59 NOVOS SEMINARISTAS INGRESSARAM NOS SEMINÁRIOS DA FSSPX NOS EUA E SUIÇA – 2024

O Seminário Santo Tomás de Aquino, em Dillwyn, nos EUA, acolheu 28 jovens que responderam ao chamado de Deus, provenientes dos Estados Unidos, Canadá, Índia e Cuba.

No Seminário Santo Cura d’Ars de Flavigny, 31 jovens ingressaram no primeiro ano: 28 com vista ao sacerdócio e 3 com vista à vida religiosa dos Irmãos da FSSPX.

Esse Seminário da FSSPX é francófono, porém não impede que as origens sejam diversas: 21 franceses, 2 espanhóis, 1 suíço, 1 inglês, 1 cingapuriano, 1 libanês, 1 iraniano. E para os Irmãos: 2 franceses e 1 queniano.

Esses homens estão deixando pais, empregos, estudos e outras oportunidades no mundo para vir e ser formados como “outros Cristos“, são licenciados do ensino secundário, politécnicos, cirurgiões, físicos, astrônomos, cozinheiros, engenheiros, historiadores e advogados.

Pedimos suas orações pela perseverança desses jovens ao longo dos próximos sete anos de sua formação.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

VOTOS, TOMADA DE HÁBITOS E COMPROMISSOS DOS IRMÃOS E SEMINARISTAS DA FSSPX EM LA REJA E ZAITZKOFEN – 2024

No domingo, 29 de setembro de 2024, quando a Igreja celebra a Festa de São Miguel Arcanjo, padroeiro dos Irmãos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, foi realizada, na igreja do Seminário de La Reja, a cerimônia de votos e tomada de hábito entre os Irmãos, bem como os primeiros compromissos na FSSPX para seminaristas.

Réception de la médaille de saint Pie X

O diretor do seminário recebeu os primeiros compromissos de 6 seminaristas do segundo ano: 1 brasileiro, 1 chileno e 4 mexicanos.

Ele também entregou o hábito religioso a 2 noviços que assim iniciaram seu noviciado: 1 argentino e 1 peruano.

E recebeu os primeiros votos de 1 irmão brasileiro. Outros 3 irmãos renovaram os votos nesta ocasião.

Este dom à vida religiosa no noviciado os prepara para os votos que são o próprio fundamento dessa vida: votos que, segundo São Tomás de Aquino, em seu belo opúsculo sobre a Perfeição da Vida Espiritual, colocam aquele que os pronuncia no “estado de perfeição”.

Sem dúvida, o religioso não é perfeito, mas o estado que escolheu o levará à perfeição da caridade, se lhe for fiel, porque remove os obstáculos ao progresso na virtude e na união com Deus. Não foi São Pio X quem disse da mesma forma: “Dêem-me um religioso que tenha vivido completamente de acordo com sua regra, e eu o colocarei sobre os altares”?

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No mesmo dia, no Seminário de Zaitzkofen, na Alemanha, dois noviços – 1 suíço e 1 polanês – fizeram a primeira profissão religiosa e 1 postulante alemão recebeu o hábito religioso.

Oremos pela perseverança de todos em sua vocação.

Para saber mais sobre os Irmãos da FSSPX, clique aqui e aqui.

TOMADA DE HÁBITOS E PRIMEIROS VOTOS ENTRE OS IRMÃOS DA FSSPX EM FLAVIGNY (FRA) – 2024

Neste domingo, 29 de setembro de 2024, em Flavigny (França), 6 irmãos da FSSPX pronunciam solenemente seus primeiros votos religiosos. Na mesma cerimônia, 5 jovens candidatos recebem o hábito.

Para saber mais sobre os Irmãos da FSSPX, clique aqui e aqui.

XIX DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: A PARÁBOLA DO BANQUETE NUPCIAL E A IGREJA CATÓLICA

Acesse a leitura clicando na imagem.

Você pode acompanhar diariamente as Meditações de Santo Afonso em nossa página exclusiva no blog clicando aquipelo nossa página no Facebook ou por nosso Canal no Telegram

A IGREJA É INDEFECTÍVEL

Fonte: Courrier de Rome n°678 – Tradução: Dominus Est

1 – INDEFECTÍVEL E INDEFECTIBILIDADE: NAS ORIGENS DE UMA TERMINOLOGIA.

1. O substantivo “indefectibilidade” surge no século dezessete. O Dicionário da Academia Francesa o menciona em sua 3ª edição, de 1740. Apresenta-o como um “termo dogmático”, e define-o como “a qualidade do que é indefectível”, esclarecendo que ele não é “muito utilizado além desta frase:A indefectibilidade da Igreja”. Permanecerá assim, de edição em edição, até a 7ª, de 1878, onde um novo esclarecimento é introduzido: a palavra, “todavia, por vezes é dita em termos de filosofia. A indefectibilidade das substâncias”. Foi somente em 1935, na 8ª edição do Dictionnaire, que nosso substantivo recebeu um significado não mais exclusivamente dogmático: doravante, ele é apresentado como “um termo didático” que designa “a qualidade do que é indefectível”, no sentido mais amplo do termo: “A indefectibilidade da Igreja. A indefectibilidade das substâncias”. Paralelamente, o Dictionnaire de l’Académie reserva o mesmo destino ao adjetivo “indefectível”. Esse termo também aparece na 3ª edição de 1740, e, até a 7ª edição de 1878, é dado como um “termo dogmático”, definido como “o que não pode desfalecer, deixar de existir”, “não sendo muito utilizado senão nesta frase: A Igreja é indefectível”. Somente com a 8ª edição, de 1935, a palavra é designada como “um termo didático”, que significa, em um sentido amplo, “o que não pode desfalecer, deixar de existir. A Igreja é indefectível. Linha de conduta indefectível”. A edição atual do Dictionnaire, a 9ª, consagra essa evolução semântica. O adjetivo “indefectível” é definido como “o que não pode falhar, deixar de ser. Uma memória indefectível. Uma amizade indefectível. Uma linha de conduta indefectível. De acordo com a doutrina católica, a Igreja é indefectível, deve durar até o fim dos tempos”. Quanto ao substantivo “indefectibilidade”, ele é definido como “a qualidade do que é indefectível. A indefectibilidade de um sentimento. A indefectibilidade da Igreja”.

