Por ventura é doença para a árvore o fruto sorrindo entre as folhas?
Para apresentar “os frutos da natividade”, fez o Criador a mulher, uniu-a ao homem no casamento e presta seu concurso para dar uma alma ao corpo que ambos formaram. Por isso também, em geral, encontra a mulher sua saúde nas funções da maternidade.
“Objeção contra o argumento a favor dos filhos é a fadiga, as doenças que os filhos trazem às mães. Mas isso é uma idéia absolutamente falsa. O prazer é quase sempre um empréstimo com juros elevados. Ao lado da maternidade colocou a natureza, porém, ótimas vantagens para a saúde e longevidade. A fecundidade e a gravidez fortificam, ao passo que a esterilidade mirra o organismo. Parece moça a mãe de vários filhos ao lado da esposa cautelosa que sacrificou alguns anos somente ao prazer das relações.” (Dr.Bergeret)
O afamado Dr. Pinard afirma que somente com o terceiro filho encontra a mulher a plenitude de sua saúde. Três verdades ficam estabelecidas por célebre ginecologista (Dr.Desplat):
1ª – Os melhores clientes para os especialistas em doenças nervosas saem do meio de senhoras que não querem mais do que dois ou três filhos;
2ª – Que um sem-número de senhoras nevropatas viram-se, de repente, livres de seus sofrimentos e idéias sob a influência de uma gravidez;
3ª – Que certas moléstias só conhecem um remédio infalível: a gravidez.
A maternidade é para a mulher sadia uma garantia de saúde prolongada e, muitas vezes, um remédio de eficácia sem par para a mulher doente. Vale a lei para as mães em todas as classes sociais. Pois não há diferença orgânica entre a mulher do povo e a dama da alta sociedade.
Não há dúvida, leitora, exageram-se hoje os perigos da maternidade. Isso acontece ou por ignorância ou por malícia. E por que não pintam os grandes males que a esterilidade voluntária traz para as casadas? Desordens físcias, pertubações nervosas, transtorno morais costumam acompanhar, como sanções, os manejos contra os filhos.
Os escrúpulos e remorsos, inevitáveis com o tempo e com os cuidados, contribuem para essas desordens. Mesmo senhoras que não são religiosas, angustiam-se ao notarem que frustram o fim natural do casamento. Fica alterado o equilíbrio interno e daí nascem misérias sem número e sem nome …
As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza