Fonte: Media-Presse-Info – Tradução: Dominus Est
Membos republicanos do Congresso americano acusam o FBI de colocar “informantes infiltrados” em várias igrejas católicas, particularmente em igrejas tradicionalistas, a fim de monitorar “atividades suspeitas”. A notícia das infiltrações foi revelada, na segunda-feira, pelo House Select Committee on Weapons.
Esse comitê, apoiado pelos republicanos, foi criado em janeiro para investigar e denunciar as agências federais cujas ações continuam visando cidadãos que defendem os valores tradicionais. Desde então, o informante do FBI Kyle Seraphin divulgou documentos mostrando que a agência tem monitorado os chamados católicos “radicais”, especialmente aqueles que assistem à Missa em latim.
Documentos adicionais obtidos pelo comitê agora demonstram que o FBI “procurou utilizar organizações religiosas locais nessa infiltração para “detecção precoce e desenvolvimento de fontes de informação”” em capelas tradicionalistas.
“Perguntei especificamente ao procurador-geral Merrick Garland se o FBI estava visando as paróquias católicas e ele disse que não“, escreveu o senador republicano Josh Hawley no Twitter após a última revelação. “Agora, verifica-se que o FBI estava usando informantes infiltrados em várias paróquias.”
“Alguém precisa dar-lhes uma lição sobre a Primeira Emenda”, declarou o deputado republicano Jim Jordan, que também atua como presidente do Comitê Investigativo sobre Conduta do FBI, a Sean Hannity, na segunda-feira. “Este memorando fala especificamente sobre colocar agentes infiltrados em paróquias católicas e foi aprovado por dois de seus principais analistas e pelo principal advogado da divisão de lá.“
Jordan continuou: “Agora pare e reflita um segundo. Provavelmente havia mais americanos na igreja ontem do que em qualquer outro dia do ano. No dia em que celebramos a Ressurreição do nosso Salvador, milhões de americanos foram à igreja. Agora, o FBI estava presente? Havia pessoas na igreja que espionavam os paroquianos que foram às celebrações. Foi isso o que eles fizeram. O que eles fazem em contraposição à Primeira Emenda é aterrorizante”.
A deputada republicana Elise Stefanik, de Nova York, conhecida por seu apoio a iniciativas jurídicas democratas como a “Lei do Respeito ao Casamento“, também condenou as ações da agência, qualificando os esforços destinados a apresentar os católicos como “antiamericanos“.
De acordo com uma carta escrita pelo deputado Jordan ao diretor do FBI, Christopher Wray, um documento interno estabelecia planos para “participar da conscientização de líderes de outras capelas da Fraternidade São Pio X (FSSPX) na área de responsabilidade do FBI em Richmond, a fim de conscientizar essas congregações dos sinais precursores de radicalização e solicitar sua ajuda para servirem de gatilhos para atividades suspeitas”.
Além disso, a agência federal desenvolveu um “plano de conscientização” que incluía contato com as chamadas “grandes paróquias católicas” e com “líderes diocesanos” locais. O FBI também manifestou interesse em “explorar fontes existentes e/ou iniciar avaliações do Tipo 5 para desenvolver novas fontes com a localização e acesso necessários” para relatar atividades suspeitas.