2. Essa amplificação de sentido deve manter toda a sua importância, pois, aqui, o histórico da palavra vem confirmar a extensão da coisa que ela se emprega a designar. A indefectibilidade é, originariamente, própria e exclusiva da Igreja, e isso é facilmente concebido, visto que a Igreja aparece como a única realidade criada da qual se pode dizer, aqui na terra, que não somente ela nunca deixou, mas também que ela não deixará de ser o que é: não somente indeficienteou indeficente, mas, precisamente, indefectível, ou, se nos permitem arriscarmos aqui o neologismo, “indefalível”. Aqui, em seu sentido original, a palavra significa uma impossibilidade de princípio, e não um simples fato. E isto está ligado, seguramente, à natureza essencialmente sobrenatural da Igreja. A tal ponto que a indefectibilidade não pode ser dita, por extensão de sentido, sobre as outras realidades da terra, senão em um sentido impróprio e reduzido, no sentido de um simples fato, e não mais de uma pura impossibilidade. Continuar lendo

3 DE SETEMBRO – DIA DE SÃO PIO X

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Nesta data tão importante para a Igreja, listamos abaixo alguns links que já postamos sobre o Santo:

INICIA-SE HOJE A NOVENA PELAS VOCACÕES PARA A FESTIVIDADE DE SÃO PIO X

São Pio X – Grande Papa na História, grande Santo na Igreja – Revista  Arautos do Evangelho

A pedido dos Superiores da FSSPX, convidamos todos os fiéis a se unirem a esta novena, que do dia 25 de agosto até 2 de setembro será rezada pela nossa Fraternidade em todas as capelas do Brasil, a fim de pedir pelo florescimento e pela perseverança das vocações sacerdotais e religiosas. Todos os dias se rezará pelo menos uma dezena do Terço, se possível em família, e depois a seguinte oração:

“Senhor Jesus, Bom Pastor, que viestes buscar as ovelhas desgarradas a fim de salvá-las, e instituístes o sacerdócio para continuar a vossa obra até o fim dos tempos, a Vós insistentemente pedimos: Enviai operários à vossa messe! Concedei santos sacerdotes à vossa Igreja, e enviai-lhe também religiosos e religiosas. Enchei as famílias católicas do amor ao sacerdócio e do espírito de sacrifício, para que todos aqueles que Vós escolhestes respondam fielmente ao vosso chamado. Sustentai todos os sacerdotes, religiosos e religiosas na sua árdua missão. Concedei que sejam fiéis à Tradição católica pela oração, por suas palavras e por seu exemplo, para estender o vosso Reino sobre as sociedades e sobre os corações dos homens, e assim levar à vida eterna o maior número possível de almas. Amém.”

Senhor, dai-nos sacerdotes.

Senhor, dai-nos santos sacerdotes.

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes.

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas.

Maria, Mãe do Sacerdócio, rogai por nós.

São José, Padroeiro das vocações, rogai por nós.

São Pio X, rogai por nós.

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Para saber sobre a vocação ao sacerdócio, clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Mais sobre as Irmãs da FSSPX e a vocação religiosa feminina clique aquiaquiaqui, aqui aqui.

Sobre a vocação de Irmão da FSSPX clique aqui, aqui, aqui e aqui. 

TOMADA DE BATINA NO SEMINÁRIO NOSSA SENHORA CORREDENTORA, FSSPX, EM LA REJA (ARG) – 2024

No dia 15 de agosto, na Festa da Assunção da Virgem Maria,10 seminaristas do ano de espiritualidade vestiram suas batinas: 3 argentinos, 2 brasileiros (Evanderson e Lucas), 1 dominicano e 4 mexicanos.
O Padre Diretor, em sua pregação, convidou os seminaristas a usarem a batina como manifestação externa do espírito de mortificação, que é condição da verdadeira Esperança cristã e recorda ao mundo materialista de hoje que a felicidade se encontra no Céu, vivendo unidos a Deus.
Confiemos estes seminaristas à nossa Mãe Santíssima para que possam vestir com dignidade o hábito religioso e servir fielmente a Nosso Senhor. Que a Virgem abençoe e proteja estas vocações.
Ouça o sermão do Diretor do Seminário, RP Jean de Lassus:

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

15 DE AGOSTO: RECORDAÇÃO DO MILAGRE DO PAPA PIO VII

É pouco conhecido mas, em 15 de agosto também se recorda o chamado “milagre do Papa Pio VII Chiaramonti”.

