– Foi hoje que fizeste a tua primeira comunhão?
– Sim, Padre, e sinto-me tão feliz!
A dois passos vinha um soldado. Chamava-se Emílio, e ouvira a conversa.
– Eu também já a fiz, disse-me, e gostei tanto!…
Pedi que o menino fosse adiante e travei conversa com o militar.
– E quando vais renovar a tua primeira comunhão?
– Padre, não falemos nisso.
– E por que não, Emílio? Estamos aos pés do Santuário de Nossa Senhora, e não devemos sair daqui sem comungar.
O soldado despediu-se para seguir outro caminho.
Oito dias depois diz-me o porteiro que um militar quer-me falar. Desci logo. Era Emílio.
Confessou-se e com os olhos no Céu dizia:
– Oh! Como sou feliz! Fiz a paz com meu Deus e já posso voltar a meu país.
Aqui deve ter intervenção da Santíssima Virgem, pensei comigo. E interroguei o soldado.
– Que bem tens feito em tua vida pela glória de Deus?
– Nada.
– Nem por Maria Santíssima?
– Nada.
– Pense bem.
– Só me lembro disto: Uma vez um Padre encontrando-me, a após curta conversa, deu-me este terço, dizendo-me que, se não o quisesse rezar, ao menos o guardasse e trouxesse sempre comigo. É o que tenho feito.
– Pois essa foi a corrente com que Nossa Senhora te prendeu e te salvou.
* * *
Só por ter trazido consigo um terço, Maria Santíssima converteu esse moço. Quanto mais premiará os que o rezam diariamente com devoção.
O terço do Santo Rosário é uma oração agradabilíssima à Mãe de Deus. Foi ela quem o ensinou aos homens por intermédio do ilustre S. Domingos.
Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri