Deu-se isso na França. Uma boa mãe tinha um filho delicado e inteligente. Tirava sempre o primeiro lugar na aula. Com 16 anos dirigiu-se para Marselha, 24 horas de trem de casa. Antes de partir teve de prometer à mãe que nunca abandonaria Nossa Senhora e que diariamente rezaria a Ela. Foi o que logo fez, e partiu.
No primeiro tempo escrevia mensalmente, dando boas noticias. De repente, já não vinham cartas.
A boa mãe ficou desconfiada, e com razão. Se não fosse tão longe, iria lá ver o que sucedera. Estava mesmo disposta a visitá-lo, quando recebe um telegrama nestes termos:
– Venha depressa, é o filho que chama.
Vinte e quatro horas após, lá estava ela na casa com seu Carlos. Quis entrar no quarto, porém duas sentinelas lho queriam impedir.
– Sou a mãe, quero ver o filho – exclamou ela empurrando-os para o lado, e meteu-se aposento adentro.
– Um Padre, um Padre! Foram as primeiras palavras.
A mãe, após abraçá-lo procurou acalmá-lo. Ele, então, contou-lhe a triste vida. Freqüentara más companhias… e até se fizera maçom, jurando morrer sem Deus.
– Mas vendo-me tão mal, pensei em Nossa Senhora e pedi-lhe socorro. Não quero morrer assim. Embora eu pedisse um Padre, os maçons não me atenderam, até colocaram sentinelas à porta para não deixarem entrar sacerdote algum. Por intermédio de pessoa caridosa consegui apenas enviar-lhe o telegrama.
A corajosa mãe mandou chamar o ministro de Deus que sacramentou devidamente ao enfermo.
Dois dias após, morreu calmamente com palavras nos lábios:
“Minha mãe, foi Ela (Nossa Senhora) que a envio aqui!”
Na verdade, não fosse o socorro e a bondade de Maria Santíssima, onde estaria o pobre Carlos? No inferno para sempre.
Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.