A GENUFLEXÃO

La génuflexion • La Porte Latine

A igreja na qual entramos é a casa de Deus. Assim, saudemo-Lo com um gesto perfeitamente verdadeiro e próprio.

Fonte: Apostol n ° 157 – Tradução: Dominus Est

A igreja na qual entramos é “a casa de Deus”, não apenas como lugar reservado à sua divina liturgia mas também como lugar da sua residência eucarística. Deus está presente. Saudemo-Lo com um gesto perfeitamente verdadeiro e apropriado: a genuflexão. O liturgista M. Hébert, sacerdote em Saint-Sulpice, escreve: “estar de joelhos ou se ajoelhar é a atitude humilde do suplicante, do pecador arrependido, da criatura perante o seu criador”.

A genuflexão, porém, é mais do que uma atitude: é um gesto litúrgico prescrito pela Igreja. Faz parte de uma lista de reverências, muitas das quais dizem respeito aos clérigos que participam de uma Missa ou de um ofício. Existem inclinações ao celebrante, à Cruz, aos fiéis. Essas inclinações não são todas iguais: existem as profundas (o busto é inclinado), outras simples (só a cabeça é inclinada), outras menores (cabeça e ombros) … A propósito, a genuflexão: dobramos o joelho direito no chão sem inclinar a cabeça.

A genuflexão é reservada a Deus a quem adoramos.

Devemos, portanto, fazer uma genuflexão ao entrar e sair da igreja para saudar Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento no tabernáculo ou ao passar em frente ao tabernáculo, se estivermos andando na igreja.

Quando o Santíssimo Sacramento é exposto à adoração dos fiéis, é necessário fazer a genuflexão com os dois joelhos: colocamos os dois joelhos no chão e apenas inclinamos a cabeça (não os ombros, nem o peito), para marcar ainda mais a adoração. Observe que esta genuflexão com dois joelhos é prescrita ao entrar e sair da igreja, ou da capela, ou do coro onde o Santíssimo Sacramento está exposto e não depois, quando se atravessa a igreja. Se eu passar diante do Santíssimo Sacramento, faço uma genuflexão simples; se deixo meu banco para me confessar, não faço nenhuma genuflexão.

A hierarquia nos tipos de reverência significa duas coisas:

1°) que a caridade que une os cristãos a Cristo e os cristãos entre si é regulada pela ordem, pelo respeito, pela verdade das relações que nos distinguem. Deus é Deus, para começar. A Igreja não é um grupo de amigos, mas a família de Deus.

2°) Que Deus é honrado tanto por gestos exteriores de reverência como pela obediência às regras, que a tradição da Igreja tem, sabiamente codificado ao longo dos tempos.

Pe. Lionel Héry, FSSPX