GENEALOGIA DO TRANSUMANISMO

Transhumanism and inequality: Enhancing human life could bring dystopian  consequences - Genetic Literacy Project

Fonte: Courrier de Rome nº 668 –  Tradução: Dominus Est

Pelo Padre Florent Marignol, FSSPX

1. Como podemos definir o transumanismo? De acordo com os proponentes dessa ideologia, o homem atingiu um patamar supostamente “crítico” em sua evolução. O objetivo é obter um controle cada vez maior sobre o destino humano, e agora é hora de o homem moderno ir além dos próprios limites estabelecidos pela natureza. Com efeito, os últimos avanços tecnológicos fornecem os meios para isso, e o resultado esperado será uma humanidade “aumentada” ou “pós-humana”.

2. Por exemplo, a World Transhumanist Association (hoje Humanity +) afirma: “O futuro da humanidade será radicalmente transformado pela tecnologia. Prevemos a possibilidade de os seres humanos passarem por modificações como rejuvenescimento, aumento da inteligência por meios biológicos ou artificiais, capacidade de modular seu próprio estado psicológico, abolição do sofrimento e exploração do universo”[1]. Partindo do pressuposto de que os seres humanos terão que se submeter a esses tipos de modificações em um futuro próximo, quer queiram ou não, os transumanistas defendem “o direito moral daqueles que desejam usar a tecnologia para aumentar suas capacidades físicas, mentais ou reprodutivas e ter mais controle sobre suas próprias vidas. Desejamos prosperar transcendendo nossas limitações biológicas atuais”[2]. O leitor, que olhar apenas superficialmente, pode ver isso como meras divagações, mas a mente atenta não pode deixar de notar que essa ideologia é propagada pelos homens mais ricos do mundo: Bill Gates, Elon Musk e Larry Page, para citar apenas alguns. Quanto ao filósofo e ao teólogo, tais declarações só podem encorajá-los a levar a sério essa utopia que, por seu escopo e pela qualidade de seus pregadores, força a voz católica a ser ouvida em alto e bom som.

História

3. Para traçar fielmente a história dessa ideologia, é natural olhar primeiro para suas raízes profundas, que se encontram em um terreno favorável que discutiremos detalhadamente no próximo artigo, e depois considerar seu desenvolvimento recente, do início do século XX em diante.

4. Em um artigo intitulado “The history of transhumanist thought”[3] (“A história do pensamento transumanista”), Nick Bostrom[4] acredita que, se a humanidade hoje deseja transcender seus próprios limites biológicos, esse é um sonho que é antigo. Segundo ele, esse desejo está expresso no épico sumério de Gilgamesh (por volta de 1700 a.C.) ou no mito grego do roubo de Prometeu. O homem tem buscado constantemente satisfazer esse desejo ao longo dos tempos, e Nick Bostrom lista os vários protagonistas que inspiraram o transumanismo contemporâneo, que se vê como o epílogo dessa busca.

5. O primeiro desses inspiradores é Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494), que defendeu a ideia de que, longe de ter fixado o homem em uma forma definitiva (ou seja, uma essência), Deus lhe deu o poder de se moldar livremente, para alcançar uma ordem superior que beira o divino. Assim, nosso autor coloca na boca do Criador estas palavras dirigidas a Adão: “Se não o fizemos nem celeste nem terrestre, nem mortal nem imortal, foi para que, dotado como estava do poder arbitrário e honroso de se modelar e moldar, desse a si mesmo a forma que preferisse. Podeis degenerar em formas inferiores, que são bestiais; podeis, por decisão de seu espírito, regenerar-se em formas superiores, que são divinas”[5]. Pico estava longe de pensar nos meios que a ciência e a tecnologia oferecem atualmente para tornar essa transformação possível.

