Foi durante a noite de 21 de Junho de 1860. Alguém bateu a porta do Colégio de Amiens. O porteiro acorde a portaria e, antes de abrir, ouviu uma voz que dizia:
“O Padre Guidée que vá imediatamente a tal rua, número e andar, que lá está uma senhora a morrer e quer comungar”.
O Sacerdote, acompanhado do sacristão, se dirigiu logo à tal casa levando junto o Santo Viático.
À entrada apareceu uma empregada.
– Está aqui algum doente?
– Sim, Padre.
– Ela não pediu um Sacerdote?
– Não, Senhor.
– Conduze-nos ao quarto da doente.
A criada conduziu os dois visitantes ao quarto da enferma. Depois de saúda-la, perguntou-lhe se não chamara um Padre.
– Não, Padre; eu não sou Católica; sou protestante.
– Os protestantes, prosseguiu o Padre Guidée, não admitem o culto de Maria Santíssima. A senhora também segue o mesmo pensar?
– Não, Padre; toda vida invoquei o nome de Maria, Mãe de Deus.
Muito disposta, escutou as instruções a respeito da doutrina Católica, e prontificou-se a acreditar tudo, afirmando ser seu desejo morrer no Catolicismo.
O Padre a batizou sob condição, confessou-a em seguida (porque podia ser que já tivesse recebido o batismo) e deu-lhe a Comunhão como viático e a extrema-unção.
Com o nome de Maria nos lábios, faleceu suavemente.
Nossa Senhora mesma chamara o Sacerdote para premiar sua devota.
Como Maria Santíssima é Boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.