam que não há realidade; que a realidade muda, e por si mesma está em constante mutação. Portanto, aquele que crê compreender ou pensa ter uma concepção verdadeira da essência da realidade apenas termina por deformá-la.
Uma terceira variante do liberalismo é o subjetivismo. O subjetivista acredita que a realidade varia segundo a percepção do sujeito, e não é determinada pelo objeto em si mesmo. Daí o ditado: “Cada cabeça uma sentença” ou “Tudo depende do ponto de vista”.
A partir dessa negação da realidade e da idéia de que o homem possa conhecer o que as coisas são, a antropologia liberal torna-se fundamentalmente individualista. O indivíduo é a única realidade. Desse modo, quando surge a questão ética, se não há normas objetivas para orientar a conduta humana, a decisão do indivíduo é a única regra que deve ser levada em conta. Em princípio, essa falsa idéia até pode ser sustentada na teoria, mas enfrenta problemas incontornáveis quando se pretende construir uma sociedade a partir dela.Continuar lendo →
Hoje a Igreja Católica comemora São João Apóstolo. Talvez não com toda a solenidade que merece esta colossal espinha dorsal do Corpo Místico de Cristo. E tento demonstrar o que acabei de dizer.
Não é preciso ser teólogo ou santo para saber quem é São João Apóstolo e Evangelista. Todos nós sabemos quem ele é. Mas estamos certos de que compreendemos profundamente o papel imenso e quase intransponível que a Providência atribuiu a este jovem — e depois a este venerável centenário — no seio de toda a humanidade?
Exceto a Mãe de Deus, e talvez São José, quem pode dizer que teve um papel mais importante na economia da salvação da humanidade? Estamos exagerando? Vamos tentar fazer algumas reflexões rápidas sobre isso.
Para além do fato de o muito jovem irmão de São Tiago Maior Apóstolo já ser discípulo de Batista ainda antes do início da atividade pública de Nosso Senhor, o que é necessário sublinhar é a singularidade do seu destino humano, fixando esquematicamente a atenção em algumas das suas prerrogativas excepcionais e únicas.Continuar lendo →
Os santos evangelhos, na narração que nos fazem de todos os acontecimentos que cercam a vinda de Jesus sobre a terra, a Encarnação de nosso Salvador, os santos Evangelhos nos manifestam a ação extraordinária que os santos Anjos desempenharam no anúncio da Boa Nova.
Nosso Senhor ainda não havia chegado. Nosso Senhor ainda não havia aparecido em público para cumprir esta evangelização, parece que Deus quis que, em primeiro lugar, os anjos fossem encarregados disso.
Notem que antes, para o Percursor, para São João Batista, é o anjo Gabriel quem vem visitar Zacarias e lhe anuncia que ele terá um filho que será o Precursor do Salvador.
Porém Zacarias duvidou da palavra do Anjo, e, apesar disso, o anjo lhe disse explicitamente: “Sou Gabriel, o anjo que vem anunciar-vos estas coisas, e porque hesitastes em acreditar, ficareis mudo até o nascimento do Filho que Deus vos envia.”
Depois, ainda é um anjo que vem visitar a Santíssima Virgem Maria, que também vem lhe anunciar a notícia extraordinária de que ela seria a mãe de Jesus, de que ela seria a mãe do Salvador. Poder-se-ia acreditar que a Santíssima Virgem também demonstrou uma certa hesitação em aceitar a palavra do anjo.Continuar lendo →
O vídeo abaixo traz uma música muito simples, mas com uma mensagem muito bonita.
Conhecida principalmente nos países de língua espanhola, é chamada “El tamborilero” ou “El niño del tambor“. Conta a história imaginária de um menino pobre, que leva consigo apenas seu tamborzinho. Não tendo nada para presentear ao Menino Jesus na noite do Seu nascimento, o pequeno “tamborilero” decide dar ao Deus Menino uma serenata com seu pequeno instrumento – e, por fim, o Recém-Nascido o olha nos olhos e lhe sorri.
Nesta era neo-pagã e orgulhosa que vivemos – (onde o “naturalismo e o humanismo” já impregnam totalmente a mente do “homem moderno e livre”, tornando-os as “religiões oficiais” daqueles que negam a verdadeira religião, negam a Nosso Senhor e seus verdadeiros ensinamentos, daqueles que “… já não suportam a sã doutrina da salvação e levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades ajustaram mestres para si (2 Tim, 4, 3)) – rezemos para que o Menino Jesus seja o único objeto de nossos pensamentos e do nosso amor. Confiemos o coração à Santíssima Virgem, para que ela, suprindo as falhas de nossa preparação, melhor o disponha para receber todas as graças que o Salvador mereceu com seu nascimento segundo a carne.
Que, pelo exemplo dessa pobre criança, nós pecadores que buscamos sempre algo que possa agradar Nosso Senhor, possamos entregar verdadeiramente a Ele tudo o que temos…tudo o que somos…todas nossas misérias, angústias e sofrimentos… e claro, a alegria em poder amá-Lo e servi-Lo nesse “vale de lágrimas”… e com a pureza de um “tamborilero”, um dia, conseguir contemplar o sorriso de Nosso Senhor, na pátria celeste.
DESEJAMOS A TODOS OS NOSSOS AMIGOS, LEITORES E BENFEITORES UM FELIZ E SANTO NATAL !
