Dom Lefebvre sustenta que a anarquia litúrgica e a confusão doutrinal que se seguiram ao concílio não são causadas simplesmente por desvios em relação à reforma oficial, mas são um resultado direto dessa própria reforma. Ele está de pleno acordo com a opinião expressa pelos cardeais Otavianni e Bacci na carta que enviaram ao Papa Paulo VI com o Breve Exame Crítico da Missa Nova, em 1969: “o Novus Ordo Missae, considerados os novos elementos, suscetíveis a tão diversas interpretações que parecem subjacentes ou implícitas, representa, tanto em seu todo como nos detalhes, um impressionante afastamento da teologia católica da santa missa, conforme formulada na Sessão XXII do Concílio de Trento. (…)
O ensinamento eucarístico do Concílio de Trento é realmente comprometido pelo próprio Novus Ordo Missae, e não simplesmente pelos abusos que tem acompanhado sua celebração na maioria dos países. (…)
Apesar de o Arcebispo Annibale Bugnini ter afirmado recentemente que sou um caluniador e que trabalho com colegas caluniadores por profissão, até onde sei, tudo que está contido neste livro é verdadeiro: não pode haver conflito com a verdade e o respeito da obediência verdadeiros. Um subordinado verdadeiramente leal dirá a seu superior não que acha mais provável de o agradar, mas o que acredita ser verdade, e mais provável de beneficiar a organização a que pertencem. (…) O Rei Lear tinha uma única filha leal que permaneceu fiel, apesar de ter sido por ele repudiada.
Michael Davies.
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