Fonte: Scuola Ecclesia Mater – Tradução: Dominus Est

Milagre de Pio VII, Museu Britânico, Londres

De fato, neste dia, em 1811, enquanto era celebrada a Santa Missa, o Papa, então prisioneiro de Napoleão, foi sequestrado em êxtase e começou a levitar, de uma forma não muito diferente do que aconteceu com São José de Copertino. Isso demonstrava o profundo espírito de oração e contemplação daquele santo pontífice, que se formou no mais genuíno espírito beneditino. Não por acaso ele tinha sido abade da Abadia romana de São Paulo Fora dos Muros: uma posição que, em um passado distante, havia sido ocupada por São Gregório VII.

Jacques-Louis David, Pio VII e o cardeal Giovanni Battista Caprara Montecuccoli. Estudo para a Coroação de Napoleão, 1811 – Pio VII defendeu os Estados Papais contra os ataques de Napoleão

O episódio da levitação do Papa Chiaramonti suscitou grande admiração e espanto mesmo entre os vários soldados franceses que o vigiavam e que se viram testemunhas involuntárias do acontecimento.

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – CONCLUSÃO

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

1°) Se – em matemática – o número 1 for removido, todos os outros números desaparecem. Assim – em teologia – se a Sé suprema for removida, a Igreja deixa de ter alicerces e desaba como uma casa da qual é removida a fundação. Mas isso é um absurdo, tornado impossível pelas promessas de Jesus à sua Igreja.

2°) ‘Pedro’ ou Cefas significa ‘Pedra’: “Petra autem erat Christus” (1 Cor. X, 4). A Igreja coincide com Cristo e se funda em Cristo, sua Cabeça invisível, e ao mesmo tempo com/sobre Pedro, seu chefe visível: Ubi Petrus ibi Ecclesia.

3°) Pedro e Cristo são Pessoas em ato, não em potência. Caso contrário teríamos, além do “Cristo cósmico” de Teilhard de Chardin, o “Papa cósmico” e a “Igreja cósmica”.

4°) A Igreja tornou sua a filosofia e a teologia do ser estavelmente imutável e repudiou aquela do devir em contínua mudança ou em “movimento perpétuo”. A Tese do Papado material ou em potência está no devir e, portanto, é contrária à reta razão, à reta teologia e ao “sentire cum Ecclesia”. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – AS QUATRO CONDIÇÕES DA INFALIBILIDADE DO MAGISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO E ORDINÁRIO

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

A constituição ‘Pastor Aeternus’ do Concílio Vaticano I estabelece as condições necessárias para a infalibilidade das definições pontifícias extraordinárias ou ordinárias. Ensina que o papa é infalível “quando fala ex cathedra, isto é, quando, no exercício do cargo de Pastor e Doutor de todos os cristãos, em virtude da sua suprema autoridade apostólica, define uma doutrina relativa à Fé e aos Costumes, que deve ser sustentada por toda a Igreja” (DB 1834).

Portanto, as condições necessárias para que haja um pronunciamento infalível do Magistério pontifício extraordinário ou ordinário são quatro: 1°) que o Papa fale como Doutor e Pastor universal; 2°) que use a plenitude da sua autoridade apostólica; 3°) que manifeste claramente o desejo de definir e obrigar a crer; 4°) que trate de fé ou da moral.

O ponto crucial é a terceira condição, ou seja, que haja a intenção de definir e obrigar a crer. É, com efeito, fundamental que fique claro, de uma forma ou de outra, que o papa quer definir (de maneira “ordinária” ou “extraordinária”) uma verdade que deve ser acreditada obrigatoriamente, pois é divinamente revelada. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – MAGISTÉRIO, INTÉRPRETE DA TRADIÇÃO

cidade-estado vaticano

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

Tanto na Escritura como nos Padres o conceito de verdadeira Tradição está sempre ligado:

1°) à Assistência de Deus, pois sem a ajuda do Espírito de Verdade a pureza do ensino oral não poderia ser preservada;

2°) ao Magistério, que embora não seja a Tradição, é o órgão pelo qual ela é transmitida; o sentido pleno da Tradição só pode ser obtido sob a condição de manter juntos seus dois aspectos, o passivo (objeto transmitido) e o ativo (sujeito transmissor), dos quais o segundo é tão importante, que uma “tradição” do primeiro século, mas não atestada pelo Magistério da Igreja, não constituiria uma ‘verdadeira’ Tradição divino-apostólica; no máximo teria o valor de documentação histórica.

Há uma distinção, mas não uma separação entre o Magistério e a Tradição, ou seja, a Igreja é como uma Mestra (Magistério) que possui e transmite a Escritura (Bíblia) e a Tradição (Denzinger), tem um livro oficial (Bíblia mais Denzinger) e explica o verdadeiro significado para os alunos; se um estudante não compreender bem o significado do Livro, poderá pedir explicações à Mestra e ela lhe esclarecerá. De tudo isso resulta a tarefa essencial, e não menor ou mesmo contingente, que o Magistério desempenha ao dar, “todos os dias até ao fim do mundo”, a correta interpretação ativa ou subjetiva/formal do conteúdo dogmático-moral da Tradição, tendo garantido ontem a veracidade do conteúdo passivo ou objetivo/material[1]. Continuar lendo

OS IRMÃOS DA FSSPX

Fonte: FSSPX Portugal

Membros de uma sociedade sacerdotal

«A Fraternidade de São Pio X é uma sociedade sacerdotal de vida comum sem votos, seguindo o exemplo das sociedades das Missões Estrangeiras.» Como tal, está centrada no sacerdócio e na sua razão de ser, que é o santo sacrifício da Missa. 

