O SANTO SUDÁRIO – UM RETRATO DA PAIXÃO DE CRISTO

Tiago Ferreira da Costa

Acabamos de assistir ao impressionante filme “A Paixão de Cristo” que tem suscitado tanta polêmica. O trabalho que vou apresentar tem por finalidade mostrar como o Santo Sudário de Turim corresponde perfeitamente a tudo que Nosso Senhor sofreu, em sua flagelação, em sua Via Sacra, na sua horrível morte na Cruz. Permanece para nós a imagem rápida, sutil, mas quão bela e verdadeira, do “esvaziamento” do sudário, como o filme nos apresentou. Que seja esta imagem o ponto de partida do nosso estudo.

1 – O objeto Sudário

1.1. – A mortalha

O Sudário é uma mortalha de linho, um tecido de boa qualidade, trançado em “espinha de peixe” no Oriente Próximo; “uma sarja facilmente encontrada nas lojas de Jerusalém no princípio do séc. I”. Mede 4,30 m x 1,10 m e tem estampada a  figura bem esmaecida de um corpo de homem, tanto de frente quanto de costas, em posição de sepultamento. Vêem-se ainda marcas de queimaduras, de dobras e alguns remendos. Muito importante também são as marcas de cor sépia que, à primeira vista, nos leva imediatamente a pensar em sangue emanado das feridas que se pode apenas perceber no corpo, visto a olho nu. Voltaremos a este assunto mais à frente, pois ele tem uma importância capital. 

O quadro de Giovanni Battista della Rovere nos mostra com muita propriedade como os judeus costumavam preparar o morto para o enterro, envolvendo-o numa mortalha comprida que passava por baixo, pelas costas, dobrava pela cabeça e voltava novamente cobrindo a parte da frente do corpo. Esta a razão dos 4,30 m de comprimento. (Continue a leitura)

1.2 – Um pouco de história 

Através de gravuras, quadros e manuscritos antigos que nos contam histórias de nobres, cavaleiros e até saqueadores, pode-se traçar com certa precisão um roteiro por onde teria andado o sudário desde a morte de Cristo até o ano de 1356, em Lirey. 

Talvez por causa das perseguições dos judeus aos primeiros cristãos, o Sudário foi inicialmente levado para uma comunidade cristã, situada em Edessa, na Turquia, longe de Jerusalém. 

Alguns textos nos dão a indicação de que em Constantinopla, por volta de 1092, havia preciosas relíquias, dentre elas “os lençóis encontrados no sepulcro depois da ressurreição”.

No sec XIII, Roberto de Clari, cronista da 4a cruzada, informa “haver em Constantinopla um mosteiro de Nossa Senhora de Santa Maria De Blaquernas, onde se conservava o Sudário em que Nosso Senhor foi envolto e que toda sexta feira era mostrado ao povo…”

Com o saque de Constantinopla, em 1204, a sorte do Sudário parece ter ficado nas mãos de um dos saqueadores até aparecer oficialmente em 1356, em Lirey, com Godofredo I de Charny, na França. 

Em 1453, para evitar que caísse em mãos criminosas, Margarida, neta de Godofredo I, cede o Sudário à Casa de Sabóia, com sede em Chambery. Estando guardado numa urna de prata, quase é destruído em 1532 quando a capela que o abrigava consome-se num terrível incêndio. A prata chegando aos 900o C funde-se em alguns pontos e pinga dentro da urna, sobre a relíquia dobrada, furando-a em diversos lugares. Milagrosamente alguns monges irromperam incêndio adentro e conseguiram retirar a urna do local e, imediatamente, jogou-se água para interromper as queimaduras. Logo depois, a piedade das Irmãs Clarissas levou-as a remendar o sudário, de joelhos, utilizando pedaços de corporal. As marcas da água e os remendos das Clarissas perduram até hoje. 

