Em Vinovo, aldeia pouco distante de Turim, na Itália, uma moça chamada Maria Stardero teve a desgraça de perder totalmente a vista.
Desejando recuperá-la, fêz uma visita a S. João Bosco, que então construía, com as esmolas do povo de Turim, a magnífica igraja de Maria Auxiliadora. A môça, depois de ter rezado diante de uma imagem de Nossa Senhora, falou com S. João Bosco, que lhe perguntou:
– Faz muito tempo que perdeu a vista?
– Sim, muito; faz um ano que não vejo nada.
– Tens consultado os médicos?
– Ah! padre, já não sabem o que receitar-me.
– Distingues os objetos grandes ou pequenos?
– Não; como disse, não vejo nem pouco nem muito.
– Mas não vês a luz desta janela?
– Não, senhor; nada.
– Queres recuperar a vista?
– Sr. padre, sou pobre e preciso dela para ganhar a vida.
– Servir-te-ás da vista para proveito de tua alma e não para ofender a Deus?
– Prometo-o sinceramente.
– Confia, pois, em Nossa Senhora e S. José. – E, em tom solene, D. Bosco acrescentou: – Para a glória de Deus, da SS. Virgem e de S. José, dize: que é que tenho na mão?
A moça abre os olhos, que antes não viam nada, e diz:
– Uma medalha de Nossa Senhora.
– E isto, que é?
– Um ancião com a vara florida; é S. José.
Estava operando o milagre. Pode-se imaginar a alegria da môça e de seus pobres pais!…
Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves