Em seu blog Settimo Cielo de 13 de junho de 2022, o vaticanista Sandro Magister apresenta os números do alarmante declínio do catolicismo na Argentina, pátria do Papa Francisco.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Uma pesquisa recente, divulgada pelo biógrafo do Papa, Sergio Rubin, no site TN.com de 5 de junho, revela que na Argentina os “sem religião” somam 22% da população, enquanto que há um século eram praticamente inexistentes. No mesmo período, o número de católicos caiu de 90% para 52% da população.
Sandro Magister acrescenta: “Os argentinos que declaram ter confiança na Igreja Católica também estão diminuindo: de 52% em 2017 para 31% atualmente. Assim como as opiniões positivas sobre o Papa Francisco, que ao mesmo tempo caíram de 62% para 52%.”
“Por outro lado, entre aqueles que continuam se declarando cristãos, os evangélicos protestantes, carismáticos e pentecostais estão aumentando e hoje representam 12% da população argentina”.
E ainda estende essa preocupante visão a toda a América do Sul: “Em tudo isso, a Argentina reproduz uma tendência que vem se espalhando há anos na América Latina, onde já em 2018, os católicos passaram a menos da metade da população, liderada o Uruguai – historicamente o país mais irreligioso –, seguido pelos demais países da América Central.
“Mas hoje, mesmo em um país gigante como o Brasil, os católicos caíram abaixo da metade da população. No estado do Rio de Janeiro não são mais que 46%, com números ainda menores, abaixo de um terço, nas favelas.”
O vaticanista recorda: “Em 2019, o Papa Francisco dedicou um sínodo inteiro à Amazônia e acaba de nomear Cardeal o Bispo de Manaus (a maior cidade da região), o progressista D. Leonardo Ulrich Steiner. Mas enquanto a Igreja luta para proteger a natureza, o número de católicos está em constante declínio.”
“Hoje, eles representam apenas 46% dos 34 milhões de habitantes da bacia amazônica. Também no Chile, os católicos acabam de ficar abaixo do limiar de metade da população. E a Argentina, como vimos, está se aproximando muito disso, especialmente porque é órfã de seu compatriota Francisco, que não pôs os pés lá desde sua eleição, e que não tem intenção de fazê-lo.”