Mons. Lefebvre, tendo constatado a inestimável ajuda dada pelos irmãos aos sacerdotes da sua congregação dos Padres do Espírito Santo, quis agregar uma comunidade de irmãos auxiliares aos sacerdotes da Fraternidade.

Religiosos

Os irmãos da Fraternidade pronunciam votos religiosos que os unem estreitamente ao Divino Mestre. Consagrando-se a Deus na vida religiosa, tal como os frades capuchinhos, os beneditinos ou os dominicanos, o seu primeiro objectivo é a glória de Deus, a sua santificação e a salvação das almas. A única palavra «religioso» resume, exprime e revela a especificidade da sua vocação. Os irmãos da Fraternidade são religiosos. Têm os deveres, mas também os privilégios!

Qualquer que seja a sua actividade exterior, toda a sua vida assume uma dimensão sobrenatural apaixonante. A vocação de irmão é definida em relação a Deus, não em relação ao homem. Longe de serem essencialmente trabalhadores manuais, eles são, como os sacerdotes, homens de Deus. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – OS LUGARES TEOLÓGICOS E O MAGISTÉRIO

Da Praça São Pedro, a entrada em procissão na Basílica de São Pedro para a abertura do Concílio Vaticano II, em 11 de outubro de 1962

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

Uma perigosa novidade

Alguns “hiper-tradicionalistas”, partidários da “sola Traditio sine Magisterio” [só a Tradição sem o Magistério], afirmam que o Magistério não é um lugar teológico. Portanto, segundo eles, não existe fórmula mais equívoca do que aquela segundo a qual o Magistério interpreta a Tradição.

Em primeiro lugar, Jesus Redentor é Mestre, Pastor e Sacerdote (cf. Jo. XIV, 16). Jesus é a Verdade (“Ego sum veritas”), porque enquanto Mestre ensina os mistérios que dizem respeito à salvação. Pois, por causa do pecado original, a ignorância entrou no mundo graças ao diabo tentador, que é o mestre do erro (Jo. VIII, 44). Jesus Redentor, que veio para “destruir as obras do demônio” (1Jo. III, 8), tinha antes de tudo que eliminar o erro e as trevas do espírito dos homens e trazer a luz da verdadeira sabedoria, a única que nos liberta: “Veritas liberabit vos” (Jo. VIII, 32). “Nihil volitum, nisi praecognitum”: ninguém pode querer percorrer o caminho que conduz à vida eterna se não lhe for previamente ensinado qual é o Fim e o caminho que conduz a ele. Depois de ter dissipado o erro e ensinado a verdade, o Redentor conduz-nos, enquanto Pastor, no caminho para o Céu (“Ego sum via”). Finalmente, como sacerdote, reconcilia-nos com Deus e dá a graça que é a vida sobrenatural da alma (“Ego sum vita”).

Jesus, portanto, chamou a si mesmo de Verdade (Jo. XIV, 6), aceitou o título de Mestre (Jo. XIII, 13) e afirmou ser o único Mestre dos homens (Mt. XXIII, 10: “porque um só é vosso Mestre, o Cristo”). Cristo transmitiu então o Magistério ou o seu poder docente aos apóstolos para que ele fosse continuado para sempre (Mt. XXIX, 19), consciente da sua imprescindibilidade para a salvação das almas. Os Padres da Igreja chamam a Jesus de “Nosso único Mestre” (Santo Inácio de Antioquia, Magn., IX, 1). Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – A INFALIBILIDADE DO MAGISTÉRIO

Decreto regulamenta os mandatos de governo nas associações internacionais  de fiéis - Vatican News

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

Monsenhor Gherardini aborda também a questão da Infalibilidade do Magistério (p. 91).

Primeiramente, só Deus é absolutamente infalível por natureza. Ele é a própria Verdade subsistente que não pode se enganar e nem nos enganar, assim como só Deus é o próprio Ser por essência, enquanto as criaturas têm o ser por participação, ou seja, recebem-no de Deus, em um mundo limitado e finito, proporcional à sua natureza. Analogamente, o Magistério eclesiástico é infalível[1] não por essência e absolutamente, mas por participação; isto é, a Igreja (ou o Papa) recebe a infalibilidade de Deus sob quatro condições específicas (se ensina como Doutor Universal, em matéria de Fé e Moral, com intenção de definir e, finalmente, com intenção de obrigar a crer para a salvação da alma).

A infalibilidade do Magistério (ou o Magistério infalivelmente assistido com o fim de não cair em erro) é garantida por Deus Espírito Santo (p. 92), o “Espírito da Verdade” (Jo. XIV, 16). Ele, disse Jesus aos seus Apóstolos, “vos guiará no caminho da verdade integral […]. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará.” (Jo. XVI, 13-15).

