Fonte: FSSPX Itália – Tradução: Dominus Est
Um estudo publicado pela Science Magazine sugere que a Igreja Católica desempenhou um papel importante no surgimento de elites no Ocidente. Como? Regulamentando a sociedade através da instituição do matrimônio cristão.
Sem muito sentimentalismo, o casamento na igreja pode até ser a chave para o sucesso e a realização pessoal. Pelo menos, de acordo com um estudo aprofundado antropológico, publicado pelo periódico mensal Science, de 8 de novembro de 2019.
Uma equipe de pesquisadores americanos da George Mason University (GMU) descobriu que o que antes era chamado de “elites ocidentais” constitui um grupo separado de todos os outros tipos de população do mundo: mais altruísta, mais desenvolvida, mais inclinada ao sucesso.
Para explicar esse fenômeno, nossos cientistas sociais usaram “fatores psicossociais” nos quais vêem a herança de um modelo familiar muito específico.
Segundo eles, a Igreja Católica, gradualmente permeando as sociedades, levou lentamente a um novo tipo de relações humanas, cujo clã deixa de prevalecer sobre a unidade familiar. A família pode, portanto, prosperar, para o bem de cada um de seus membros: cônjuges e filhos.
O meio privilegiado desse desenvolvimento foi o matrimônio cristão, que, ao fazer desaparecer a endogamia, permitiu à família adquirir uma irradiação moral, intelectual e social. Isso só foi possível pelo cristianismo, do qual provém o homem ocidental.
Aos olhos do grupo de pesquisadores da GMU, o homem ocidental deve seu sucesso à “instituição familiar duradoura” estabelecida pela Igreja nos séculos passados.
Não é comum que as ciências humanas mexam com as convicções daqueles que elogiam a desconstrução e a ideologia do “gênero”, onde é comum ver no matrimônio cristão a fonte de todas as “discriminações”. Diante da generalizada transgressão e da corrupção moral, nunca é tarde para voltar às fontes da verdadeira civilização, aquelas da cidade católica.