BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – CONCLUSÃO

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

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1°) Se – em matemática – o número 1 for removido, todos os outros números desaparecem. Assim – em teologia – se a Sé suprema for removida, a Igreja deixa de ter alicerces e desaba como uma casa da qual é removida a fundação. Mas isso é um absurdo, tornado impossível pelas promessas de Jesus à sua Igreja.

2°) ‘Pedro’ ou Cefas significa ‘Pedra’: “Petra autem erat Christus” (1 Cor. X, 4). A Igreja coincide com Cristo e se funda em Cristo, sua Cabeça invisível, e ao mesmo tempo com/sobre Pedro, seu chefe visível: Ubi Petrus ibi Ecclesia.

3°) Pedro e Cristo são Pessoas em ato, não em potência. Caso contrário teríamos, além do “Cristo cósmico” de Teilhard de Chardin, o “Papa cósmico” e a “Igreja cósmica”.

4°) A Igreja tornou sua a filosofia e a teologia do ser estavelmente imutável e repudiou aquela do devir em contínua mudança ou em “movimento perpétuo”. A Tese do Papado material ou em potência está no devir e, portanto, é contrária à reta razão, à reta teologia e ao “sentire cum Ecclesia”.

5°) Não é devida a obediência aos documentos do pastoral e não-dogmático Concílio Vaticano II (Dignitatis humanae sobre a liberdade religiosa, ou Lumen gentium sobre a colegialidade episcopal, Nostra aetate sobre a relação entre o cristianismo e o judaísmo talmúdico) que violam o Magistério constante e que, portanto, em razão da continuidade do ensinamento infalível da Igreja (Pio IX, Carta Tuas libenter, 1863), estão em contraste com definições dogmáticas obrigatórias, que por sua vez são infalíveis em si mesmas. Seria aderir à inovações que rompem com a Tradição apostólica e magisterial para seguir um ensinamento pastoral que procura apenas exortar, mas não definir ou mesmo obrigar a crer.

Se permanecermos ancorados nestes princípios imutáveis ​​(revelados, definidos e ensinados pelo Magistério constante da Igreja) poderemos manter o caminho certo nesta “floresta selvagem” que se tornou a atual teologia e sobretudo a eclesiologia, e poderemos chegar ao porto da Salvação eterna.

Fim.

Petrus