Fonte: Médias-Presse-Info – Tradução: Dominus Est
O Canadá se afunda no apoio ao suicídio assistido, promovendo histórias terríveis de pessoas pobres e deficientes que optam por injeções letais por puro desespero. A revista britânica The Spectator perguntou no ano passado: “Por que o Canadá está praticando a eutanásia nos pobres?”. A resposta de alguns bioeticistas parece ser: “Por que não?”
Um artigo escrito por dois bioeticistas da Universidade de Toronto argumenta que a eutanásia dos pobres deveria ser socialmente aceitável. Kayla Wiebe, doutoranda em filosofia, e a bioeticista Amy Mullin, professora de filosofia, escreveram no Journal of Medical Ethics que:
“É inaceitável forçar as pessoas que já se encontram em circunstâncias sociais injustas a esperar que essas circunstâncias sociais melhorem ou que a possibilidade de caridade pública surja de forma incerta quando casos particularmente dolorosos se tornam públicos. Uma abordagem de redução de danos reconhece que a solução recomendada é necessariamente imperfeita: um ‘mal menor’ entre duas ou mais opções abaixo do ideal.”
“ As pessoas podem determinar, por si mesmas, se suas vidas valem ser vividas, e devemos respeitar isso .”
Vale a pena refletir sobre isso em momento em que o presidente Macron quer fortalecer a legalização da eutanásia na França. Vemos o que acontece quando mudamos o significado das palavras: o suicídio assistido e as injeções letais tornam-se primeiro “ajuda médica” ou cuidados paleativos, depois “redução de danos” da pobreza e “caminho menos prejudicial” para quem vive em condições de miséria.
Como declarou Yuan Yu Zhu, pesquisador canadense do Harris Manchester College, em Oxford, que escreve regularmente sobre a eutanásia: “É mais do que trágico: é uma mancha moral em nosso país, da qual as gerações futuras terão que se redimir.”