FESTAS DE “DESPEDIDA” ORGANIZADAS NOS EUA PARA BANALIZAR O “SUICÍDIO ASSISTIDO”

Des "soirées suicides" organisées aux Etats-Unis pour banaliser le suicide assisté

Iniciativas mortais estão contaminando cada vez mais a sociedade ocidental. Eis uma nova e assustadora ilustração que surgiu nos Estados Unidos.

Fonte: Médias-Presse-Info – Tradução: Dominus Est

Organizações mortais

No início da década de 1990, uma senhora idosa gravemente doente organizou o que foi chamado de “festa suicida” em seu apartamento. O evento, que deveria consistir em se despedir de seus amigos antes de tirar a própria vida, terminou com a intervenção de seus parentes, levando-a a abandonar temporariamente sua decisão. Entretanto, uma vez influenciada pela literatura pró-suicídio da Hemlock Society, a mulher infelizmente tirou a própria vida.

Hoje, o que antes era impensável está se tornando normal. Festas e cerimônias suicidas, promovidas pelo movimento do suicídio assistido, são cada vez mais comuns e noticiadas na mídia americana. Um caso recente, relatado pela publicação Reasons to Be Cheerful, conta a história de uma enfermeira que, sofrendo de esclerose lateral amiotrófica, realizou a sua própria cerimónia de fim de vida em sua casa. Na cerimônia, ela foi acompanhada por seus entes queridos e por uma “mulher especializada em apoio ao fim da vida”.

“Cafés da Morte”

As organizações que promovem o suicídio assistido usam uma variedade de meios para influenciar a opinião pública e provocar uma mudança cultural significativa que rejeita todo o sofrimento, mas banaliza a morte. Os “cafés da morte”, espaços destinados a discutir a morte, tornaram-se até populares em algumas cidades americanas. Continuar lendo

ESPECIAIS DO BLOG: TRANSUMANISMO

Should We Be More Concerned about Transhumanism? - ISCAST

Essa série explora o conceito de transumanismo sob a perspectiva da filosofia tomista, analisando sua evolução histórica, fundamentos filosóficos e impactos éticos. O transumanismo, definido como uma ideologia voltada para superar as limitações biológicas humanas por meio de tecnologias avançadas, surgiu na década de 1950 e ganhou força nas últimas décadas, prometendo a criação de uma “humanidade aumentada” ou “pós-humana”. Essa visão, segundo seus defensores, busca eliminar o envelhecimento, ampliar capacidades intelectuais e físicas e, em última instância, alcançar uma forma de imortalidade tecnológica.

Do ponto de vista da filosofia tomista, a ideia central do transumanismo entra em conflito com os princípios fundamentais da natureza humana. Santo Tomás de Aquino enfatiza que a natureza possui uma ordem intrínseca que não pode ser alterada sem respeitar seus fins últimos, especialmente no que se refere à alma como princípio vital. Assim, qualquer tentativa de melhorar o corpo humano deve estar subordinada à sua finalidade.

  1. O transumanismo à luz do tomismo
  2. Genealogia do transumanismo
  3. Princípios filosóficos do transumanismo
  4. Cosmologia, a verdadeira resposta ao transumanismo

BREVE HISTÓRIA DO LIBERALISMO CATÓLICO

Resultado de imagem para liberalismo

 

(Professor Luis Roldán, traduzido a partir de Angelus Press – Tradução: Permanência)

Nesta conferência, vamos falar de um tipo de liberalismo que se tornou de fato um inimigo real: o liberalismo católico. Podemos dizer que o liberalismo em geral, como uma posição na ordem metafísica, baseia-se principalmente no nominalismo – a idéia de que a única realidade vem do indivíduo; isso cria para seus adeptos um obstáculo fundamental para a compreensão de uma realidade diferente, por exemplo, a dos grupos da sociedade. Mas a maioria dos liberais não chega a alcançar um entendimento desenvolvido sobre esse assunto, porque eles estão presos ao que podemos chamar de questão principal, que é o problema do conhecimento.

O liberalismo em geral sempre se apresenta como cético quando se trata do problema de verdade; o proto-liberal é Pilatos, que no julgamento de Nosso Senhor lhe perguntou: “O que é verdade?” e depois se afastou sem ouvir a resposta. O liberal não acredita que o homem seja capaz de saber o que as coisas são realmente. 

Outro desafio vem dos relativistas, que acreditam que não há realidade; que a realidade muda,  e por si mesma está em constante mutação. Portanto, aquele que crê compreender ou pensa ter uma concepção verdadeira da essência da realidade apenas termina por deformá-la.

Uma terceira variante do liberalismo é o subjetivismo. O subjetivista acredita que a realidade varia segundo a percepção do sujeito, e não é determinada pelo objeto em si mesmo. Daí o ditado: “Cada cabeça uma sentença” ou “Tudo depende do ponto de vista”.

A partir dessa negação da realidade e da idéia de que o homem possa conhecer o que as coisas são, a antropologia liberal torna-se fundamentalmente individualista. O indivíduo é a única realidade. Desse modo, quando surge a questão ética, se não há normas objetivas para orientar a conduta humana, a decisão do indivíduo é a única regra que deve ser levada em conta. Em princípio, essa falsa idéia até pode ser sustentada na teoria, mas enfrenta problemas incontornáveis quando se pretende construir uma sociedade a partir dela. Continuar lendo

COSMOLOGIA, A VERDADEIRA RESPOSTA AO TRANSUMANISMO

Transhumanism - Pittsburgh Quarterly

Fonte: Courrier de Rome nº 668 –  Tradução: Dominus Est

Pelo Padre Florent Marignol, FSSPX

No artigo anterior, mostramos a ligação entre a ciência física, matemática e o transumanismo. Não discutiremos aqui a relevância e a legitimidade da revolução na ciência provocada por Galileu e Descartes. Postularemos que essa nova maneira de ver o mundo é totalmente legítima e que o método matemático tem seu lugar de direito na compreensão das realidades naturais. Por outro lado, veremos como se usou isso para justificar o abandono da filosofia da natureza, que está na raiz do surgimento do transumanismo. Para facilitar a compreensão deste artigo, chamaremos de “ciências experimentais” as ciências naturais modernas que usam o método experimental e matemático, e de “cosmologia” a filosofia da natureza de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino.

