A IMAGEM VIVA

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Fonte: SSPX District of Great Britain – Tradução: Dominus Est

O JOVEM REI

Era uma vez um jovem rei. Ninguém sabia que ele era um rei porque seus antepassados ​​tinham sido derrotados em batalha e o reino havia passado para outras mãos. No entanto, o jovem ainda era legitimamente um rei e tinha autoridade natural e sabedoria, além de cuidar daqueles ao seu redor como se fossem seus súditos. 

Caminhando por uma estreita rua lateral da capital do reino, na parte pobre da cidade, o rei avistou uma criança chorando. A criança não tinha pais e foi abandonada nas ruas para encontrar comida e abrigo. O rei parou, sorriu e deu à criança uma sacola de frutas e iguarias que tinha acabado de comprar em um mercado próximo. Mas tão rápido quanto chegou, o rei desapareceu novamente, deixando a criança admirada e feliz, e perguntando quem era o homem misterioso que tinha sido tão gentil. 

Poucos meses depois, o mesmo aconteceu novamente – quando a criança já tinha perdido a esperança, o rei apareceu do nada e deu à criança uma sacola contendo roupas, um pouco de sabão e muita comida. Desta vez, porém, o rei parou para conversar. A primeira coisa que ele disse foi: “Não tenha medo”. 

Com o passar dos meses, os encontros se tornaram mais frequentes – primeiro quinzenalmente, depois uma vez por semana e então quase todos os dias. O rei trazia tudo o que era bom para a criança – não somente coisas materiais, mas amizade e amor paternal. A vida da criança foi transformada por esses encontros; todos os dias, cada momento ocioso, a criança costumava pensar com felicidade no jovem rei …

A ÚLTIMA BATALHA 

Isso aconteceu até seu último encontro. O rei apareceu, um dia, mais misterioso que de costume, mas, pela primeira vez, ele não sorriu. “Meu filho”, ele disse, “esta é a última vez que você e eu nos encontraremos desta forma. Você sabe que a guerra está chegando, o inimigo tem crescido cada vez mais forte contra o grande reino e devo lutar uma batalha terrível. Desaparecerei por algum tempo, mas depois desse período, você me verá novamente, mas não como antes.”

O assunto da guerra se espalhou por toda a cidade e a criança aguardava ansiosamente por qualquer nova notícia sobre o jovem homem que era rei. O inimigo parecia estar vencendo a guerra; haveria uma última batalha. A cidade estava estranhamente vazia, as nuvens se juntaram e tornaram o céu tão escuro que parecia que a noite havia caído no meio do dia.

“Tudo está perdido!”, gritava um homem correndo descontroladamente pela via principal, vazia. “Tudo está perdido! Nossa última esperança, o rei desconhecido, está morto. Nós não sabíamos que ele era o rei até que o Príncipe Negro das Trevas o separasse da multidão para lutar e o chamasse de Senhor. O rei desconhecido lutou tão bravamente, mas o Príncipe Negro finalmente trespassou seu coração com uma lança. Tudo está perdido!” 

A criança subiu e desceu as ruas vazias cheias de tristeza. Sons de aflição e angústia podiam ser ouvidos por trás das portas fechadas das casas. A chuva caía em torrentes, a noite também caía, e caíam também as lágrimas – elas rolavam pelas bochechas da faminta criança desabrigada. 

No dia seguinte, depois do dia da escuridão, tudo estava quieto. Ninguém se movia pelas ruas; eles estavam esperando que os soldados inimigos chegassem, mas nada aconteceu. A criança foi dormir novamente, ainda triste.

A IMAGEM MÁGICA 

O jovem rei nunca voltou e a vida voltou a ser como era, até cerca de três meses depois. Enquanto pensava no jovem rei, um homem bem vestido caminhou em direção à criança na rua. Ele parou, olhou para a criança, colocou a mão no bolso e entregou uma carta. “Abra-a”, disse ele, e então ele se foi. 

A criança abriu a carta com entusiasmo – como todos nós fazemos quando recebemos cartas. Dentro dela havia uma bela imagem do jovem rei com uma anotação que dizia: “Fale comigo, e eu estarei com você novamente”.

“Oh!”, exclamou a criança sem pensar, “você não vai voltar para mim?” E no mesmo instante, a imagem mudou, ganhou vida! O jovem rei estava novamente na batalha com o Príncipe Negro, mas não sujo e coberto de suor e sangue, mas com uma brilhante e reluzente armadura cercada por milhares de nobres cavaleiros, todos de branco. Ele derrotou o Príncipe Negro das Trevas com uma facilidade majestosa – colocando-o no chão, com sua espada na garganta do Príncipe Negro.

Admirado e radiante, a criança se ajoelhou e adorou o rei junto com os nobres cavaleiros. “Oh Rei, se isso que eu vi foi verdadeiro. Venha até mim novamente, pois sinto sua falta.”

O rei na imagem virou-se para a criança e deu um passo à frente, para fora da imagem. Sua armadura de batalha mudou para um vestido branco e dourado; seu capacete tornou-se uma coroa de jóias. “Meu filho”, ele disse, “eu voltei para você e não o deixarei novamente. Lutei nessa batalha por você, e quando o inimigo, o Príncipe das Trevas, me atingiu e me atravessou, pensei em você. Não o deixarei novamente. Estarei com você sempre – até a consumação do mundo.”

E, dizendo isso, o Rei, agora tão belo, enrolou o desabrigado e órfão em sua capa em um terno abraço.

O SIGNIFICADO DA HISTÓRIA

Meus queridos irmãos, provavelmente não preciso dizer o significado da história.

  • O menino caracteriza toda humanidade: pobre e órfã sem a graça de Deus, desabrigada, fora do céu.
  • O Rei é Jesus Cristo: ele era um rei desconhecido enquanto estava na terra; Ele morreu na maior batalha contra Satanás e venceu a guerra; Ele voltou, como havia prometido, mas de uma maneira diferente.
  • O quadro que vem à vida é o Santo Sacrifício da Missa: é um memorial da morte de Jesus na Cruz; é uma representação viva do mesmo sacrifício, da mesma batalha, mas de uma maneira incruenta; isso traz Jesus para nós, realmente presente, para nos envolver em seu terno abraço através da Sagrada Comunhão.

Meus queridos meninos e meninas, quando você observar o sacerdote e a hóstia, quero que você imagine a imagem de Jesus morrendo na Cruz, coberto de suor e sangue, com dor, e então novamente com Seu brilho e beleza depois de ter conseguido a grande vitória sobre Satanás. Quero que você imagine Jesus descendo do altar em Seu vestuário real e te envolver em Seu manto real, quando O receber na Sagrada Comunhão.  

E quero que você O adore e O agradeça.

Nós somos a criança da história – e sempre estaremos em Seu abraço enquanto permanecermos na graça, tendo Deus como nosso Pai, e tendo nosso lar no céu onde nossa Mãe Maria está nos esperando.