6. Bostrom continua a genealogia do transumanismo evocando o cientista e filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626). Ele esperava que a ciência um dia fosse capaz de “prolongar a vida; restaurar a juventude, até certo ponto; retardar o envelhecimento; […] aumentar a força e a atividade; transformar a estatura; aumentar e elevar o cérebro […] euforizar os espíritos e colocá-los em uma boa disposição”[6]. Bostrom observa, como veremos no artigo a seguir, que em 1620 Bacon publicou o Novum Organum (Novo Instrumento), no qual propôs uma metodologia baseada na experimentação e na investigação empírica, e não no raciocínio a priori, e no qual defendeu o projeto de “tornar todas as coisas possíveis”, ou seja, usar a ciência para dominar a natureza a fim de melhorar as condições de vida dos seres humanos.

7. Bostrom também menciona Condorcet[7]. Ao contrário dos outros precursores do transumanismo, Condorcet acredita que o progresso científico e técnico fornece os meios para transformar o homem: “A espécie humana deve ser aprimorada, seja por novas descobertas nas ciências e nas artes e, como consequência necessária, nos meios de bem-estar individual e prosperidade comum; seja pelo progresso nos princípios de conduta e na moralidade prática; seja, finalmente, pelo aprimoramento real das faculdades intelectuais, morais e físicas, que também pode ser o resultado, ou dos instrumentos que aumentam a intensidade e direcionam o uso dessas faculdades, ou mesmo da organização natural? Ao responder a essas três perguntas, encontraremos na experiência do passado, na observação do progresso que a ciência e a civilização fizeram até agora, na análise do progresso da mente humana e do desenvolvimento de suas faculdades, as mais fortes razões para acreditar que a natureza não pôs fim às nossas esperanças”[8]. Condorcet tem o mérito de ser claro. Ele fala de um aumento nas capacidades do homem, cuja origem seria a ciência e que levaria o homem à imortalidade: “Deverá chegar um tempo em que a morte não será mais que o efeito, seja de acidentes extraordinários, seja da destruição cada vez mais lenta das forças vitais, e que, finalmente, a duração do intervalo médio entre o nascimento e essa destruição não terá um termo atribuível”[9].

8. Bostrom finalmente chega a uma data decisiva na gênese do transumanismo: a publicação de A Origem das Espécies por Charles Darwin em 1859. Essa publicação foi o ponto culminante de vários anos de trabalho. Ela afirma ser baseada em observações feitas a bordo do HMS Beagle. A teoria de Darwin, que foi revolucionária em termos de biologia, explicou a evolução das espécies por meio da seleção natural dos indivíduos mais aptos em uma determinada espécie [10]. De acordo com Darwin, quando uma espécie prolifera em um determinado ambiente, os recursos alimentares tornam-se escassos e nem todos os indivíduos da mesma espécie são iguais na luta pela vida que se inicia: alguns são mais bem adaptados para sobreviver devido a uma constituição melhor ou a uma vantagem física, enquanto outros são menos. Os indivíduos mais bem adaptados sobrevivem e se reproduzem entre si, enquanto os outros morrem. As características que permitem a melhor adaptação ao ambiente são passadas para as gerações seguintes, que sofrem uma pequena mutação em comparação com todos os indivíduos da geração anterior. Como esse mecanismo é perpétuo, a evolução das espécies é permanente e, como os seres humanos não são exceção a esse processo, Max More [11] faz o seguinte juízo: “Com a publicação, em 1859, de A Origem das Espécies, de Darwin, a visão tradicional dos seres humanos como únicos e fixos na natureza deu lugar à ideia de que a humanidade, tal como existe hoje, é apenas um estágio em um caminho de desenvolvimento evolutivo. Combinada com a percepção de que os seres humanos são seres físicos cuja natureza pode ser progressivamente mais bem compreendida por meio da ciência, a perspectiva evolucionária tornou possível imaginar que a própria natureza humana pode ser deliberadamente alterada”[12]. E Bostrom comenta, parafraseando Darwin: “Tem se tornado cada vez mais plausível ver a versão atual da humanidade não como o ponto final da evolução, mas sim como uma fase inicial”[13].

