Fonte: Medias-Presse.Info – Tradução: Dominus Est
Diante do clamor imediato desencadeado por suas “diretrizes para uma comunicação inclusiva“, a Comissão Europeia, esta referência de tecnocratas não eleitos, mas todo-poderosos, recuou. Esta verdadeira loucura que gerou a indignação de milhares de cidadãos em toda a Europa e repercutiu nos principais meios de comunicação europeus, provocando a intervenção de dezenas de eurodeputados e dirigentes políticos, desde o italiano Matteo Salvini até candidata presidencial Marine Le Pen, foi colocada na gaveta … até uma melhor oportunidade para impô-la (obviamente).
Pelo menos neste ano, o Natal está salvo das loucuras linguísticas da Comissão Europeia.
Neste documento interno, foi solicitada:
– A não utilização da palavra Natal ou dos nomes Maria e João, em razão de sua origem cristã a fim de não ofender as minorias;
– A não abertura de conferências com a fórmula usual “senhoras e senhores“,
– A não utilização da expressão “colonizar Marte“, mas “enviar humanos a Marte“, dada a conotação negativa da palavra colonização.
Essa preciosidade inclusiva também se referia a palavras ‘vulgares‘ como: mãe, pai, família, e claro: gay, homossexuais e lésbicas, que devem ser absolutamente combinadas com expressões mais legítimas como pessoas gays, pessoas homossexuais, pessoas lésbicas.
No novo vocabulário desta novilíngua, que qualquer empregado do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia deveria ter memorizado para ser cada vez mais “politicamente correto“, a colaboração com a cancel culture parece cada vez mais evidente: não será mais possível dizer e escrever “casamento homossexual” que em si é uma falsidade linguística, mas deverá ser substituído por “casamento igualitário”. E os “direitos dos homossexuais” deverão dar lugar a um “tratamento justo e igual”. Obviamente, será necessário esquecer o “sexo biológico” substituído pelo “sexo atribuído no nascimento” e não se dirá mais “mudança de sexo”, dando preferência pelo termo mais correto de “transição de gênero”.
A Comissária Europeia para a Igualdade, Helena Dalli, retirou as diretrizes de comunicação inclusivas, explicando:
“A minha iniciativa de desenvolver diretrizes como um documento interno para comunicação entre funcionários da Comissão nas suas funções visava alcançar um objetivo importante: ilustrar a diversidade da cultura europeia e mostrar a natureza inclusiva da Comissão Europeia em relação a todos os contextos sociais e crenças dos cidadãos europeus.”
E acrescentou ainda:
“No entanto, a versão publicada das diretrizes não atende adequadamente a esse propósito. Não é um documento maduro e não cumpre todos os padrões de qualidade da Comissão. As diretrizes necessitam claramente de mais trabalho. Retiro, portanto, essas diretrizes e trabalharei em um estágio posterior neste documento. “
A imposição da linguagem mais “justa” da Europa continua a ser um objetivo dos tecnocratas de Bruxelas, um novo passo para uma revolução cada vez mais ampla que um dia chegará também nas escolas, sempre em nome do respeito pelos pró-LGBT. Essa ofensiva, seguida por essa retirada estratégica para um melhor retorno, não parece estar longe do que o escritor inglês Georges Orwell escreveu em 1984:
“Não vê que o verdadeiro objetivo da novilíngua é restringir os limites do pensamento? No final, tornaremos a crimeideia (crime do pensamento) literalmente impossível porque não haverá mais palavras para expressá-lo.”
Uma linguagem e um pensamento cada vez mais inclusivo para acolher tudo e todos, menos a realidade… e, portanto, a verdade.