Como se vê, Jesus estabeleceu um vínculo estreitíssimo entre a Verdade que o Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, deverá comunicar e explicar à Igreja, a sua própria Pessoa do Verbo Encarnado, a sua obra e seu ensinamento. O Espírito Santo é o “aperfeiçoador da obra de Redenção iniciada por Cristo” (Leão XIII, Encíclica Divinum illud munus, 1897). Portanto, o início de uma Terceira Era ou Igreja pneumática não pode ser atribuída ao Paráclito, como queria Joaquim de Fiore, mas apenas pode-se atribuir a Ele o aperfeiçoamento da Nova e Eterna Aliança da Igreja petrina nascida do Sangue de Cristo. Continuar lendo

ORDENAÇÕES AO SACERDÓCIO E DIACONATO NO SEMINÁRIO SAGRADO CORAÇÃO (FSSPX), EM ZAITZKOFEN, NA ALEMANHA – 2024

O Seminário Sagrado Coração (Herz Jesu) localizado em Zaitzkofen, na Baviera, perto de Regensburg, tem formado os sacerdotes de língua alemã da FSSPX, lituanos, holandeses, poloneses, russos, eslovacos, eslovenos, suíços, tchecos…

No dia 29 de junho, D. Tissier de Mallerais ordenou 3 diáconos: 1 alemão e 2 suíços. Também conferiu o sacerdócio a 2 seminaristas: 1 húngaro e 1 tcheco.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

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  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – MAGISTÉRIO E REVELAÇÃO

Cuándo se construyó el Vaticano?

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

O Magistério é a regra próxima da Fé, enquanto a Escritura e a Tradição são sua regra remota. Com efeito, é o Magistério da Igreja quem interpreta a Revelação e propõe que se acredite no que nela está contido como objeto de fé.

Monsenhor Brunero Gherardini, na revista Divinitas[1], explicou com mais detalhes o munus docendi da Igreja em relação às discussões que surgiram recentemente sobre a questão da relação entre a Revelação e o Magistério.

A palavra Magistério indica o Poder de ensinar, que Jesus deixou à Sua Igreja, e também o Ato e o Conteúdo do ensinamento da Igreja (p. 87).

Na Sagrada Escritura (uma das duas fontes da Revelação, juntamente com a Tradição), encontramos a definição do Magistério, especificamente no Evangelho segundo S. Mateus (XXVIII, 19): “Ide, pois, ensinai todas as gentes”, que literalmente pode ser traduzido como “Faça de todos os povos seus discípulos” (p. 87), ou “Submeta todos os povos ao seu Magistério”. É evidente, pelo que é revelado no Evangelho, que Jesus quis estabelecer um Poder docente ou magisterial na Sua Igreja (ver também Mt. XVIII, 18; Mc. XVI, 15; Lc. XXIV, 47; Jo. XXI, 15-17), embora na teologia eclesiológica a palavra “Magistério” só tenha sido usada recentemente. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – O MAGISTÉRIO

história do vaticano

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

O Magistério eclesiástico se divide em Solene e Ordinário. O Solene se subdivide em conciliar e pontifício; e o Ordinário se subdivide em universal e papal.

Magistério Solene

Magistério Solene Conciliar é o ensinamento de “todos” os bispos do mundo (totalidade moral, e não matemática ou absoluta) reunidos fisicamente — de maneira não-habitual ou não-permanente e estável — em Concílio Ecumênico sob a direção do Papa.

Magistério Solene Pessoal Pontifício é o do Papa que, enquanto pastor universal (ou assentado sobre a cátedra de Pedro, “ex cathedra Petri”), define como divinamente revelada uma doutrina que diz respeito à Fé e à Moral e obriga a crê-la como absolutamente necessária à salvação. Continuar lendo

ORDENAÇÕES AO SACERDÓCIO E DIACONATO NO SEMINÁRIO DE ECÔNE (FSSPX), NA SUÍÇA – 2024

Hoje, 27 de junho de 2024, no Seminário São Pio X em Écône, D. Bernard Fellay ordenou 10 novos padres (7 para a FSSPX e 3 capuchinhos de Morgon) e 3 novos diáconos.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
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  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
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Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

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  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

ALOCUÇÃO “CI RIESCE” – SOBRE O PROBLEMA DA TOLERÂNCIA RELIGIOSA NA CRESCENTE COMUNIDADE DAS NAÇÕES

O Papa Francisco poderia declarar santo a Pio XII

Fonte: Site do Vaticano – Tradução: Dominus Est

Discurso dirigido por Sua Santidade aos que compareceram ao quinto Congresso nacional da União dos Juristas Católicos Italianos, em 6 de dezembro de 1953.

É para nós uma grande satisfação, queridos filhos da União dos Juristas Católicos Italianos, vê-los aqui reunidos ao nosso redor e dar-lhes, cordialmente, as boas-vindas.

No início de outubro, um outro Congresso de juristas reunia-se em Nossa residência de verão: o de Direito Penal Internacional. Sua “Convenção” tem, de fato, um caráter nacional, mas o tema dele é “nação e comunidade internacional”, e toca novamente as relações entre povos e Estados soberanos. Não por acaso se multiplicam os Congressos que estudam questões internacionais, científicas, econômicas e também políticas. O fato manifesto de que as relações entre indivíduos pertencentes a diferentes povos e entre os próprios povos estão crescendo em extensão e profundidade, torna cada dia mais urgente uma regulamentação das relações internacionais, privadas e públicas, especialmente porque esta aproximação mútua é determinada não apenas pelo incomparável aumento das possibilidades técnicas e pela livre escolha, mas também pela ação mais penetrante de uma lei imanente de desenvolvimento. Não devemos, portanto, reprimi-la, mas antes encorajá-la e promovê-la.