Dessa explicação biológica da evolução das espécies para o sistema do transumanismo, há apenas um passo, que será dado por vários pensadores que gravitam em torno da Universidade de Oxford. O principal deles foi Julian Huxley[14]. Foi ele quem popularizou o nome “transumanismo”, cunhado pelo politécnico francês Jean Coutrot[15]. Ele é frequentemente apresentado como o fundador do movimento, tanto pela influência que conseguiu exercer por meio de sua atuação em organismos internacionais e de suas amizades, quanto pelo que disse: “Deixe o mamífero em nós morrer, para permitir que o homem viva mais plenamente”[16]. Segundo ele, “o destino humano final é dirigir o processo de evolução e levá-lo a novos patamares por meio da realização de novas possibilidades para melhorar a qualidade da existência humana”[17].

Transumanistas contemporâneos

Assim, Julian Huxley deu origem à versão contemporânea do transumanismo. Por seu aspecto tanto idealista quanto irrealista, essa ideologia teria permanecido no estágio de um sistema de pensamento inofensivo se não tivesse sido levada a sério, apoiada e transmitida pelas empresas mais poderosas do planeta: os GAFAMI[18] para o mundo ocidental e os BATX para o mundo asiático[19].

Foram Robert Ettinger[20] e F. M. Esfandiary[21], o primeiro um filósofo e o segundo um cientista, que deram ao pensamento transhumanista sua formulação precisa e completa entre 1950 e 1960. A Declaração Transumanista, publicada em 1998 por iniciativa de Nick Bostrom e David Pearce, contribuiu para a expansão internacional do transumanismo. Atualmente, ele é apoiado por uma rede de associações locais, principalmente na Europa e na América do Norte, e por dois centros de alcance global: um centro californiano em torno de Raymond Kurzweil e Peter Diamandis, e um centro britânico liderado por Nick Bostrom, que dirige o Future of Humanity Institute na Universidade de Oxford.

O deslumbrante progresso tecnológico realizado nos últimos anos nos campos conhecidos como NBIC (nanotecnologia, biotecnologia, ciência da computação, ciência cognitiva, aos quais devemos acrescentar a engenharia genética) teve um impacto inegável sobre o transumanismo, dando-lhe sua versão atual: ele anuncia a iminente libertação da morte (chamada pelo doutor Laurent Alexandre de morte da morte), o aumento das capacidades físicas e cognitivas e a hibridização com a máquina. De acordo com a Lei de Moore[22], esses avanços exponenciais na tecnologia permitirão que os seres humanos do século XXI ultrapassem seus limites biológicos, “cruzando-os” (do latim trans) para se tornarem seres humanos “aumentados” (uma humanidade 2.0, para usar a expressão de Raymond Kurzweil).

Beneficiados por uma manipulação genética que os protegerá de doenças e da morte, equipados com microprocessadores e próteses computadorizadas, os humanos do futuro próximo terão suas capacidades multiplicadas por dez: eles ouvirão frequências inaudíveis ao ouvido natural, serão mais fortes, mais rápidos, mais inteligentes e, acima de tudo, conectados[23]. Sob essa perspectiva, a humanidade está caminhando para um ponto de inflexão sem retorno, conhecido como Singularidade, além do qual a atividade humana como a conhecemos será extinta, pois não haverá mais distinção entre humanos e máquinas. Há três razões principais para essa marcha rumo à aniquilação do homo sapiens e ao surgimento do homem aumentado. Em primeiro lugar, o mecanismo necessário e inescapável da evolução darwiniana que leva o homem a dar esse passo. Aqueles que não quiserem evoluir serão os “chimpanzés do futuro”[24], que serão visitados em zoológicos, assim como os neandertais são examinados com curiosidade nos museus. A segunda motivação é um medo: o do desenvolvimento da inteligência artificial e a possibilidade de que um dia ela supere a inteligência humana. Os desempenhos mais recentes da IA são surpreendentes[25] e, se não competirmos com esse poder de computação desenvolvendo nossas próprias capacidades cognitivas ou se não a tornarmos nossa própria hibridizando-a com a máquina usando implantes cerebrais, corremos o risco de cair rapidamente em uma obsolescência da qual nunca nos recuperaremos. Em 2018, Elon Musk declarou que a inteligência artificial representa “uma ameaça muito maior para a humanidade do que as bombas nucleares”[26]. Com o objetivo de evitar esse perigo, Musk fundou a empresa Neuralink para fabricar implantes cerebrais projetados para enxertar a inteligência artificial no cérebro.

