TIME DO REAL MADRID OFERECE SUAS TAÇAS À VIRGEM DE ALMUDENA

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É tradição que, quando o Real Madrid conquista um título importante, a instituição ofereça o troféu à Virgem de Almudena, padroeira da cidade. Este ano, o clube venceu a La Liga e a Liga dos Campeões, e as ofereceu à Virgem na catedral da capital espanhola.

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

A tradição foi mantida e a Catedral da Almudena foi a primeira parada do Real Madrid durante sua visita institucional. A equipe ofereceu a 14ª Copa dos Campeões da Europa e o 35º título da Liga à Padroeira de Madrid. Eles foram recebidos pelo Arcebispo da capital espanhola, Carlos Osoro.

Uma vez na igreja, os jogadores foram, um a um, ao altar, enquanto dois deles carregavam o troféu da Liga dos Campeões e o colocavam em um púlpito antes dos discursos. Outros dois jogadores levaram o troféu da Liga.

O Cardeal Arcebispo de Madrid, D. Carlos Osoro dedicou algumas palavras à equipe: “O Real Madrid é a cultura do encontro, de equipe. Agradeço-lhes do fundo do coração por terem levado o nome de Madrid a todos os continentes.

Nossa Senhora da Almudena

Ela é a padroeira de Madrid: já considerada e declarada liturgicamente como tal desde a antiguidade. Sua festa é em 9 de novembro, dia em que, segundo a tradição, ela apareceu nas muralhas da cidade no ano de 1085.

Madri recorreu a ela durante uma grave inundação em 1645; e em 8 de setembro do ano seguinte, devido aos milagres que lhe foram atribuídos, os vereadores de Madri fizeram outro voto solene de celebrar sua festa naquele dia.

Durante quase dois séculos, a promessa foi cumprida pontualmente, até 1836. Mais tarde, em função da cor política dos diferentes conselhos (câmaras) municipais, assistiram ou não à solenidade religiosa.

Em 10 de novembro de 1948, foi canonicamente coroada pelo Bispo de Madri-Alcalá, na presença do Chefe de Estado, do Núncio e de todo o governo. A coroa, composta por vários quilos de ouro e 40 quilos de prata, contém mais de 2.000 pedras preciosas.

A origem do nome

Quando Madrid foi reconquistada, as mesquitas foram convertidas em igrejas. Uma delas era dedicada a Santa Maria, a da Cidadela ou de Almudena. De al-mudayna, a cidadela, diminutivo de medina, cidade.

A Igreja de Santa Maria la Mayor de la Almudena

É muito provável que a igreja que existia antes da invasão árabe tenha sido convertida em mesquita antes de voltar a ser igreja. Segundo os historiadores, era pequena e de uma arquitetura medíocre. À medida que a importância de Madrid aumentava, a igreja paroquial de Santa Maria la Mayor, como é conhecida, também crescia, mas sempre dentro dos limites de sua pequena dimensão.

Em 1870, após o triunfo da Revolução, a Câmara Municipal, tal como os muçulmanos ou os bárbaros pagãos, ordenou a demolição da Igreja de Santa Maria, apesar dos protestos do clero e dos fiéis. A imagem de Nossa Senhora da Almudena foi transferida para o convento das Bernardas até 1911, quando foi colocada na cripta recém-concluída da nova catedral.

As orações da Virgem foram atribuídas a salvação da cidade em 1197, quando foi cercada por Miramamolin, que tentava matá-la de fome. Algumas crianças, que brincavam perto da igreja, fizeram um buraco na parede e o trigo começou a sair: era um depósito de trigo esquecido, com tal abundância que o povo de Madrid pôde lançá-lo aos sitiadores, que se desencorajaram e se retiraram.

A nova catedral

Após a demolição da Igreja de Santa Maria, decidiu-se construir um novo templo dedicado à Virgem de Almudena, próxima à antiga igreja. As obras começaram em 1883 e o projeto foi ampliado dois anos depois para se tornar uma catedral para a criação da Diocese de Madri.

Após muitas tribulações, os trabalhos foram concluídos em 1993, ano da consagração da nova catedral sob o título de Catedral de Santa María La Real de La Almudena.