A justiça civil italiana retirou as acusações contra o padre que causou polêmica após celebrar uma “missa” em traje de banho no verão de 2022, usando um colchão de ar como altar.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Leia a matéria da época: O RITO NÁUTICO
Segundo o jornal italiano La Repubblica, a juiza do tribunal de Crotone decidiu, em 28 de fevereiro de 2023, que o padre não precisaria comparecer (à audiência), pois a investigação aberta pelo Ministério Público sobre um possível delito de ofensa religiosa foi encerrada.
Em 24 de julho de 2022, o padre em questão, vigário da igreja de Louis de Gonzaga em Milão, fez tal celebração – com água até a cintura – em uma praia de Capo Colonna. O evento aconteceu em um domingo, durante um acampamento, com a presença de cerca de 20 estudantes.
“Eram 10:30h e o sol estava escaldante, então decidimos ir para o único lugar confortável: a água”, explicou o padre de 36 anos.
Informada sobre o caso, a Arquidiocese de Crotona-Santa Severina emitiu um comunicado recordando brandamente que “a celebração dos sacramentos tem sua linguagem própria“, que deve ser respeitada e valorizada.
O procurador provincial de Crotone havia aberto uma investigação por “ofensa a uma denominação religiosa”. O advogado do padre argumentou que seu cliente não agiu de forma maliciosa. Sete meses depois, o caso foi finalmente encerrado.
É compreensível que o juiz não quisesse parecer mais monarquista do que o rei, neste caso, mais preocupado com a dignidade do culto católico do que a própria Diocese deste celebrante em traje de banho.
Não há sanção contra este rito balneo-conciliar. Apenas os padres que celebram a Missa Tridentina, em uma casula romana, são ameaçados pela ira do Vaticano.