A terceira motivação para o transumanismo é o aquecimento global e suas consequências. Quando o planeta se tornar inabitável devido à superexploração, logo não será mais capaz de sustentar a humanidade; um êxodo de humanos para outros planetas será, portanto, inevitável. Mais uma vez, o aumento da capacidade humana se torna um meio de sobrevivência, pois esses exilados terão de se adaptar a condições de vida extremas e a um clima muito mais hostil do que o da Terra. Foi assim que o ciborgue, um híbrido entre homem e máquina, foi imaginado por John Bernal[27], uma fantasia recorrente que foi retomada em muitas obras contemporâneas de ficção científica, incluindo as de Isaac Azimov, Arthur C. Clarke e Robert Heinlein. Para estudar a possibilidade desse êxodo do espaço, o bilionário americano Elon Musk fundou sua agência espacial SpaceX e dotou-a de um fundo de US$ 6 bilhões apenas para o projeto de colonização de Marte.

Uma análise dessa árvore genealógica nos leva à conclusão: “Há muito de humano por baixo do transumano!” Por trás da máscara refinada do transumanismo, esconde-se o coração de uma humanidade presa de suas velhas ilusões, seu gosto pelo excesso que os gregos conheciam tão bem — a famosa “hybris” —, seu medo imemorial de um destino ao qual não domina e seu desejo de se aproximar do divino por meio da tecnologia, correndo o risco de queimar suas asas, como Ícaro voando em direção ao sol.