É possível haver concordância entre essas duas ciências definidas dessa forma? Sim, diz o filósofo Henri-Dominique Gardeil: “se cada um desses campos do conhecimento for reconduzido às suas possibilidades próprias: se, em particular, a física peripatética for purificada de todo um aparato científico evidentemente ultrapassado, e se, possivelmente, a física moderna abandonar certas pretensões de se colocar como sabedoria suprema, o que não é de sua competência” [1]. Portanto, cada um deve permanecer em seu lugar: a ciência experimental no nível da quantificação das realidades sensíveis e a cosmologia no nível mais elevado dos princípios. “A formulação do princípio da inércia por Galileu e Descartes, diz Jacques Monod, fundou não apenas a mecânica, mas a epistemologia da ciência moderna, abolindo a física e a cosmologia de Aristóteles”[2]. Esse foi precisamente o grande erro cometido pelos pais da ciência moderna: a ciência sem cosmologia rapidamente dá origem ao transumanismo, como explicamos anteriormente. Mas o que a cosmologia pode contribuir para as ciências experimentais a fim de formar uma compreensão profunda da natureza? Continuar lendo

PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRANSUMANISMO

What is transhumanism, or, what does it mean to be human? | Extremetech

Fonte: Courrier de Rome nº 668 –  Tradução: Dominus Est

Pelo Padre Florent Marignol, FSSPX

Como mostramos em nosso artigo anterior[1], a genealogia do transumanismo é composta quase exclusivamente por cientistas nos tempos antigos e engenheiros nos tempos modernos. Será que esse conluio entre a ideologia do transumanismo e a ciência é mera coincidência? O objetivo deste artigo é mostrar que não se trata apenas de uma coincidência, mas que realmente existe uma filiação entre a ciência, tal como foi concebida desde o século XVII, e o transumanismo do século XXI, por mais surpreendente que isso possa parecer.

Até Galileu, todo o conhecimento humano era equivalente ao da filosofia. A ciência no sentido moderno da palavra, ou seja, o conhecimento físico e matemático da natureza, era praticamente desconhecida pelos antigos, com exceção de algumas aplicações em astronomia, cujo melhor exemplo é o cálculo detalhado das posições dos planetas e das estrelas feito por Ptolomeu (100-168) em seu Almagesto.

Com Galileu operou-se uma revolução na ciência por meio da matemática, que destronou a filosofia e se estabeleceu como a única fonte legítima de conhecimento nas ciências da natureza. O filósofo Marcel de Corte explica essa revolução da seguinte forma: “Todo o erro — a nosso ver enorme, e que vicia completamente a interpretação da evolução da mente humana desde a Renascença e sob o impacto do cartesianismo — é acreditar que a nova ciência da natureza se definiu ao se divorciar da metafísica (e da moralidade) e contrair matrimônio com a matemática”[2]. Continuar lendo

GENEALOGIA DO TRANSUMANISMO

Transhumanism and inequality: Enhancing human life could bring dystopian  consequences - Genetic Literacy Project

Fonte: Courrier de Rome nº 668 –  Tradução: Dominus Est

Pelo Padre Florent Marignol, FSSPX

1. Como podemos definir o transumanismo? De acordo com os proponentes dessa ideologia, o homem atingiu um patamar supostamente “crítico” em sua evolução. O objetivo é obter um controle cada vez maior sobre o destino humano, e agora é hora de o homem moderno ir além dos próprios limites estabelecidos pela natureza. Com efeito, os últimos avanços tecnológicos fornecem os meios para isso, e o resultado esperado será uma humanidade “aumentada” ou “pós-humana”.

2. Por exemplo, a World Transhumanist Association (hoje Humanity +) afirma: “O futuro da humanidade será radicalmente transformado pela tecnologia. Prevemos a possibilidade de os seres humanos passarem por modificações como rejuvenescimento, aumento da inteligência por meios biológicos ou artificiais, capacidade de modular seu próprio estado psicológico, abolição do sofrimento e exploração do universo”[1]. Partindo do pressuposto de que os seres humanos terão que se submeter a esses tipos de modificações em um futuro próximo, quer queiram ou não, os transumanistas defendem “o direito moral daqueles que desejam usar a tecnologia para aumentar suas capacidades físicas, mentais ou reprodutivas e ter mais controle sobre suas próprias vidas. Desejamos prosperar transcendendo nossas limitações biológicas atuais”[2]. O leitor, que olhar apenas superficialmente, pode ver isso como meras divagações, mas a mente atenta não pode deixar de notar que essa ideologia é propagada pelos homens mais ricos do mundo: Bill Gates, Elon Musk e Larry Page, para citar apenas alguns. Quanto ao filósofo e ao teólogo, tais declarações só podem encorajá-los a levar a sério essa utopia que, por seu escopo e pela qualidade de seus pregadores, força a voz católica a ser ouvida em alto e bom som.

Continuar lendo

O TRANSUMANISMO À LUZ DO TOMISMO

Transhumanism | Ethical, Legal, and Societal Implications of Biotechnology

Fonte: Courrier de Rome nº 633 – Tradução: Dominus Est

Pelo Padre Jean-Michel Gleize, FSSPX

I – Breve estado da questão

1. O transumanismo é frequentemente usado para se referir ao “aprimoramento humano”. O primeiro uso conhecido da palavra data de 1957, quando foi cunhada pelo biólogo Julian Huxley. Seu sentido atual teve origem na década de 1980, quando os chamados especialistas começaram a dar substância à ideia. Os pensadores transumanistas previram que os seres humanos poderiam se transformar em seres com habilidades que lhes dariam o rótulo de “pós-humanos”.

2. A ideia essencial está aí. O resto, sobre o qual várias fontes de informação (da Wikipédia a Luc Ferry, passando por todos os futurólogos do outro lado do Atlântico) se esbanjam, diz respeito principalmente aos auxiliares do transumanismo, os meios empregados. Essa melhoria da condição humana, conforme nos é apresentada, envolve uma variedade de tecnologias, mas todas elas visam eliminar o envelhecimento e aumentar as capacidades intelectuais, físicas ou psicológicas: em suma, o desempenho. Desse ponto de vista, o transumanismo se baseia em todos os avanços possíveis e imagináveis, não apenas na medicina, na tecnologia, na computação e na robótica, mas também em tudo o que pode ser comparado aos sonhos da ciência, incluindo, acima de tudo, os da inteligência artificial. E, é claro, tudo isso exige recursos financeiros consideráveis.

3. Em nosso próprio meio, as palestras e os livros do Dr. Dickès confirmam essa observação. O eminente (e generoso) médico que conhecemos bem tem o mérito de apontar o dedo para a ideia central do transumanismo. O transumanismo é uma ideologia da moda cujos proponentes estabelecem como meta “fabricar” uma nova humanidade para substituir a antiga. A nova humanidade será imortal graças à contribuição da tecnologia, mas também será uma elite, enquanto o restante será “digitalizado” e armazenado em computadores. O protótipo: um homem robotizado (um computador que substituiu seu cérebro) ou um robô humanizado (um cérebro humano enxertado em uma máquina).