TRADUÇÃO:
O caminho que leva a Belém, desce até o vale que a neve cobriu. Os pastorzinhos querem ver o seu Rei. Lhe trazem presentes em seu humilde alforje. Ropopopom, ropopopom… Nasceu na gruta de Belém o Menino Deus!
Eu gostaria colocar aos teus pés algum presente que te agrade, Senhor. Mas Tu bem sabes que sou pobre também e não possuo nada mais que um velho tambor… Ropopopom, ropopopom… Em Tua honra, diante da gruta, tocarei com meu tambor.
O caminho que leva a Belém eu vou marcando com meu velho tambor. Não há nada melhor que Te possa oferecer… Seu sonzinho rouco é um canto de amor! Ropopopom, ropopopom… Quando Deus me viu tocando diante dEle, sorriu para mim!
LETRA ORIGINAL
El camino que lleva a Belén, baja hasta el valle que la nieve cubrió. Los pastorcillos quieren ver a su Rey. Le traen regalos en su humilde zurrón, ropopopom, ropopopom. Ha nacido en el portal de Belén el Niño Dios
Yo quisiera poner a tus pies, algún presente que te agrade, Señor. Mas Tú ya sabes que soy pobre también, y no poseo más que un viejo tambor, ropopopom, ropopopom. En Tu honor, frente al portal tocaré con mi tambor.
El camino que lleva a Belén yo voy marcando con mi viejo tambor: nada mejor hay que te pueda ofrecer, su ronco acento es un canto de amor, ropopopom, poroponponpon. Cuando Dios me vio tocando ante Él, me sonrió.
Celebrar a encarnação do Verbo como o grande mistério que está na origem da nossa filiação divina, dar graças a Deus e nos volver novamente nela para encontrar forças de renovação na nossa vida cristã: este é o verdadeiro objeto das festas do Natal.
Que o Menino Jesus chegue em vossas almas e às de vossos entes queridos e as encha de grande paz, alegria e graças em abundância.
A Igreja, durante a preparação desta festa do Natal – durante o Advento – evoca três tipos de vindas de Nosso Senhor junto a nós:
A primeira é aquela pela qual celebramos hoje, particularmente, e que nos recorda a festa do Natal: a vinda de Nosso Senhor entre nós, através da Santíssima Virgem Maria.
A segunda é evocada nos textos que a Igreja nos apresenta durante o Advento: da vinda de Nosso Senhor no fim do mundo, para julgar os homens.
Finalmente, a terceira vinda de Jesus entre nós é aquela que se realiza em cada um de nós: a vinda de Jesus às nossas almas.
E, em suma, se meditarmos um pouco nos textos que a Igreja nos propõe durante estas semanas, percebemos que a vinda mais importante é aquela que diz respeito a nós mesmo. Pois se Nosso Senhor quis descer à terra, é por nós, é para nossa salvação. E se Nosso Senhor virá sobre as nuvens do Céu para nos julgar, é também para saber o que temos feito com os meios que Nosso Senhor nos deu para alcançar nossa salvação.
E a festa do Natal é a que mais evoca, em nós e para nós, a ida de Jesus a Belém, que nos dá lições admiráveis. Porque quando Nosso Senhor vier nas nuvens do Céu, Ele nos perguntará: “O que fizestes com tudo o que eu fiz por vós? Como me recebestes durante sua peregrinação nesta terra? Como me recebestes em minhas mensagens? Como recebestes meus apóstolos? Como recebestes meu Sacrifício, meus sacramentos?”
Então, qual será a nossa resposta? Que ela seja, meus caríssimos irmãos, a primeira que foi dada pela Santíssima Virgem Maria. Como Maria recebeu Jesus? Com ação de graças. Como vos disse ontem, ela cantou seu Magnificat. Ela O recebeu com toda a sua alma ao pronunciar o seu Fiat.Continuar lendo →
Dentro de poucos dias terá início um novo Ano Jubilar para a Igreja. Em 20 de agosto do próximo ano, muitos de nós, espero, encontrar-nos-emos em Roma. Lá, evidentemente, daremos um testemunho de fé: uma fé recebida da Igreja por sua Tradição, uma fé viva que, por nossa vez, temos o dever de transmitir tal como a recebemos, isenta de qualquer compromisso com o espírito do mundo.
Possa este jubileu ser igualmente um testemunho de esperança, especialmente em relação ao futuro da Igreja e sua indefectibilidade. Com efeito, se somos profundamente ligados à Roma de sempre, devemos nos preocupar intimamente com a Igreja de amanhã. Naturalmente, conhecemos a promessa de Cristo de estar com ela até o fim dos tempos, apesar das investidas do inferno. Contudo, devemos compreender que esta promessa implica, necessariamente, a nossa participação: Nosso Senhor conta com os nossos esforços, suscitados e fecundados por sua graça, para garantir à Igreja a sua indefectibilidade.
Concretamente, que esforços são estes que Nosso Senhor espera que façamos para assegurar o futuro da Igreja? Podemos resumi-los em nosso labor comum em fazer desabrochar numerosas e santas vocações, tanto religiosas quanto sacerdotais. Os santos e os papas não deixam de repeti-lo: um povo só é santo graças a um clero santo, e uma civilização só se torna cristã na medida em que ela é fecundada por santos religiosos. Logo, preocupar-se com a Igreja de amanhã é trabalhar com todo o nosso poder no surgimento, formação e perseverança destas vocações.Continuar lendo →