Notas

  1. Declaração Transumanista, art. 1, 2002 ; cf.: https://iatranshumanisme.com/transhumanisme/la-declaration-transhumaniste/
  2. Ibidem, art. 4.
  3. Nick Bostrom, “A History of Transhumanist Thought” em Journal of Evolution and Technology, vol. 14, issue 1, avril 2005.
  4. Nick Bostrom, nascido Niklas Boström, em 10 de março de 1973, é um filósofo sueco conhecido por seu trabalho sobre o impacto de tecnologias futuristas. Ele também é um palestrante regular sobre assuntos como transumanismo, clonagem, inteligência artificial, biotecnologia e nanotecnologia. Ele é o fundador da World Transhumanist Association, mencionada acima.
  5. Jean Pic de la Mirandole, Discours sur la dignité de l’homme, tr. fr. Boulnois & Tognon, Paris, PUF, 1993, p. 4-11.
  6. Francis Bacon, Novum organum, I, 3, éd. et trad. Le Doeuff, Llasera, Flammarion, Paris, 1995, p. 101.
  7. Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat, Marquês de Condorcet, conhecido como Condorcet (1743-1794) foi um matemático, filósofo, político e editor francês, famoso por seu trabalho pioneiro em estatística e probabilidade, bem como por seus escritos filosóficos e ações políticas, antes e durante a Revolução. Como membro dos Girondinos, ele propôs uma revisão do sistema educacional e do direito penal.
  8. Nicolas de Condorcet, Esquisse d’un tableau historique des progrès de l’esprit humain, Editions sociales, coll. « Les classiques du peuple », 1966, p. 255
  9. Nicolas de Condorcet, Esquisse d’un tableau historique des progrès de l’esprit humain, édité par Alain Pons, Paris, Flammarion, 1988, p. 294.
  10. Aqui descrevemos a evolução das espécies conforme explicada pela seleção natural. O trabalho de Charles Darwin, que também trata da seleção humana e sexual, não pode ser resumido apenas nesta síntese.
  11. Max More, nascido em janeiro de 1964, é um filósofo inglês especializado em transhumanismo. Nascido como Max O’ Connor, seu nome foi legalmente alterado em 1990. Ele escolheu se chamar Max More, “more” significando “+”, “aumentado”, de acordo com suas ideias transumanistas. Em 1996, casou-se com Natasha Vita-More, outra transumanista influente. O casal trabalhou em estreita colaboração na pesquisa transumanista e na pesquisa sobre o prolongamento da vida. Fundador do Extropy Institute, Max More escreveu vários artigos sobre a filosofia do transumanismo. Em um ensaio de 1990, intitulado Transhumanism: Toward a Futurist Philosophy, ele introduziu o termo “transumanismo” em seu sentido moderno.
  12. Max More, « The Philosophy of Transhumanism » artigo publicado no site Humanity +, https://www.humanityplus.org/philsophy-of-transhumanism
  13. Artigo citado acima.
  14. Julian Sorrel Huxley (1887-1975), geneticista, foi o primeiro diretor-geral da UNESCO e um dos fundadores do World Wildlife Fund. Ele era irmão do escritor Aldous Huxley (1894-1963).
  15. Jean Coutrot (1895-1941) foi um engenheiro francês, pioneiro da organização do trabalho e Ministro da Economia do Front Populaire. Veja o artigo de Cyrille Dounot, « Les Origines du Transhumanisme » em Y. Flour, P.-L. Boyer (dir.), Transhumanisme : questions éthiques et enjeux juridiques, Paris, 2020.
  16. Julian Huxley, Evolution. The Modern Synthesis, London: George Allen & Unwin, 1942, p. 575.
  17. Julian Huxley, The Human Crisis, Washington, 1963, p. 87.
  18. Acrônimos para Google, Apple, Facebook, Amazon et Microsoft et IBM.
  19. Baidu, Alibaba, Tencent et Xiaomi.
  20. Robert Wilson Chester Ettinger (1918-2011) foi um acadêmico americano, conhecido como o “pai da criogenização” após a publicação de seu livro The Perspective of Immortality (A perspectiva da imortalidade) em 1962. Em 1972, ele contribuiu para a conceituação do transumanismo em seu livro Man into Superman, o que o tornou um pioneiro desse movimento. Em 1976, fundou o Cryonics Institute e a Immortalist Society, da qual foi presidente até 2003. Seu corpo foi criopreservado, assim como o de sua primeira e segunda esposas.
  21. FM-2030, de seu nome de nascimento Fereidoun M. Esfandiary (1930-2000), é um autor, professor e consultor, e uma figura importante do transumanismo. Ele mudou seu nome para FM-2030, em homenagem à sua esperança e crença de que poderia comemorar seu centésimo aniversário no ano de 2030.
  22. Gordon Earle Moore (1929-2023) foi um doutor americano em química e física e empresário. Juntamente com Robert Noyce e Andrew Grove, foi cofundador da Intel em 1968, a maior fabricante de microprocessadores do mundo. Ele é mais conhecido por ter publicado uma lei empírica com seu nome, a Lei de Moore, na revista Electronics em 19 de abril de 1965. A Lei de Moore foi baseada na observação de que a capacidade de armazenamento de informações e a velocidade de computação dos processadores estavam aumentando em uma taxa exponencial a cada ano.
  23. “A partir da década de 2030, ao hibridizar nossos cérebros com nanocomponentes eletrônicos, teremos o poder da demiurgia”. (Ray Kurzweil).
  24. Expressão cunhada por Kevin Warwick, professor de cibernética da Universidade de Reading e o primeiro ser humano a ter um chip neural implantado.
  25. Cf. o desempenho do software ChatGPT da OpenAI, que está disponível on-line gratuitamente desde novembro de 2022.
  26. Citado por Luc Ferry, La Révolution Transhumaniste, éditions J’ai Lu, 2018, p. 62.
  27. John Bernal, The World, the Flesh and the Devil, London, 1929.