Continuar lendo

D. STRICKLAND ELOGIA FORTEMENTE D. LEFEBVRE

D. Joseph Strickland, Bispo emérito de Tyler, no Texas, que foi demitido por ser demasiado crítico em relação ao atual pontificado, causou recentemente um grande estrondo ao acusar publicamente os bispos americanos de serem cúmplices da crise na Igreja, através da passividade e também, especialmente, por não terem protestado durante o recente Sínodo. Ele continua sua reflexão.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

No seu blog “Bishop Strickland’s Substack”, D. Strickland, que claramente aproveita a sua aposentadoria precoce para estudar e refletir sobre a situação atual da Igreja, acaba de publicar um longo texto intitulado “Construir uma escadaria”. O mínimo que se pode dizer é que a sua reflexão, visivelmente animada por um amor a Cristo e à Igreja, avança a um rítmo acelerado.

A argumentação do seu texto baseia-se na analogia da escada construída por Cristo, que liga a terra ao céu: “os degraus são os sacramentos (…) e o depósito da fé é a estrutura. (…) Os sacramentos são sinais eficazes porque trazem realmente à terra aquilo que simbolizam. Para isso, o simbolismo deve estar correto tanto na “forma” quanto na “matéria”.

“Se um ou outro for modificado”, acrescenta, “a forma (as palavras pronunciadas) ou a matéria (a parte física do sacramento), a validade é destruída. Por conseguinte, cada tábua desta escadaria é parte integrante do todo”, conclui. E continua a denunciar os ataques contra a escadaria no interior da Igreja, uma escadaria que deve ser defendida à custa de sangue. Continuar lendo

A “LIBERDADE RELIGIOSA” – O ESTANDARTE DE SATANÁS ERGUIDO NO MEIO DA IGREJA

Resultado de imagem para LIBERDADE RELIGIOSAO ESTANDARTE DE SATANÁS ERGUIDO NO MEIO DA IGREJA: A “LIBERDADE RELIGIOSA”

Pe. Pierre Marie, O. P.

Na raiz do liberalismo encontra-se, como já se viu, uma falta de coragem para condenar o erro. O liberalismo penetrou oficialmente na Igreja no dia em que foi aceito o direito à “liberdade religiosa” no foro externo. É este, indubitavelmente, o erro fundamental do Concílio, o erro mais grave. Se se admite a assim chamada “liberdade religiosa”, é claro que, em vista disto, se deve adaptar-se ao pluralismo religioso e procurar conviver com as outras religiões. Tal é a tarefa do ecumenismo. Da mesma forma, admitida a “liberdade religiosa”, é preciso adotar uma forma de governo eclesiástico que favoreça a liberdade, e este será o papel da colegialidade, a qual não é senão a introdução da democracia na Igreja.

Se, ao contrário, se rejeita a “liberdade religiosa”, buscar-se-á favorecer a unidade centrada na Verdade, mediante a conversão à verdadeira Fé. Assim se evitará também dissolver a autoridade na colegialidade e no número. Isso para que a verdade possa ser mais eficazmente ensinada pela autoridade do Magistério, e o erro, condenado com mais energia.

Sabe-se que os inimigos da religião compreenderam, há mais de dois séculos, que a instauração da “liberdade religiosa” é o meio mais eficaz para destruir a Fé católica. Eles a impuseram a partir da assim chamada Revolução francesa, e as diversas tentativas de restauração não ousaram questionar esta “liberdade”.

Sabe-se também que a maçonaria fez pressão sobre a Igreja para esta adotar a doutrina sobre a “liberdade religiosa”, no último Concílio. Dom Lefebvre recorda o exemplo do Cardeal Bea e dos seus contatos, antes do Concílio, com os membros da B´nai Brith, a maçonaria judaica. O próprio Cardeal Willebrands no Osservatore Romano, por ocasião da morte de Adolfo Visser´t Hooft, idealizador e primeiro secretário do Conselho Ecumênico das Igrejas (C. O. E.) conhecidamente ligado à maçonaria, escrevia: “Foi ele [Visser´t Hooft] quem me sugeriu dois pontos concretos que deviam constituir a “pedra de toque” dos aspectos ecumênicos do Concílio: o problema da liberdade religiosa e o dos matrimônios mistos”1. Continuar lendo

MENSAGEM DO SUPERIOR GERAL DA FSSPX E SEUS ASSISTENTES POR OCASIÃO DO 50º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO DE 21 DE NOVEMBRO DE 1974

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

1974-2024 “SEMPER IDEM”

Há 50 anos, D. Marcel Lefebvre publicou uma memorável Declaração que se tornaria a carta magna da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Verdadeira profissão de fé com ressonância eterna, esta declaração exprime a essência da Fraternidade, sua razão de ser, sua identidade doutrinal e moral e, por conseguinte, sua linha de conduta. Dessa forma, a Fraternidade não poderia desviar-se nem um pouco do seu conteúdo e do seu espírito, que, 50 anos depois, permanecem perfeitamente atuais.

Esta Declaração contém duas ideias absolutamente centrais, que se completam e apoiam mutuamente: a primeira afirma o caráter essencialmente doutrinal da luta da Fraternidade; a segunda exprime o objetivo pelo qual ela se trava.

Trata-se de uma batalha doutrinal, frente a um inimigo claramente identificado: a Reforma do Concílio, apresentada como um todo envenenado, concebida no erro e que conduz ao erro. É o seu espírito subjacente que é posto em causa e, consequentemente, tudo o que esse espírito foi capaz de produzir: “Esta Reforma, sendo fruto do liberalismo, do modernismo, está inteiramente envenenada; sai da heresia e termina na heresia, mesmo que todos os seus atos não sejam formalmente heréticos. É, portanto, impossível para qualquer católico consciente e fiel adotar esta Reforma e submeter-se a ela, seja de que maneira for. A única atitude de fidelidade à Igreja e à doutrina católica, para nossa salvação, é a recusa categórica à aceitação da Reforma. Continuar lendo

DOAÇÃO DE ORGÃOS: HOMEM COM “MORTE CEREBRAL” ACORDA DURANTE CIRURGIA

TJ Hoover, déclaré en mort cérébrale, se réveille pendant l'opération de transplantation

Uma visão horrível para a equipe de enfermagem, mas uma prova de que morte cerebral não é a morte em si. Um homem declarado “morto” acorda em uma mesa de cirurgia enquanto os médicos se preparavam para remover seu coração.

