Diz S. Brígida que “assim como o magnete atrai o ferro, assim também Maria Santíssima atrai a Deus os corações”. É um fato.
Um dia foi S. Francisco Regis chamado para um enfermo que não queria de modo algum preparar-se para a morte. O infeliz negava-se a aceitar os socorros da religião, sabendo embora que o seu fim era iminente. Convencendo-se S. Francisco de que os meios humanos eram inúteis, tirou de seu breviário uma imagem de Nossa Senhora e, mostrando-a ao enfermo, disse:
– Olha! Maria te ama.
– Como! – replicou o pecador, como se acordasse de um sonho – então ela não me conhece.
– Mas eu sei que ela te ama! tornou o santo.
– Então ela não sabe que reneguei a minha fé e desprezei a minha religião?
– Sabe.
– Que insultei a seu Filho e calquei aos pés o seu sangue?
– Sabe.
– Que estas mãos estão manchadas de sangue inocente?
– Sabe.
– Padre, o Sr. fala a verdade?
– Sim; passarão os céus e a terra, mas a palavra de Deus não passará. Sabe, pois, que Deus disse outrora e te diz hoje ainda: “Filho, eis aí tua Mãe!”
– Uma mãe, que me ama!… murmurava o pecador enternecido; minha mãe, minha… e copisosas lágrimas brotavam de seus olhos. Eram lágrimas de sincero arrependimento, verdadeira dor.
Fez imediatamente uma confissão dolorosa e contrita de toda a vida. Recebeu com visível fervor a sagrada comunhão.
Alguns dias depois, feliz e cheio de confiança, expirou no amor de Deus a quem fora atraído por Maria.
Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves