PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 2 – O SEGUNDO DEGRAU DA PACIÊNCIA

Oração de joelhos

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

A repressão dos sinais externos de impaciência não tem valor aos olhos de Deus, exceto na medida em que é um passo para a virtude interior. 

O soldado, o cortesão, o servo, reprime as marcas exteriores de impaciência por medo do castigo e esperança de recompensa. O cristão deve fazer mais do que isso. Ele deve ter dentro de si o motivo de imitar a paciência de Jesus Cristo.

A fumaça é sinal de fogo no interior, mas a fumaça não aquecerá a casa se não houver fogo na lareira. Assim, a paciência exterior não agradará a Deus se não houver também o motivo da paciência dentro da alma.

Estou me esforçando para obter a virtude interior? Consegui alguma vez reprimir a impaciência exterior por amor a Cristo?

Quando somos maltratados ou ofendidos, surge em nós um sentimento duplo.

Sentimos dor e mágoa e nisto não há nenhum tipo de pecado. Mas também estamos conscientes de outro sentimento: um desejo de retaliar, um desejo de ver alguma retribuição recair sobre o ofensor. Ficamos amargurados com eles, somos tentados a nos entregar a uma animosidade que às vezes se aproxima até mesmo do ódio. É isso o que deve ser expulso de nossas almas se quisermos nos assemelhar Àquele que foi manso e humilde de coração.

O que devemos fazer para nos livrarmos dessa amargura? A antipatia pode permanecer apesar de todos os nossos esforços, isso não podemos evitar.

Mas devemos decidir que não permitiremos nenhum desejo desgradável em relação ao ofensor.

Em seguida, devemos começar a rezar pedindo calma e um espírito de perdão. Depois devemos pensar em tudo o que merecemos por nossas ofensas contra Deus e devemos dizer de coração: “Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Por último, devemos rezar pelo ofensor.