Fonte: Médias Presse Info – Tradução: Dominus Est

Um americano, TJ Hoover, prova que a morte cerebral não é morte. Da maneira mais brutal e terrível possível: acordando na mesa de cirurgia no momento em que os médicos se preparavam para remover seu coração.

A história começa em 25 de outubro de 2021, quando Anthony Thomas “TJ” Hoover II, 36 anos, foi admitido no pronto-socorro do Baptist Health Richmond. Ele sofreu uma parada cardíaca e foi classificado como código azul, o que significa que estava em estado crítico e precisava de atenção médica imediata.

Disseram-nos que TJ não tinha reflexos, nem reações, nem ondas cerebrais, nem atividade cerebral. E isso foi dito nos dias 26, 27, 28, 29 e 30. Tomamos a decisão, como família, de desligar os aparelhos porque, você sabe, declararam ele com morte cerebral.” Devido a essa declaração, eles decidiram honrar os desejos de TJ como doador de órgãos. “Quando ele estava sendo transportado da unidade de terapia intensiva para a sala de cirurgia, seus olhos começaram a abrir, e não apenas a abrir, ele estava olhando ao redor, para ver o que estava acontecendo”, disse Donna Rhorer, sua irmã. “E disseram-nos que eram apenas reflexos, apenas instinto normal, e que ele não estava mais alí.” Continuar lendo

CANADÁ: EUTANÁSIA PARA PESSOAS OBESAS E POBRES

L'euthanasie, un moyen de se débarrasser des plus vulnérables

O Canadá é um dos países mais progressistas no que diz respeito à eutanásia (veja aqui, aqui, aqui e aqui).

A obesidade ou a pobreza podem ser um dos critérios. Os médicos canadenses estão expressando sérias preocupações sobre a tendência crescente de praticar a eutanásia em pessoas que não estão em fase terminal. E alguns se arrependem de ter praticado a eutanásia em pacientes que eram simplesmente obesos ou pobres.

Fonte: Médias Presse Info – Tradução: Dominus Est

Médicos canadenses afirmam que a flexibilização dos critérios da eutanásia é “moralmente angustiante”.

Médicos canadenses estão expressando sérias preocupações sobre a crescente tendência da eutanásia em pessoas que não estão com doenças terminais. “Relatos recém-descobertos”, escreve o British Daily Mail, “revelam que muitos médicos responsáveis por praticar a Assistência Médica à Morte (AMM) consideraram o relaxamento dos critérios ‘moralmente angustiante’.”

Em 2021, o Canadá expandiu a sua lei sobre a AMM para incluir pessoas com doenças incuráveis, mas não terminais, levando a um aumento de 30% nas mortes assistidas em 2022.

Um médico de Ontário escreveu no relatório do seu paciente que, embora o homem sofresse de uma doença pulmonar grave, o que o levou à eutanásia foi “principalmente porque ele é um desabrigado, está endividado e não pode tolerar a ideia de qualquer tipo de cuidados de longo prazo”. Continuar lendo

PEQUENO CATECISMO SOBRE A EUTANÁSIA

Médico católico sobre a eutanásia: entendimento errôneo sobre compaixão

Fonte: SSPX Great Britain – Tradução: Dominus Est

PERGUNTA. O que é eutanásia?(1)

RESPOSTA. Eutanásia, por vezes chamada de “suicídio assistido” ou “homicídio misericordioso”, é uma ação ou omissão que, por si só ou intencionalmente, causa a morte, com o propósito de eliminar o sofrimento. 

P. Por que a Igreja Católica proíbe a eutanásia?

R. A Igreja Católica proíbe a eutanásia porque é um ato de assassinato. A Igreja, o Corpo de Cristo, tem o dever de esclarecer e proteger a Lei Natural, que está resumida nos Dez Mandamentos. 

P. A eutanásia é um pecado? 

R. Sim, a eutanásia, ou suicídio assistido, é um pecado mortal contra o Quinto Mandamento, que obriga o homem a proteger e preservar sua vida, não prejudicá-la ou destruí-la.

P. O que se entende por “intrinsecamente mau“?

R. Algumas coisas que são pecados não são más em si mesmas, mas por causa de alguma circunstância. Não é mau comer pizza e beber cerveja, mas se eu fizesse isso em uma igreja, seria um pecado por causa dessa circunstância de eu estar em um lugar sagrado. Outras coisas são más em si mesmas, ‘intrinsecamente’, o que significa que nada pode justificá-las. Matar uma pessoa inocente é uma dessas coisas. Continuar lendo

LIBERALISMO MORTÍFERO

Resultado de imagem para liberalismo"Pe. François-Marie Chautard, FSSPX

“O fim dos modernos é a segurança na fruição privada; e eles chamam de liberdade
as garantias concedidas pelas instituições a essa fruição” 
(Benjamim Constant)

Fecundação artificial, “barriga de aluguel”, uniões homossexuais, eutanásia, aborto, contracepção, divórcio, a lista dos vícios validados, avalizados e encorajados pelas leis não cessa de crescer.

E se por acaso os católicos buscam — ainda que timidamente — impedir uma nova legislação imoral, lança-se ao seu rosto o repetitivo argumento: Como vocês ousam se opor a uma disposição legal que não faz mal a ninguém? Com base em quê a opinião dos católicos deveria prevalecer sobre a dos demais cidadãos, quando se trata de práticas que em nada lesam os católicos? Não é prova de intolerância querer impor aos demais uma conduta que não lhes diz respeito? 

O argumento é revelador do princípio fundamental que caracteriza os tempos modernos: a autonomia absoluta do homem como único limite da liberdade dos demais.

Desde que uma lei não fira um “direito” individual nem [incomode] uma minoria, desde que não gere transtornos à ordem pública, o homem é soberanamente livre de promulgar leis: eis o credo do “homo modernus”.

