Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Em 1962, ano de abertura do Concílio Vaticano II, a Alemanha ordenou 557 sacerdotes. Quase 60 anos depois, em 2020, apenas 57 ascenderam ao sacerdócio. A Igreja da Alemanha, mais do que nunca presa no pântano sinodal, luta para encontrar soluções.
“Essa é uma tendência alarmante“, preocupa-se Thomas Sternberg, presidente do Comitê Central de Católicos Alemães (Zdk), que especifica que “no ano passado, houve apenas 1 ordenação para cada 11 padres que se aposentaram“.
Uma tendência essencial que não parece se reverter diante da situação dos seminários alemães: “o número de candidatos ao sacerdócio católico passou de 594 em 2011 para 211 atualmente“, explica Mons. Heinrich Timmerevers, bispo de Dresden-Meissen . Uma estatística que revela o colapso do número de seminaristas nas casas de formação.
Consequência previsível: apenas 3 seminários diocesanos – os de Mainz, Munique e Munster – poderiam permanecer abertos, estima o grupo de trabalho da Conferência dos Bispos da Alemanha (DBK), co-presidida por Mons. Timmerevers.
Em vista de uma situação tão catastrófica, fruto da secularização acelerada e da apostasia silenciosa de muitos, a única solução seria o retorno à Tradição, à Missa para sempre, à Filosofia e Teologia de Santo Tomás de Aquino, o que implicaria afastar-se das novidades envenenadas pelo Concílio Vaticano II.
Naufrágio da fé
Os prelados alemães não estão prontos para tal questionamento e preferem negar a realidade, acelerando ainda mais a revolução. Assim, Mons. Georg Bätzing, Bispo de Limbourg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, prevê uma nova maneira de aliviar a crise vocacional. A fim de corrigir a situação, ele acredita ter encontrado uma solução na proposta do Caminho Sinodal e recomenda “pedir ao Vaticano que a questão da ordenação diaconal feminina, novamente aberta pelo Papa, continue e que Roma responda positivamente”.
Infelizmente, a cegueira da Igreja na Alemanha vem de longa data. As teses mais progressistas, especialmente em moral, florescem lá há 50 anos com a bênção dos Bispos. Tendo semeado o vento e colhido a tempestade, chegou a hora de naufragar.