Quando em 1576-1578 uma grande peste atacou Milão, o santo arcebispo Carlos Borromeu fez uma promessa de ir venerar a santa relíquia, em Chambery, se a peste fosse debelada. Terminado o flagelo e como a saúde do prelado não era boa, os nobres da Casa de Sabóia decidiram trasladar o sudário para Turim para evitar que ele tivesse que transpor os Alpes, numa jornada bastante penosa. São Carlos Borromeu fez a peregrinação a Turim e, apesar dos protestos das autoridades de Chambery, a relíquia nunca mais saiu daquela cidade, permanecendo ali até os dias de hoje.

1.3 – A palinologia 

Na década de 70, o cientista Max Frei, especialista em Palinologia, (estudo dos pólens), botânico e criminologista, colheu com fita adesiva diversas amostras de partículas entremeadas nos fios de linho do Sudário. Levou as amostras ao microscópio e pôde catalogar diversas espécies de pólen. 

Uma das grandes utilidades da palinologia é justamente ajudar a esclarecer a procedência de um objeto tendo em vista que os pólens podem ser indicativos de regiões e até de épocas bem determinadas. 

Dr. Max Frei encontrou pólens oriundos de plantas que nascem somente na Palestina e na Turquia, em áreas que incluem as antigas cidades de Edessa e Constantinopla. Afirma Max Frei, “essa era a prova decisiva: o Santo Sudário leva sobre sua superfície […] espécies de plantas que viviam na Palestina há dois mil anos e hoje estão desaparecidas. Diante de resultados como esse […] posso afirmar, sem possibilidade de ser desmentido, que o Sudário foi exposto na Palestina há dois mil anos”.   

As pesquisas da palinologia só vêm corroborar a reconstituição histórica dos passos do Sudário ao longo dos tempos. O Dr. Aaron Horowitz, um judeu professor em Tel Aviv e também especialista em palinologia, declarou: “o sudário não só esteve algum tempo em Jerusalém, mas foi manufaturado lá. A palinologia já datou o sudário: século I”.

2 – O que nos revela o Sudário 

2.1 – Positivo x Negativo 

Em 1898, o fotógrafo italiano Secondo Pia obteve autorização para realizar a primeira fotografia do sudário com o objetivo de ilustrar uma exposição sobre a relíquia. Com grande dificuldade e um enorme aparato, Secondo Pia tomou algumas fotos e correu para seu laboratório para revelá-las. Estava ansioso porque a mortalha seria guardada e ele não teria outra oportunidade em anos. 

Ao retirar o cromo da bacia reveladora, qual não foi seu espanto ao verificar que ele estava diante de um rosto em positivo e não de um negativo, como era de se esperar de qualquer objeto fotografado. 

Aqui cabe uma pequena explicação do processo fotográfico. As pessoas, as obras de arte, a natureza e todo o mundo real que nos rodeia são imagens em positivo, isto é, na sua forma original. Ao se tirar uma fotografia, obtém-se sobre o filme o que chamamos de um negativo, onde o que é escuro aparece claro e o que é claro aparece escuro. Ao se passar a imagem do negativo para o papel fotográfico, obtemos novamente o positivo. 

Mas o que significava então aquele positivo que, sobre o filme, aparecia nas mãos de Secondo Pia? O fotógrafo experimentado compreendeu que o Sudário já era um negativo. E para explicar tal fato só havia duas possibilidades: ou alguém tinha feito uma obra de arte em negativo ou de algum modo o corpo do homem do sudário tinha sido como que fotografado sobre o tecido. Ora, a primeira hipótese é bastante improvável dado que a fotografia tinha começado a “engatinhar” havia muito pouco tempo, em 1822! Restou a segunda hipótese, mas ficou, no entanto, a incógnita de como um corpo teria sido “fotografado” sobre o tecido.

2.2 – Estudo de anatomia 

Em 1949 o Dr. Pierre Barbet, chefe do Hospital São José de Paris, cirurgião, professor de anatomia “com 13 anos de intimidade com cadáveres”, conclui diversos estudos a partir de outras fotografias do sudário, bem mais nítidas e detalhadas, e publica seu famoso livro “A Paixão de Cristo segundo um Cirurgião”,   onde narra suas descobertas sobre a morte e os horríveis sofrimentos de Jesus, afirmando em seu prefácio que “[…] é necessário, absolutamente necessário, que nós, médicos, anatomistas, fisiologistas, nós que sabemos, proclamemos bem alto a terrível verdade”.  

