As idéias modernas de independência, pregadas e seguidas por tantas senhoras, não alteram a verdade do que está escrito nos Livros de Deus. Não passam de heresias para uma cristã temente a Deus e de consciência delicada. As mulheres, sejam sujeitas aos seus maridos (Ef 5,22). Mulheres, sede sujeitas aos vossos maridos, como é necessário no Senhor (Cl 3,18).
Assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim as mulheres estejam sujeitas a seus maridos em tudo (Ef 5,24). Tais são as palavras claras e imperecíveis de São Paulo.
Chefe, princípio que governa a família, é, portanto o marido. Para isso recebeu no sacramento uma graça de estado também. Não pode ser um chefe tirânico, um ditador, um comandante militar, tal como aquele centurião do Evangelho lembrou a nosso Senhor: “Digo a um soldado: vai! E ele vai”.
Seu domínio, sua superioridade sobre a esposa é como o da cabeça sobre o corpo, brando, influindo vigor, cheio de benevolência. Melhor ainda: é como a autoridade de Jesus Cristo sobre a Igreja, sua esposa. Estaria errado, cometeria intolerável abuso, o marido que quisesse fazer da esposa uma escrava de suas ordens, ou se a considerasse obrigada à obediência como um educando a deve ao educador. Sobre bases falsas estariam às relações dos cônjuges, se considerassem a autoridade como anterior ou, em seu exercício, independente do amor. Marido e esposa formam uma espécie de “assembléia deliberativa”. A última palavra fica com o marido, porque ele recebeu a delegação do poder, após mútuo entendimento.
Em tudo, diz São Paulo, para excluir qualquer vão pretexto, qualquer subterfúgio, para não dar margens a caprichos e rebeldias. Em tudo e no Senhor, porque onde há ofensa a Deus cessa a autoridade do marido e a obrigação da esposa, que não é escrava nem vil instrumento de depravações nas mãos dele. Sede sujeitas como ao Senhor e no Senhor – eis a luminosa divisa para as leitoras bem intencionadas.
A esposa deu-se ao marido e, salvo o que deve a Deus, está no poder do marido e só para ele deve viver. Nessa obediência é preciso ter em vista o bem dos filhos. Havendo abusos prejudiciais aos filhos, deve a esposa apresentar os seus direitos, porque é também responsável pela formação dos filhos que pôs no mundo.
“Obedecei, esposas, porque é melhor dar do que receber. Dar sem compensação é a grande lei do amor; é pundonor e alegria dos sinceros e profundos afetos” (Besson).
As três chamas do lar – Pe. Geraldo Pires de Souza