I

Neste processo de ampliação, as Comunidades de Estados e povos, quer já existam ou não representem mais do que um objetivo a ser alcançado e implementado, assumem naturalmente uma particular importância. São comunidades nas quais os Estados soberanos, ou seja, aqueles que não estão subordinados a nenhum outro Estado, reúnem-se em uma comunidade jurídica para a realização de determinados fins legais/jurídicos.  Seria dar uma falsa impressão dessas comunidades jurídicas se fôssemos compará-las aos impérios mundiais do passado ou de nosso tempo, nos quais raças, povos e Estados se fundiram, querendo ou não, a um único conglomerado de Estados. No presente caso, no entanto, os Estados, embora permanecendo soberanos, unem-se livremente em uma comunidade jurídica.

Neste sentido, a história universal, que mostra uma série contínua de lutas pelo poder, poderia sem dúvida fazer com que a constituição de uma comunidade jurídica de Estados livres parecesse quase utópica. Tais conflitos foram muitas vezes provocados pelo desejo de subjugar outras nações e de estender o alcance do próprio poder, ou mesmo pela necessidade de defender a própria liberdade e a própria existência independente. Desta vez, ao contrário, é justamente o desejo de evitar dissensões ameaçadoras que impulsiona uma comunidade jurídica supranacional; as considerações utilitárias, que certamente também têm um peso considerável, estão voltadas para as obras de paz; e, finalmente, talvez seja precisamente a abordagem técnica que tenha despertado a fé, latente no espírito e nos corações dos indivíduos, em uma comunidade superior dos homens, querida pelo Criador e enraizada na unidade de sua origem, sua natureza e seu fim. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – O CONCILIARISMO E A QUESTÃO DO “PAPA HERÉTICO”

Vaticano - História, características, população, e geografia do país

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

O conciliarismo é um erro eclesiológico, segundo o qual o Concílio ecumênico[1] é superior ao Papa.

Como podemos ver, esse erro, juntamente com o galicanismo, é muito atual e voltou à tona “pela esquerda” com a teoria da colegialidade episcopal do Concílio Vaticano e “pela direita” com a doutrina da independência da Igreja nacional francesa em relação ao papa e à Igreja universal. A doutrina católica, por outro lado, ensina que só o papa pode fazer tudo, enquanto todos os Bispos sem o papa não podem fazer nada.

A origem remota desse erro encontra-se no princípio jurídico contido no Decreto de Graciano (dist. XL, c. 6) do século IV, segundo o qual o papa pode ser julgado pelo Concílio ecumênico “imperfeito” (sine Papa) em caso de heresia.

A questão do Papa herético, no entanto, é apenas uma hipótese, uma opinião discutível, possível, mas não chega a provável, e de maneira alguma é uma certeza. Os Doutores da Igreja, sobretudo na Contrarreforma, discutiram-na como uma possibilidade puramente hipotética (“é certo/não é certo que o Papa pode cair em heresia…”). Sem chegar a um acordo unânime e menos ainda em uma certeza, cada um exprimiu a sua própria hipótese possível, ou no máximo provável[2]. Continuar lendo

ORDENAÇÕES AO SACERDÓCIO E DIACONATO NO SEMINÁRIO SANTO TOMÁS DE AQUINO (FSSPX), NOS EUA – 2024

Na sexta-feira, 21 de junho de 2024, festa de São Luís Gonzaga, D. Alfonso de Galarreta ordenou diáconos e sacerdotes para a Fraternidade Sacerdotal São Pio X e para o mosteiro beneditino de Nossa Senhora de Guadalupe.

As ordenações são as maiores celebração nos Seminários pois, por um lado, representam o próprio objetivo dessa instituição: formar sacerdotes e entregá-los à Igreja. E por outro lado, é um verdadeiro milagre receber vocações nesse mundo secularizado de hoje e poder dar-lhes os elementos necessários para que possam tornarem-se bons sacerdotes.

Mas é também uma celebração para toda a Fraternidade, que vê aumentar o número de trabalhadores apostólicos, que pregarão Jesus Cristo e o seu Reino em quase todo o mundo.

Finalmente, é uma festa para a Igreja, que se alegra por ver novos combatentes da fé engrossarem as fileiras daqueles que lutam há 50 anos contra a hidra modernista e os desvios de todos os tipos que surgiram na sequência do Concílio Vaticano. II.

Este ano, 6 seminaristas receberam a Ordem maior do Diaconato: 4 americanos, 1 australiano e 1 beneditino do mosteiro de Nossa Senhora de Guadalupe.

E D. de Galarreta conferiu o Sacerdócio a 5 seminaristas: 3 americanos, 1 sul-coreano e 1 monge beneditino do mosteiro Nossa Senhora de Guadalupe, localizado em Silver City, no estado do Novo México.

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A FSSPX conta atualmente com (alguns números aproximados):

  • 3 Bispos
  • 707 sacerdotes
  • 137 Irmãos
  • 200 Irmãs em 28 casas [“Relacionadas” à FSSPX: 183 professas e 14 noviças]. As freiras ajudam em 15 escolas e administram outras 4. Estão presentes também em muitos Priorados e em duas residências para idosos em Brémien Notre-Dame, na França, e na Maison Saint-Joseph, na Alemanha.
  • 19 Irmãs Missionárias do Quênia
  • 80 Oblatas
  • 250 Seminaristas e 80 pré-seminaristas

Está presente em 37 países e visita regularmente outros 35.

