Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est
Após as acusações lançadas contra Francisco, que pervertem o Magistério através de pelo menos sete heresias formais, nada menos que dois textos acusam, por sua vez, o teólogo Ratzinger, então Papa Bento XVI, de desvios heréticos evidentes.
O primeiro ataque levantado nos últimos dias contra o teólogo Ratzinger se encontra no livro “Au cœur de Ratzinger, au cœur du monde” (No coração de Ratzinger, no coração do mundo)“, que acaba de ser lançado na imprensa com a assinatura de Enrico Maria Radaelli. O autor é conhecido como o mais fiel discípulo de Romano Amerio (1905-1997), o filósofo suíço que, em 1985, publicou “ Iota Unum“, a acusação mais sistemática e bem argumentada contra a Igreja Católica da segunda metade do século XX, na qual acusa de haverem subvertido os fundamentos da doutrina em nome do subjetivismo moderno.
O livro de Radaelli acaba de ser publicado pela Aurea Domus, editora de propriedade do mesmo autor, que pode ser comprado por e-mail e também em algumas livrarias em Roma e Milão.
O que fez com que Radaelli culpasse igualmente a teologia de Ratzinger de ser subversiva foi a leitura e análise de seu trabalho teológico mais conhecido e mais amplamente lido: “Einführung in das Christentum ” (Introdução ao Cristianismo) [publicado em francês sob o título “A fé cristã ontem e hoje“]. Publicado pela primeira vez em 1968 antes de ser reeditado dezenas de vezes e traduzido para várias línguas até hoje.
O segundo, ainda mais frontal – pelo menos no título – é um texto que apoia o livro de Radaelli. É intitulado ” “L’eresia al potere” (A heresia no poder) e provém de um dos teólogos e filósofos mais renomados, Dom Antonio Livi, Decano Emérito da Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Lateranense, Acadêmico Pontifício e Presidente da Associação Internacional de Ciências e Comunicações.
Na verdade, segundo Mons. Livi, Ratzinger e sua teologia contribuíram significativamente para o surgimento do que chama de “ a teologia modernista e seus desvios heréticos evidentes“, que se tornou cada vez mais hegemônica nos seminários, ateneus pontificais, nas comissões doutrinais, nos dicastérios da Cúria, bem como os níveis mais altos da hierarquia, até o papado.
Disso resulta que hoje, Francisco não é o único papa a ser alvo de uma “correção” por heresia, pois até mesmo seu antecessor emérito não está salvo.
Radaelli e Livi figuram entre os primeiros signatários da “correctio” dirigida ao Papa Francisco no verão passado. E hoje igualmente contra Bento XVI.
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Nota do Blog: um livro excelente para que se entenda certas acusações e circunstâncias é “Do Liberalismo à Apostasia“, de Mons. Marcel Lefebvre, que pode ser lido clicando aqui.