A OCIOSIDADE É A MÃE DE TODOS OS VÍCIOS

Breve exortação para não ceder à preguiça nas férias

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

Vale a pena meditar sobre esse provérbio da Sagrada Escritura –  “porque a ociosidade ensina muita malícia.” (Eclo 33, 29) –  durante essas férias. Vamos explicá-lo brevemente. A ociosidade é o estado de uma pessoa desocupada, ociosa, inativa. A palavra mãe, aqui, deve ser tomada no sentido metafórico daquilo que engendra, que é a fonte e a origem. Este provérbio significa, portanto, que a inação causa muitos pecados, na verdade, todos eles! Infelizmente, os fatos confirmam a exatidão dessa afirmação. Quando uma pessoa não tem nada para fazer, as tentações se tornam mais prementes. Se essa pessoa for tolamente imprudente e se manter ociosa, somente um milagre poderá impedi-la de sucumbir.  E se essa pessoa puder acessar a Internet de maneira fácil e sem controle, então todo o inferno se alegrará.

Os santos sempre estiveram muito ocupados: uma carga de trabalho pesada, uma intensa vida de oração, incessantes obras de caridade, tudo isso deixava pouco tempo para a inação. Quanto às férias, eram curtas e, por vezes, até mais movimentadas do que no resto do ano. Com tal programa, os santos não tinham tempo para pecar.

São Bento, que conhecia bem a debilidade de nossa natureza, organizou tão bem a agenda de seus monges que a ociosidade estava praticamente ausente, de modo que as tentações perderam parte de sua força nas abadias.

Certamente é preciso descansar: dormir, caminhar, brincar, ler, mas tudo isso é diferente da ociosidade.

Lúcifer se regozija ao ver um católico ocioso. Que presa fácil!

Nós, que estamos rodeados de smartphones e outros dispositivos conectados, só podemos viver humana e cristãmente se nossa agenda estiver cheia, especialmente durante as férias!

Pe. Bernard de Lacoste, FSSPX