E o que fez Mel Gibson senão proclamar em imagens e em bom som esta mesma terrível verdade? 

Não é do filme que rabinos e maus prelados estão reclamando… a chuva de protestos se dirige, embora veladamente, ao fato de o cineasta estar, como o Dr. Barbet, proclamando bem alto a terrível verdade da Paixão de N.S. Jesus Cristo. 

O espírito católico com que o Dr. Barbet conduziu sua obra está bem marcado ainda em seu prefácio quando ele divaga um pouco sobre sua audácia de empreender uma tal pesquisa e cita o capítulo IX dos “Fioretti“ de São Francisco, onde Frei Masseo indaga seu Mestre – Por que a ti e não a outro? E o Dr. Barbet faz sua a resposta do grande santo “— Porque os olhos do Deus altíssimo não viram entre os pecadores outro mais vil, nem mais incapaz… que eu. E por isto…, para fazer esta operação maravilhosa, Ele me escolheu para confundir a nobreza e a grandeza, a beleza, a força e a sabedoria do mundo, para que se saiba que toda virtude e todo o bem é dele, e não da criatura, e pessoa alguma poderá gloriar-se em sua presença; mas quem se gloriar que se glorie no Senhor, a quem pertence toda honra e glória eternamente.” 

Começando pela conclusão, o grande cientista cirurgião afirma que “as imagens sangüíneas não podem ter sido feitas por mão humana”… “artista algum teria podido imaginar todas as minúcias dessas imagens, das quais cada uma reflete um detalhe daquilo que sabemos hoje sobre a coagulação do sangue, mas que se ignorava no século XIV. Mesmo hoje, nenhum de nós seria capaz de executar tais imagens sem cometer algum engano. Foi este conjunto homogêneo de verificações, sem um único deslize que me decidiu, de acordo com o cálculo das probabilides, a declarar que, sob o ponto de vista anátomo-fisiológico, a autenticidade do Santo Sudário é uma verdade científica” 

O Dr. Barbet mostra bem que apesar de a imagem ser um negativo, as manchas de sangue são positivas e são, na realidade, um decalque perfeito da ferida em contato com o tecido. E o corpo, como saiu, como se separou do tecido sem danificar o decalque? Deixemos o próprio doutor responder: “[…] eis um fato que Vignon já ilustrou convenientemente. Quando se decalca um coágulo sobre um pano, e em seguida, se descola, somente uma parte do coágulo permanece fixada sobre o pano, a outra fica sobre o suporte. Haverá, portanto, necessariamente furos e falhas nas imagens dos coágulos sobre o pano. Ora, os decalques que ficaram no Santo Sudário estão perfeitamente intactos, inteiros, reproduzindo a familiar imagem de um coágulo normal. No atual estado de nossos conhecimentos isto é cientificamente inexplicável”.  

Ao longo do livro o grande médico vai nos mostrando, a modo de uma meditação, a concordância exata entre o homem do sudário e os evangelhos: 

  • os 120 golpes da flagelação – dados certamente pelos romanos uma vez que a lei dos judeus prescrevia um máximo de 40. As marcas deixadas estão de acordo com os instrumentos de suplício usados naquela época pelos romanos; 
  • a coroa de espinhos – fato inusitado e praticamente único na história; 
  • os maus tratos – o nariz quebrado (a cartilagem deslocada) e o rosto entumecido; 
  • as quedas no caminho do Calvário – as feridas nos joelhos e cotovelos; 
  • marcas nos ombros e nas espáduas – o carregamento da cruz; 
  • as chagas nas mãos e nos pés – numa exatidão cirúrgica revelando ou um artista com conhecimento perfeito de anatomia como o do próprio autor (o que é inverossímil antes de 1800) ou o decalque da própria realidade; 
  • a lançada do lado – a ferida tem as dimensões de acordo com a lança romana da época e a localização correta para se atingir o coração. O processo de acúmulo de sangue no coração e a separação do soro explicam perfeitamente as palavras do evangelista “…et continuo exivit sanguis et aqua” “…e saíram sangue e água” (Jo 19, 34). 
  • nenhum osso quebrado; 

