Filósofo de uma lógica de ferro, dotado de bom senso admirável, iniciado em todos os segredos das ciências históricas, naturais e físicas, sentia-se antes movido à compaixão, quando lia ou ouvia as discussões absurdas e afirmações infundadas de certos jornais e livros inimigos do catolicismo. Quando alguém se atrevia a repetir diante dele aquelas objeções, que apenas servem a muitos de pretexto, para não cumprirem os seus deveres de cristãos, ele as pulverizava com tanta erudição e lógica, que até os mais ilustrados ficavam atônitos.
Ao ouvir certos católicos, que ousavam atacar o syllabus, mal podia conter a sua indignação. “O SYLLABUS, dizia ele, DEVE SER O CREDO DOS POVOS, QUE NÃO QUEREM PERECER”. E, com efeito, poderá haver erros mais perniciosos para a sociedade do que o panteísmo, a liberdade absoluta de pensar e escrever, o naturalismo, o socialismo, etc.!
Não era, porém, só com as luzes da ciência e da razão que Garcia Moreno procurava fortalecer em sua alma o dom preciosíssimo da fé; era mais ainda recorrendo à fonte das luzes sobrenaturais: à oração e a meditação.
“Se os reis, dizia Santa Teresa, fizessem todos os dias meia hora de oração, quão depressa seria transformada a face da terra!”. Garcia Moreno realizou o desejo da grande Santa, e daí lhe veio sem dúvida a inspiração das suas empresas tão bem sucedidas pela regeneração da Pátria.
Fossem quais fossem as suas ocupações, fazia todos os dias meia hora de meditação nos seus livros de predileção: o Evangelho e a Imitação de Cristo. Nos seus últimos anos nunca deixou de fazer retiro espiritual.
Concebeu assim tão grande ideia da Majestade divina e seus atributos que, em todas as dificuldades, repetia a sua divisa familiar,que também havia de ser a sua última palavra neste mundo: DEUS NÃO MORRE!
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