Mantém:

  • 1 Casa Geral
  • 14 Distritos e 5 Casas Autônomas
  • 4 Conventos Carmelitas
  • 6 Seminários
  • 167 priorados
  • 772 centros de missa
  • Mais de 100 escolas (do Ensino Básico ao Médio),
  • 2 universidades
  • 7 casas de repouso para idosos
  • Numerosas Ordens Latinas e Orientais tradicionais amigas em todo o mundo

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Nota do blog: Colocamos abaixo alguns links sobre a vocação sacerdotal:

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“Senhor, dai-nos sacerdotes,

Senhor, dai-nos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes,

Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas,

Senhor, dai-nos famílias católicas, 

São Pio X, rogai por nós”

 

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – GALICANISMO

História da Igreja: Galicanismo e Febronianismo - Cléofas

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui.

Trata-se de um conjunto de doutrinas teológico-políticas sobre a eclesiologia, que defende:

1) limitar o poder do Papa sobre a Igreja francesa (“galicanismo teológico”), apoiando-se em direitos adquiridos no passado (Clóvis †511 e Carlos Magno †814);

2) favorecer a interferência do rei da França na própria Igreja, retirando do papa todo o poder sobre o reino de França (“galicanismo político”).

A origem remota do galicanismo encontra-se na teoria da unção de Clóvis, rei dos francos (496), pelo Bispo de Paris, S. Remígio (Remy) (†530), com óleo trazido por uma pomba diretamente do céu e não consagrado pelo bispo. A Enciclopédia Católica (Vaticano, 1951, vol. VI, col. 1769-1770) atribui a Incmaro, Arcebispo de Reims (806, 21 de dezembro de 882), a lenda da santa Ampola contida em sua obra Vida de São Remígio (P.L. 125, 1229-88, Monumenta Germaniae Historica, Hannover-Berlim, 1826, Script. Rer. Merov. III, pp. 239-341), que “é apenas uma obra de edificação” (“Enciclopedia Cattolica”, ibid., col. 1170).

A figura de Incmaro é altamente discutível. Basta consultar A. Fliche-V. Martin, Storia della Chiesa, (Cinisello Balsamo, San Paolo, 1983, vol. VI, pp. 423-475) para conhecer mais sobre sua longa atividade de falsificador de documentos e de decretos de direito canônico ou, pelo menos, de explorador de documentos falsos (as chamadas “falsificações isidorianas”, em homenagem a Isidoro Mercator, compostas por volta de 850). O fato de o Arcebispo de Reims (que era então o próprio Incmaro) ter sido o depositário e o guardião da Ampola trazida diretamente pelo Espírito Santo a Remígio em 498 ou 499 tornou esse arcebispo – tal como o rei da França – “em certo sentido” independente do papa. Todo o curso de ação de Incmaro na disputa que teve com Roma foi uma longa procrastinação, composta de atestados teóricos de obediência e de dependência em relação à Sé Apostólica, quando, na realidade (A. Fliche – V. Martin, ibidem, p. 473 e 475), ele continuava a agir como se fosse o soberano absoluto da sua arquidiocese e da Igreja da França, dada a sua supremacia sobre toda a Gália de Reims, por causa da Santa Ampola ainda conservada lá. Continuar lendo

A BELA CERIMÔNIA DE TOMADA DE HÁBITO E PRIMEIROS VOTOS NAS IRMÃS CONSOLADORAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – 2024

Ocorrida em 07 de junho de 2024, em Narni, na Itália

“Senhor, dai-nos muitas santas vocações religiosas”

Para saber mais sobre as Irmãs Consoladoras do Sagado Coração de Jesus, clique aqui.

Para saber mais sobre a Vocação religiosa feminina, clique aqui

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – O SEDEVACANTISMO

10 curiosidades do Vaticano que vão surpreender você

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Leia o capítulo anterior clicando aqui

A apostolicidade é, na crise que o ambiente eclesial vive, a nota mais útil e importante para compreender o que está acontecendo e para remediar tamanho mal. Sem Apóstolos não há Igreja de Cristo, pois o próprio Jesus a fundou sobre eles. Mas sem o Príncipe dos Apóstolos, sem Pedro, que é a “pedra” secundária e subordinada a Cristo, os Apóstolos estão separados de Cristo. A presença do Papa e dos Bispos em ato é absolutamente necessária, e não apenas em potência ou in fieri, ou seja, no devir, tal como pretende o sedevacantismo. De fato, se a Igreja estivesse em potência ou no devir, ainda não existiria e, além disso, Cristo não estaria com ela, como prometeu, todos os dias até ao fim do mundo, mas estaria com ela como que em intervalos, algumas vezes em ato ou em ser e outras vezes apenas em potência ou in fieri. Em vez disso, Cristo fundou a sua Igreja sobre uma cadeia ininterrupta de Papas no presente e não no devir perpétuo ou intermitente: Pedro e os Apóstolos eram Papas e Bispos em ato e formalmente, não em potência ou in fieri ou materialmente. A Igreja está estabelecida na existência presente, no ato e na forma, não no futuro, na potencialidade e na materialidade. Portanto, a Igreja ou o papado material ou in fieri, que não teria passado ao ato nos últimos cinco papas e teria interrompido a sucessão apostólica formal que vinha desde Pedro, é um Papado concebido pela mente de um homem (mesmo que fosse um grande teólogo que, no entanto, não é Cristo na terra e nem o Magistério eclesiástico), mas não é a Igreja querida por Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