Benjamin Constant exprimia esse princípio de um modo límpido: 

“Eu defendi por quarenta anos o mesmo princípio, a saber, liberdade em tudo, em religião, filosofia, literatura, indústria e política: e por liberdade, compreendo o triunfo da individualidade, tanto sobre a autoridade que gostaria de governar pelo despotismo, como sobre as massas que reclamam o direito de sujeitar a minoria à maioria. O despotismo não tem direito algum. A maioria tem, sim, o direito de obrigar a minoria a respeitar a ordem: mas tudo o que não perturba a ordem, tudo o que é meramente interior, como a opinião; tudo o que, na manifestação da opinião, não perturba o próximo, quer provocando violências físicas, quer impedindo a manifestação contrária; tudo o que, de fato, em assuntos industriais, permite à indústria rival operar livremente, é individual e não poderia ser legitimamente submetido ao poder público.” Continuar lendo

COMPREEDER JOÃO PAULO II PARA COMPREENDER FRANCISCO. A APOSTASIA DE 86 BEM EXPLICADA, SEM CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E TRAZIDA DE VOLTA AO PRESENTE

Capire Wojtyła per capire Bergoglio. L’apostasia di Assisi ’86 spiegata bene, senza attenuanti e ricondotta al presente

Esse extrato fundamental para a compreender a crise atual foi extraído da obra-prima de D. Andrea Mancinella (1956-2024): Golpe na Igreja. Documentos e crônicas sobre a subversão: das primeiras maquinações ao papado de transição, do Grupo do Reno à atualidade.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

27 de outubro de 1986: João Paulo II convida, pessoalmente, representantes de todas as principais religiões do mundo para um encontro ecumênico de oração em Assis, cidade de São Francisco. Cerca de um mês antes, em um artigo publicado no L’Osservatore Romano para preparar a mente dos católicos para o impacto chocante de Assis, Mons. Mejìa (então vice-presidente da Pontifícia Comissão Iustitia et Pax, ex-colega de estudos do jovem Pe. Karol Wojtyla no Angelicum e depois, naturalmente, também cardeal) revelou a heresia fundamental que estava na base deste encontro ecumênico de oração: “A presença comum (de representantes de várias religiões) baseia-se, em última análise, no reconhecimento e no respeito mútuo do caminho percorrido por cada um, e da religião à qual pertence, como via de acesso a Deus “[1]. E, de fato, é somente aceitando esse indiferentismo religioso (para o qual uma religião é essencialmente tão boa como outra), repetidamente condenado pela Igreja[2], é possível aceitar o encontro de Assis  e as suas agora incontáveis repetições em todos os níveis (incluindo o diocesano e até mesmo paroquial).

Na manhã do dia 26 de outubro, João Paulo II, antes de entrar na Basílica de Santa Maria dos Anjos, apresentou o programa do encontro aos participantes: “Daqui iremos para os nossos locais de oração separados. Cada religião terá tempo e a oportunidade para se expressar no seu próprio rito tradicional. Depois, do local de nossas respectivas orações, iremos em silêncio até a praça inferior de São Francisco. Uma vez reunidas naquela praça, cada religião terá novamente a oportunidade de apresentar a sua oração, uma após a outra”[3]. Continuar lendo

MUNDO, MUNDO…

Gustavo Corção – Conservador ardente | Pro Roma Mariana

Gustavo Corção

Entre os belos Cantos Eucarísticos do grande poeta místico que foi Santo Tomás de Aquino, vêm-nos à memória estes versos.

Solum expertus potest scire

quid sit Jesum diligere

Traduzimos, sem sabermos traduzir o sabor original: “Somente aqueles que o experimentaram podem saber o que seja o amor de Jesus”. Ou, “somente os que por experiência sabem…”.

Todos os mestres místicos ensinaram que a contemplação infusa é uma “quase experiência de Deus”. Por que “quase”? Este termo parece restritivo, e portanto impróprio para definir a mais alta de todas as aventuras da alma humana, a subida do Carmelo ou do Calvário, nas pegadas de um Deus que por nós se deixou crucificar. É por isso mesmo, aliás, que nunca poderemos encontrar termos próprios para exprimir a sobrenatural aventura. A linguagem dos místicos é inevitavelmente hiperbólica, antitética e metafórica; e é aqui, mais do que na poesia, que se aplica o que disse Rimbaud: que tentava dizer o indizível.

No caso em questão, Santo Tomás ousa empregar o termo “experimentar” quando canta, mas seus discípulos, quando tentam explicar o canto de maior linguagem especulativa, recuam diante do termo que traz sobre si uma pesada carga de conotações empíricas e carnais. E até ensinam que na subida do Caminho da perfeição o desejo de experiências sensíveis, sejam elas embora feitas do mais piedoso afeto, constituem pedras de tropeço, e até às vezes atrasos e retrocessos, porque nelas a alma se demora e se compraz no sabor e nas consolações de tal afeto. Ora, não foi este o exemplo que Jesus nos deixou na subida do Calvário. A subida mística só se fará se deixarmos para trás o lastro de terra e de carne, e se, corajosamente, aceitarmos a purificação da noite dos sentidos. Daí se explica a reserva dos mestres quando falam mais na pauta especulativa do que naquela da “experiência” ou “superexperiência” vivida na união com Deus.

* * *

Mas agora, caído em mim de tais alturas que tanto desejara ter alcançado, e das quais só ouso falar com ciência de empréstimo e de desejo, imagino o leitor a interpelar-me: — A que vêm todas essas considerações em torno da experiência mística, e dos cantos eucarísticos de Santo Tomás, quando falávamos da agonia da Espanha, e esperávamos comentários das efervescências nacionais em torno da denúncia em boa hora levantada por Dom Sigaud sobre a infiltração comunista na CNBB? Continuar lendo

JULGAR OBJETIVAMENTE

Muitas de nossas dificuldades cotidianas decorrem da falta de discernimento. O que isso significa?

Fonte: Apostol n° 188 – Tradução: Dominus Est

Não apreciamos a realidade dos fatos tal como eles são objetivamente. Deixamos de julgar corretamente uma determinada situação. Não se trata de erros, que afetam o nosso conhecimento sobre Deus, a humanidade ou do mundo material: erros que poderíamos chamar de “teóricos”. Mas trata-se de interpretar mal o comportamento do próximo; interpretar mal uma mensagem escrita ou oral, atribuindo-lhe um significado que ela não possui; não compreender as reações emocionais dos outros; fazer conexões – sem base alguma – entre dois fatos independentes; atribuir uma causa extraordinária a um fenômeno que pode ser explicado de forma mais simples pelas leis da natureza… Nosso olhar, fascinado pelos detalhes ou aspectos da realidade, esquece-se de considerá-la em sua totalidade: uma visão superficial que leva a um mal-entendido parcial ou até mesmo total.

