DESCONSTRUINDO O CONSTRUTIVISMO

Fonte: Boletim Permanencia

A matéria saiu na Gazeta do Povo e está aberta ao acesso de não-assinantes. Na verdade, o texto deveria ser repassado de mão em mão até que todos lessem – alguns, as vítimas do construtivismo, com mais dificuldade do que outros.

Segue abaixo uma edição resumida do texto, mas recomendamos a sua leitura integral e da pesquisa que lhe serviu de fundamento.

Alunos aprendem quando o ensino é sistemático, explícito, em que o estudante não orienta o andamento das aulas, mas segue o professor, que é quem comanda o processo de aprendizagem. Isso é o que aponta uma pesquisa publicada na mais conceituada revista acadêmica de Educação do mundo, a Review of Educational Research, primeira no ranking de impacto do Scimago Journal Ranking, indicador internacional utilizado para medir a qualidade de estudos científicos.

A partir de um levantamento feito com resultados de 328 estudos publicados em 50 anos, entre 1966 e 2016, sobre diferentes métodos para ensinar, focando em 4 mil efeitos, quatro pesquisadores da Universidade de Oregon chegaram à conclusão que a “instrução direta”, que parte do princípio que todos os alunos podem aprender, desde que recebam instruções bem planejadas, tem resultados mais robustos comparados com outros métodos.

Os alunos na instrução direta aprendem mais e com rapidez. Além disso, ao longo do tempo, têm mais autoestima e não perdem o que aprenderam, mesmo se submetidos a um método pior.

Segundo a pesquisa, isso é assim porque, pelas evidências científicas, na instrução direta:

  • os alunos dominam conhecimentos básicos que são pré-requisito para conceitos mais complexos – busca-se que o aluno tenha um repertório mínimo para cada etapa antes de avançar;
  • a instrução é clara, não ambígua;
  • ao invés de ter um conceito defeituoso formado por si mesmo, o aluno aprende diretamente (não precisa ‘reinventar a roda’) – dito em outras palavras, o estudo mostra que é mais fácil aprender algo novo do que corrigir um conceito defeituoso, mal aprendido;
  • o aluno está na série correta de acordo com o que sabe, nem à frente, nem atrasado;
  • o aluno recebe um reforço positivo para celebrar seus avanços e, só depois de aprender o básico, é estimulado a produzir ciência (investigar e desenvolver novos conhecimentos).

A matéria avança no detalhamento da pesquisa e suas conclusões e, como já dissemos, é leitura obrigatória para os pais com filhos em idade escolar.