É necessário distinguir:

1°) o estado transeunte da Sé vacante, que vai da morte de um papa à eleição de outro, no qual permanecem o Colégio cardinalício, capaz de substituir o papa falecido governando com autoridade (uma espécie de Colégio “vicário” do Vigário de Cristo), e também permanece o Episcopado universal[1], mantendo assim a unidade, a continuidade ininterrupta da série dos papas e a existência da Igreja, enquanto se aguarda a eleição de um novo Papa; Continuar lendo

DEIXEMOS O ECUMENISMO – PELO PE. JOSÉ MARIA, FSSPX

Sermão proferido pelo Revmo. Pe. José Maria, no Piorado S. Pio X de Lisboa, no IV Domingo depois de Pentecostes, com uma exortação a uma reforma de vida, expurgando os erros do ecumenismo no nosso dia-a-dia.

A FIGURA DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO, PELO CARDEAL LOUIS BILLOT

Fonte: Verbum Fidelis

Um dos lugares mais comuns que os autores sagrados usam para representar os tempos presentes é a forma de um vasto e tempestuoso mar, no qual o gênero humano foi mergulhado desde que, pelo pecado de Adão, se viu precipitado nas trevas e no abismo da perdição. É por isso que o Verbo de Deus, vindo a esta terra para nos resgatar do abismo e nos reconduzir à terra dos vivos, quis respeitar este símbolo, escolhendo entre os pescadores do mar da Galileia os apóstolos a quem confiaria a missão de perpetuar a sua obra. Ele disse-lhes: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”[1]. Quis também representar a sua Igreja, a qual estabeleceria como meio universal de salvação, sob a forma de um barco de pescador, do qual se servia constantemente, e no qual queria instalar-se, por assim dizer, quando, para pregar o Evangelho, percorria as aldeias e cidades das margens do lago de Genesaré.

“Um dia, comprimindo-se as multidões em volta dele para ouvir a palavra de Deus, Jesus estava junto do lago de Genesaré. Viu duas barcas que estacionavam à borda do lago; os pescadores tinham saído, e lavavam as redes. Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, rogou-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo da barca. Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Faz-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar’. Respondeu Simão: ‘Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhamos nada; porém, sobre a tua palavra, lançarei a rede’. Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que a sua rede rompia-se. Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram, e encheram tanto ambas as barcas, que quase se afundavam. Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: ‘Retira-te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador’. Porque tanto ele como todos os que se encontravam com ele ficaram possuídos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: ‘Não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens’”[2]. Em outras palavras: assim como hoje, por este milagre extraordinário, enchestes as vossas redes com uma tal abundância de peixes, assim também usareis o mesmo poder para realizar um milagre maior, tirando as almas das profundezas do abismo deste mundo, trazendo-as para a vossa barca e conduzindo-as daí para a margem do descanso eterno. Foi assim que Nosso Senhor quis explicar esse grande mistério da pesca milagrosa e mostrar-nos, através do desenrolar desse episódio, o que a Igreja iria realizar até o fim dos tempos. Continuar lendo

BREVE CATECISMO SOBRE A IGREJA E O MAGISTÉRIO – INTRODUÇÃO

cidade-estado vaticano

Fonte: Sì Sì No No, ano XXXIX, n. 18 – Tradução: Dominus Est

Nestes tempos em que a crise neomodernista penetrou diretamente no espírito dos homens da Igreja, é necessário conhecer a natureza da Igreja para não naufragarmos na obra da nossa salvação. De fato, é de Fé revelada (Mt. XVI, 28) e infalivelmente definida (Concílio Vaticano I) que Jesus Cristo fundou a Igreja com o objetivo de continuar a Redenção do gênero humano que Ele próprio iniciou (Mt. XXVIII, 19-20; Conc. Vat. I). Por isso, “fora da Igreja não há salvação” (Lc. X, 10; Atos IV, 12; IV Conc. de Latrão; Conc. de Florença).

Tentaremos resumir os pontos principais do que se encontra na Revelação (Sagrada Escritura e Tradição) e do que o Magistério tem ensinado sobre a Igreja, de forma autêntica e, por vezes, até infalível, para que permaneçamos na Fé Católica “sem a qual é impossível agradar a Deus” (Heb. XI, 6).

Uma Igreja hierárquica e não colegiada

A Igreja recebeu do próprio Cristo uma Hierarquia (Jo. XX, 21; Conc. de Trento) com a tríplice tarefa de ensinar, governar e santificar. Ao lado de Pedro (Mt. XVI, 18; Conc. Vat. I) e dos duze Apóstolos, nos Atos dos Apóstolos aparecem os Presbíteros ou Sacerdotes (Atos XX, 17) e os Diáconos (Atos VIII, 5).

Está igualmente revelado e infalivelmente definido que os poderes hierárquicos (Magistério, Império e Sacerdócio) passaram de Pedro para os Papas e dos Apóstolos para os Bispos (Jo. XX, 21; Conc. Trento; Conc. Vat., I, DB 1821 e 1828). Continuar lendo