Esses erros práticos de julgamento podem ter consequências mais ou menos graves, por vezes dramáticas. Na medida em que agimos de acordo com a maneira como avaliamos a realidade, é evidente que um erro de julgamento pode levar a decisões insensatas que vão contra nosso bem e nossa felicidade. Infelizmente, isso não é incomum… e o único objetivo deste artigo é apontar o dedo para um problema frequentemente encontrado. Continuar lendo

O PROBLEMA DA CREMAÇÃO – PELO PE. CARLOS MESTRE, FSSPX

Revmo. Sr. Pe. Carlos Mestre, Priorado S. Pio X, Lisboa no XV Domingo depois de Pentecostes com uma reflexão sobre o problema da cremação.

Mais sobre o assunto, clique nos links abaixo:

O QUE DIZER DA CREMAÇÃO DOS CORPOS?

O SEPULTAMENTO, UM RITO DESEJADO POR NOSSO SENHOR

SEPULTURA CATÓLICA: QUANDO CONCEDÊ-LA OU NEGÁ-LA?

OS PAÍSES OCIDENTAIS APOIAM A ONU NA LUTA CONTRA GRUPOS PRÓ-VIDA E PRÓ-FAMÍLIA

Os países ocidentais apoiam a ONU na luta contra grupos pró-vida e pró-família

Fonte: Medias Presse Info – Tradução: Dominus Est

A agência populacional da ONU, empenhada em combater o “retrocesso” da agenda de direitos sexuais promovida por grupos “anti-direitos”, tem recebido apoio dos governos ocidentais em sua causa. Natalia Kanem, diretora executiva do UNFPA, destacou perante o seu Conselho a existência de uma resistência significativa à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos, atribuível não apenas a uma organização bem financiada e orquestrada, mas também a dúvidas generalizadas sobre a sexualidade humana.

Pró-vida rotulados como “anti-direitos

Os rótulos “anti-direitos” e “resistência” são frequentemente utilizados pela ONU para designar grupos tradicionais pró-vida e pró-família.

Esses conceitos foram desenvolvidos pela primeira vez na ONU no contexto da oposição às políticas pró-vida do governo Trump.

Retrocesso para a política globalista mortal

O Canadá lamentou o “número crescente de retrocessos na saúde e nos direitos sexuais e reprodutivos” e garantiu ao UNFPA que estava “empenhado em fornecer apoio para combater e reverter esses retrocessos”. Só em 2022, o Canadá contribuiu com 72,8 milhões de euros para o UNFPA. Em seu orçamento integrado para 2022-2025, o UNFPA propôs uma contribuição total de 5 bilhões de dólares para a agência. Continuar lendo

A LIBERDADE RELIGIOSA É CRISTÃ OU RAZOÁVEL?

“O reconhecimento, pelo Concílio Vaticano II, do direito à liberdade religiosa foi um acontecimento considerável, pois rompeu com o ensinamento tradicional, especialmente os escritos dos Padres da Igreja, e chocou o bom senso.”

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Na véspera de seu encerramento, em 7 de dezembro de 1965, o Vaticano II reconhecia o direito à liberdade religiosa na declaração Dignitatis humanæ. A discussão foi difícil, pois a liberdade religiosa alterava o conceito católico das relações Igreja-Estado e da tolerância aos erros religiosos. O dogma de Cristo Rei, reafirmado na encíclica Quas Primas de Pio XII, em 1925, e a condenação da liberdade religiosa por Pio IX, na encíclica Quanta Cura, em 1854, eram revistos e corrigidos: doravante, a Igreja não reclamaria mais aos Estados católicos a proteção pública para si e a proibição dos outros cultos.

Consequentemente, após o concílio, a Santa Sé mandou alterar as concordatas, como, por exemplo, em 1967, aquela que unia a Espanha de Franco à Igreja, e que tinha sido adotada sob Pio XII, em 1953. “A profissão e a prática, tanto pública quanto privada, de qualquer religião serão garantidas pelo Estado” substitui “Ninguém será perturbado por suas crenças religiosas, nem pelo exercício privado de seu culto. Não se autorizará outras cerimônias, nem outras manifestações exteriores senão aquelas da religião católica.”

Seria um progresso? Na verdade, é o contrário. Longe de ser uma conquista da civilização cristã, a liberdade religiosa é um “delírio” (de acordo com a expressão de Gregório XVI, ao condenar, pela encíclica Mirari vos, de 16 de agosto de 1832, “a Igreja livre em um Estado livre” de Lamennais). Esse “delírio” é inseparável do laicismo, que se baseia no racionalismo: à razão humana, soberana na ordem do pensamento, corresponde uma liberdade soberana da vontade humana na ordem do agir, o que conduz à rejeição de qualquer autoridade e da moral. No final das contas, isso equivale ao anarquismo do “nem Deus, nem mestre”. Com as demais liberdades contemporâneas, de consciência, de imprensa ou de expressão, a liberdade religiosa torna os povos ingovernáveis. Ela se impõe como uma das mais graves “liberdades de perdição” denunciadas por Leão XIII na encíclica Libertas præstantissimum. Continuar lendo

NÃO SE PODE SALVAR A DIGNITATIS HUMANÆ

“Alguns teólogos tentaram salvar a qualquer custo a declaração do Vaticano II sobre a liberdade religiosa, demonstrando que ela estaria em continuidade com a Tradição. A posição de suas tentativas e fracassos.”

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Todos os católicos concordam em dizer que ninguém pode ser constrangido a aderir à fé. A questão da liberdade religiosa reside em um outro ponto. Ela consiste em saber se um Estado católico tem o direito de reprimir o exercício público das falsas religiões, exatamente porque são falsas. Toda a Tradição responde de forma afirmativa. O Concílio Vaticano II o nega.

O ensino tradicional da Igreja simplesmente considera uma tolerância aos falsos cultos para evitar um mal maior. Ao contrário, “o regime da liberdade religiosa proíbe essa intolerância legal, segundo a qual alguns cidadãos ou algumas comunidades religiosas seriam reduzidas a uma condição inferior quanto aos direitos civis em matéria religiosa.”[1]

À primeira vista, a questão é muito mais importante do que poderia parecer, pois envolve a obra da Igreja no mundo e seu fim. Ora, o fim (chamado também causa final) influi sobre toda a ação, desde o princípio desta. É “uma questão de vida ou morte para a Igreja.”[2] Ela recebeu a missão de fazer seu Esposo reinar ao ponto de ser estabelecida uma cristandade, ou suas prerrogativas reais serem plenamente reconhecidas. O Concílio Vaticano II, ao contrário, se associou ao ideal da democracia moderna, onde o Estado deve velar para que “ninguém seja forçado a agir contra sua consciência, nem impedido de agir, em justos limites, conforme sua consciência, em privado como em público, sozinho ou associado a outros.”[3] Os falsos cultos não deveriam ser somente tolerados, mas protegidos. Continuar lendo

DEIXEMOS O ECUMENISMO – PELO PE. JOSÉ MARIA, FSSPX

Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Piorado S. Pio X de Lisboa, no IV Domingo depois de Pentecostes, com uma exortação a uma reforma de vida, expurgando os erros do ecumenismo no nosso dia-a-dia.

