Não faz muito tempo, na estrada que sobe da cidade francesa Honfler ao elegante Santuário de Nossa Senhora das Graças, um moço de 17 anos, de joelhos e terço na mão, ia escalando a colina. Depois de andar quase um quilômetro conseguiu entrar na igreja e prostrar-se aos pés da Virgem.
Vendo-o um Sacerdote, de joelhos ensanguentados, perguntou-lhe o motivo da dolorosa penitência.
– O senhor soube do horroroso acontecimento que houve ontem no mar? Éramos três jovens, dois pereceram, um só foi salvo: sou eu. Meus dois amigos e eu obtivemos anteontem boas notas em nossos exames de bacharel, festejamos juntos tão feliz sucesso, e, para terminar o dia, resolvemos dar um passeio pelo mar. As ondas estavam fortes e o vento soprava com violência. O dono da embarcação avisou-nos que havia perigo, mas não fizemos caso dos conselhos.
Um dos meus amigos pronunciou algumas palavras levianas e, na conversa, houve algumas zombarias de Nossa Senhora. Proteste, dizendo:
“Amigos, divirtamo-nos, mas respeitem minha Mãe!”
Eles riram-se… mas não durou muito tempo, pois uma onda colocou a pique a canoa. Ninguém de nós três sabia nadar; meus dois amigos afogaram-se. Eu só fui salvo, e atribuo minha salvação a Maria cuja defesa acabava de tomar. Vim aqui de joelhos agradecer-lhe, porque a morte me teria achado muito mal preparado.
Levantou-se e fez ótima confissão.
Nossa Senhora salvou-lhe a vida do corpo e a alma.
Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.