Os judeus que viviam na Palestina, nos tempos do Evangelho, geralmente usavam várias vestimentas: um cinto de pano ao redor cintura e uma túnica curta usada junto à pele. Por cima dessa túnica, era usada uma outra longa, solta e mais grossa. Por fim, cingiam-se com um grande manto.
Fonte: La Porte Latine – Tradução gentilmente cedida pela nossa amiga Graziela Rodrigues
No Pretório de Pilatos, como nos relatam os Evangelhos, Jesus foi despojado de suas vestes para ser submetido à atroz tortura da flagelação. Depois de zombarem d´Ele, coroando-O com espinhos, os soldados devolveram-Lhe as roupas, e levaram-n´O para ser crucificado. No cume do Calvário, o Filho de Deus foi mais uma vez despido. Suas pobres roupas foram divididas entre os algozes, que, no entanto, tiraram à sorte sua túnica sem costura. Tudo isso nos é esclarecido pela narração de São João, testemunha fiel dos fatos.
Na Basílica de Saint-Denys, na cidade de Argenteuil, no oeste de Paris, é conservada uma túnica que, segundo a tradição católica, é exatamente aquela usada por nosso divino Salvador durante a sua Paixão. Uma túnica relativamente curta, de cor púrpura escura, semelhante às vestimentas que os homens usavam junto ao corpo. É uma peça de lã em formato de T, com 90 cm de largura e 120 cm de altura. Foi tecida em uma peça única, sem costuras.
Esta relíquia foi preservada no Oriente pelos primeiros cristãos, antes de ser doada pela imperatriz bizantina Irene a Carlos Magno, que, no ano 800, confiou-a à sua filha Teodrada, abadessa de um mosteiro em Argenteuil. Continuar lendo