A MAÇONARIA ASSUME A EDUCAÇÃO DOS JOVENS – PALAVRAS DE D. LEFEBVRE

Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

Disse Leão XIII: “A seita dos maçons também tem como objetivo, com uma suma conspiração de vontades, arrebatar para si a educação dos jovens”.

Depois do divórcio, a seita agora apropria a educação dos jovens. É tão evidente que salta aos olhos. O progresso do laicismo no ensino nos países de todo o mundo são evidentes.

Organismos como a UNESCO, supostamente criados para difundir o ensino pelo mundo e lutar contra o analfabetismo, na verdade são administrados pela Maçonaria para difundir a educação laica e ateísta em todo o mundo com o pretexto falacioso de permitir que todos os homens tenham acesso à cultura.

Vimos isso muito bem em nossas missões. Nossos maiores problemas eram com as organizações da UNESCO, porque tinham muito dinheiro e colocavam escolas laicas em todos os lugares onde tínhamos escolas católicas, sendo que havia muitos lugares para colocá-las e que não havia escolas católicas. Mas não, as colocavam propositadamente perto das nossas para destruir a influência da Igreja Católica. Com o dinheiro que tinham era fácil e pagavam aos professores muito mais do que poderíamos pagar Continuar lendo

ECUMENISMO: DESTRUIDOR DAS NAÇÕES

Fonte: FSSPX África – Tradução: Dominus Est

Nosso Senhor, no dia de Sua Ascensão ao Céu, deu aos Apóstolos o que os gregos chamam de “a Grande Comissão”: “Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.(1) Essas palavras de Nosso Senhor constituem a própria missão da Igreja Católica: fazer discípulos entre todas as nações, dar-lhes os sacramentos e governá-los pelas leis da graça que Nosso Senhor nos deu. 

Os diversos povos aos quais os apóstolos e seus sucessores seriam enviados se tornariam grandes nações ao receberem a doutrina e a graça de Nosso Senhor. Os rudes e brutais governantes das terras pagãs, ao receberem o batismo, não só receberam graça em abundância, mas também receberam uma ordem civilizadora, uma base sólida para o seu governo. Quando o poder civil recebe e promove a doutrina de Cristo, a abundância das bênçãos de Deus flui sobre a terra e os seus governantes. Contudo, quando Deus não é honrado e a Sua Igreja é prejudicada, em vez de ser ajudada na sua missão, a tristeza e a desolação rapidamente dominam até mesmo o mais forte dos impérios. 

A sociedade moderna orgulha-se de ser “independente” em questões religiosas. Na prossecução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, acredita que o Estado ou a constituição civil devem ser “neutros” no que diz respeito à religião. Esta ideia recebe o nebuloso termo “liberdade religiosa”, ou seja, a garantia do exercício de qualquer religião, independentemente da sua forma. De acordo com esta visão moderna, os indivíduos no Estado moderno podem ter quaisquer crenças religiosas, desde que não interfiram na ordem pública. Dito fundamentalmente, as leis do país não devem ser influenciadas por nenhuma religião em particular, mas sim aceitá-las todas. O Estado moderno ideal é aquele que é “indiferente” à religião, ou mais propriamente, que não tem religião oficial. Continuar lendo

ARGENTINA: MÉDICO PRESO POR SE RECUSAR A REALIZAR UM ABORTO

O médico argentino Leandro Rodriguez passou um ano e dois meses preso, pena que lhe foi imposta por se recusar a realizar um aborto. Ele agora pode voltar a exercer a medicina, embora também tenha sido proibido de exercer a profissão por dois anos e quatro meses, período que terminou em 30 de janeiro.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

O Dr. Rodriguez foi entrevistado pela EWTN News e explicou as origens de sua condenação: “Em 2017 eu estava trabalhando no hospital público da cidade de Cipolletti, na Patagônia. Recebi uma paciente em mau estado geral (devido a gravidez avançada, em curso de um processo de parto prematuro) mas, que decidi interromper e melhorar o estado de saúde dela.”

Esta decisão foi interpretada pelos tribunais, ou pelo poder judicial da província de Río Negro, como um obstáculo ao desejo da paciente de interromper sua gravidez. Por isso fui condenado em 2019, e essa sentença acaba de ser cumprida”, explicou.

O médico descreveu esta experiência como “muito significativa”. Ele acredita que representa “uma espécie de amostra do que pode acontecer se as pessoas não se submeterem às decisões arbitrárias dos poderes constituídos”.

Ele explica ainda que isso o levou a “uma situação de maior comprometimento no cuidado da vida, na proteção da vida do nascituro, na proteção da mulher”. A esse respeito, destacou a situação da paciente que foi considerada pelo sistema judicial como a parte prejudicada nesse caso. Continuar lendo

IGREJA SINODAL E MAÇONARIA: O MÉTODO “FIDUCIA SUPLICANS”

No dia 16 de fevereiro de 2024, ocorreu em Milão um encontro entre altos dignitários católicos e maçons. De um lado, três Grão-Mestres de três lojas italianas e, de outro, o Arcebispo de Milão Mario Delpini, o Cardeal Francesco Coccopalmerio, o teólogo franciscano Zbigniew Suchecki e o Bispo Antonio Staglianò, presidente da Pontifícia Academia de Teologia.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Os três maçons eram Stefano Bisi representando o Grande Oriente da Itália (GOI), Luciano Romoli representando a Grande Loja da Itália da ALAM (GLI) e Fabio Venzi (por videoconferência, de Roma) representando a Grande Loja Regular da Itália (GLRI).

Como relatou Riccardo Cascioli em La Nuova Bussola Quotidiana de 19 de fevereiro, “Bisi (GOI) expressou sua decepção com o fato do Papa Francisco ter aberto a porta aos homossexuais (Fiducia supplicans), bem como aos divorciados (Amoris lætitia), mas esqueceu que entre os maçons também há muitos católicos que estão impedidos de receber a comunhão.”

Em outras palavras, comenta La Nuova Bussola, “como é possível que o “quem sou eu para julgar?” (como disse Francisco sobre o tema dos homossexuais] e que “Todos, todos” (todos sem distinção devem ser acolhidos na Igreja) não se apliquem aos maçons?”

A essa expectativa maçônica D. Staglianò respondeu, “demolindo a abordagem doutrinal católica e alinhando-se substancialmente com as exigências dos representantes maçons.” – Um detalhe que não passou despercebido aos observadores: o prelado havia enfiado sua cruz peitoral no bolso interno do paletó. Certamente para não dar a impressão de que estava fazendo proselitismo. Continuar lendo

HOLANDA: AUMENTO DO NÚMERO DE EUTANÁSIA POR RAZÕES PSICOLÓGICAS

A Holanda está praticando cada vez mais a eutanásia em pessoas com doenças mentais

Fonte: Medias-Presse.Info – Tradução: Dominus Est

De acordo com o Dutch Times, 9.068 mortes por eutanásia foram registadas na Holanda em 2023, em comparação com 8.720 no ano anterior. Além disso, o relatório também destaca um aumento de 20% nos casos de eutanásia por razões psicológicas.

Dutch Times refere-se apenas às mortes relatadas por eutanásia, pois estudos indicam que cerca de 20% das mortes por eutanásia não são relatadas.

A eutanásia está sendo praticada em pessoas cada vez mais jovens

Cinquenta por cento das mortes por eutanásia por motivos psicológicos são realizadas pela clínica de eutanásia do Centro de Especialização em Eutanásia (CEE).

O CEE recebeu mais pedidos de eutanásia por motivos psicológicos de jovens e aprovou mais mortes para esta faixa etária.

Dutch Times relatou:

No ano passado, o CEE registou um aumento significativo de pedidos de jovens com problemas psicológicos. O centro recebeu 322 solicitações de pessoas com idades entre 18 e 30 anos, 50% a mais que no ano passado. Os números da RTE mostram que 40 pedidos de suicídio assistido foram concedidos a pessoas com 30 anos ou menos.”

CANADÁ: EUTANÁSIA PARA REDUZIR GASTOS COM SAÚDE PÚBLICA

Canadá: eutanásia para reduzir gastos com saúde pública

O sinistro cálculo de custo da Assistência Médica na Morte (AMM) mostra que os médicos no Canadá recebem até 283,85 dólares canadenses por cada “preparação e procedimento para assistência médica na morte” que realizam. A cultura da morte também é um negócio.

Fonte: Medias Presse Info – Tradução: Dominus Est

A tabela de pagamento do Ministério da Saúde enumera seis serviços específicos relacionados à eutanásia pelos quais os médicos podem ser pagos, varaiando de “Taxa de avaliação de AMM– Avaliador prescritora” (US$ 43,24) até a “Coleta e depósito de medicamentos AMM” (US$ 126,72).

Porém, o que o Ministério não divulga é o custo anual total para o sistema de saúde, incluindo o montante gasto com medicamentos tóxicos dispensados ​​gratuitamente para a eutanásia do paciente, como o brometo de rocurônio, cuja injeção de 10 mL desse medicamento que faz com que o receptor morra por asfixia.

Sórdido cálculo

De acordo com as organizações católicas, a eutanásia é promovida com mais fortemente porque seus promotores fazem o sórdido cálculo de que a eutanásia de um paciente custa menos ao Estado do que mantê-lo vivo. Continuar lendo

PARLAMENTO ESCOCÊS DEBATE LEI QUE PROIBIRIA ORAÇÕES SILENCIOSAS PERTO DE CLÍNICAS DE ABORTO

Transidentité: le Parlement écossais adopte une réforme controversée -  Challenges

Fonte: Medias Presse Info – Tradução: Dominus Est

O Parlamento Escocês começou a debater um projeto de lei que proibiria a exibição de mensagens pró-vida em edifícios, incluindo casas particulares, perto de clínicas de aborto, e proibiria também a oração silenciosa nas proximidades dessas clínicas.

A apreciação parlamentar do projeto de lei começou na terça-feira com a convocação da Comissão de Saúde, Assistência Social e Desporto para a primeira de quatro sessões argumentativas.

O projeto de lei sobre Serviços de Aborto (diz-se Zonas de Acesso Seguro) na Escócia foi apresentada pela deputada do Partido Verde escocês, Gillian Mackay, em outubro do ano passado.

Vários ativistas anti-aborto e mulheres que já fizeram um aborto contaram as suas histórias à comissão parlamentar. Uma das testemunhas disse que rezar perto de locais onde são realizados abortos é “inaceitável” e que essa legislação seria “extremamente benéfica” para a sociedade como um todo. Continuar lendo

“PERGUNTE-ME QUALQUER COISA”: INSTAGRAM CONTRA A VIRTUDE DA PRUDÊNCIA

149 Perguntas para fazer no Instagram Stories [2024]

“Porque virá tempo em que (muitos) não suportarão a sã doutrina, mas acumularão mestres em volta de si, ao sabor das suas paixões, (levados) pelo prurido de ouvir” (2Tm 4, 3)

Tem se alastrado nos últimos anos um fenômeno inusitado nos meios católicos — inclusive nos meios conservadores e tradicionais —: usuários católicos de redes sociais (especialmente do Instagram) fazem uso de uma ferramenta própria da rede em que se enviam perguntas (de maneira anônima) para um também fiel católico e candidato a “guru” prover respostas públicas (o que pressupõe não só um conselho a um amigo que perguntou, mas um magistério pessoal à disposição de muitos leitores). Na maior parte dos casos, o guru começa se propondo a responder perguntas específicas sobre um assunto ao qual ele acredita dominar, mas não demora muito para que, embebido por sua própria “sabedoria”, ele comece a pontificar sobre qualquer assunto, como por exemplo: 

– namoro: mesmo que não tenha a experiência superior de um padre, diretor de almas, ou a de um fiel casado, que viveu por muitos anos a experiência diária do casamento e do namoro, e talvez venha a ter a graça de estado para dar um conselho particular a um afilhado, o guru das redes sociais se propõe a pontificar sobre o que quer que lhe perguntem sobre o assunto. Há até muitos gurus solteiros(as) prontos a dar conselhos sobre o assunto. Há absurdos bem piores, que não comentamos aqui para não escandalizar o leitor;

vocação: por incrível que pareça, não é raro os ouvintes pedirem conselhos vocacionais (sacerdócio ou matrimônio) e esses(as) gurus responderem provendo alguma “direção”. Há inclusive seminaristas enviando perguntas, conforme podemos deduzir dos enunciados. O que mais se vê aqui são respostas que parecem ter vindo de um despacho do quinto dos infernos. O silêncio que pouparia a alma do incauto seminarista e do soberbo guru passa ao largo; Continuar lendo