Para concluir as observações do maravilhoso livro do Dr. Barbet, destacamos o fato observado de que o corpo do sudário não ficou ali por mais de 36 horas, uma vez que não existem marcas de putrefação – Caso o corpo não fosse de Cristo, haveria de se explicar onde foi parar e porque foi retirado do sudário, sem falar de muitas outras questões que ficariam sem respostas. A ausência desses sinais de putrefação é mais um indício de ser o Corpo de Nosso Senhor, pois teologicamente sabemos que Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo verdadeiro Deus, não podia ter conhecido a corrupção.

  1. 3 – O Projeto STURP 

Por volta de 1975, o prof. de Física da Academia das Forças Armadas em Denver, EUA, Dr. John Jackson e seu colega, o Dr Eric Jumper, ambos membros docentes da NASA, se interessaram de modo especial pelas fotos em positivo do Sudário. Estava nascendo um dos mais inusitados programas de pesquisa de que se tem notícia – o Shroud of Turim Research Project, o STURP (Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim). 

A primeira grande descoberta deste grupo ainda nascente foi obtida quase por acaso, ao fazerem contato com o físico Bill Mottern, um participante de projetos de análise de imagens (como o das fotos enviadas pela sonda espacial Vicking), e submeterem uma foto do rosto do Sudário ao Analisador de Imagem da NASA, o VP8. Na tela do computador, Jackson e Mottern viram surgir uma figura com contornos volumétricos, revelando que o Sudário possuía em suas fibrilas superiores, não se sabe como, informações de caráter tridimensional com uma precisão que os cientistas ainda não conseguiram reproduzir, apesar de todas as técnicas e recursos laboratoriais disponíveis. 

Jackson era como o flautista de Hammelin, atraindo quem quer que fosse para colaborar com as pesquisas. Cientistas de diversos áreas como botânica, diversos ramos da química (do polissacarídio, inorgânica, das proteínas, dos lipídios, do petróleo), tecnologia têxtil, bioquímica, diversos ramos da física (nuclear, ótica, atômica, molecular), técnicos em raio ultravioleta, espectrofotometria visível e infra-vermelha, espectroscopia de absorção atômica, de ressonância magnética nuclear, microssondagem de elétrons, difração de raio X, antropologia humana, fisiologia, fisiopatologia, medicina legal, biologia, hematologia, palinologia, matemática e informática, para citar somente alguns, foram se agrupando sem qualquer planejamento, movidos unicamente pelo entusiasmo, sacrificando feriados, férias e encontros com amigos para se dedicar àquele projeto que eles não sabiam ainda ao certo onde terminaria. Mas eles não estavam nem um pouco preocupados com isso; só uma coisa interessava e os absorvia – o Sudário de Turim. 

Com este título, o Dr John H. Heller, biofísico, lançou um livro onde conta toda a epopéia deste grupo que foi se organizando, nitidamente pela mão dos anjos, até conseguir a autorização da Casa de Sabóia e das autoridades italianas para realizar 120 horas ininterruptas de testes, fotos e estudos diretamente sobre a “Sabana Santa”. 

A primeira parte do livro do Dr. Heller é uma emocionante aventura, quase uma história de Júlio Verne, tal o número de “coincidências” que cercou toda a organização da empreitada. Esta reuniu 40 cientistas de alto renome, que deixaram de lado o seu caráter de “prima dona” e se dispuseram a lavar tubos de ensaio e a segurar holofotes como um simples ajudante, para simplesmente colaborar com o experimento do colega. Algo “irreal”, segundo o próprio Heller, no mundo das sumidades científicas. Cito uma passagem cheia de significado: “Para os fuzileiros navais, se algo estranho ocorre uma vez, isso é acaso; duas vezes, é coincidência; três vezes é ação inimiga. Tivessem os fuzileiros navais sido envolvidos no projeto do Sudário, a prevalência das coincidências os teria convencido de que nossa galáxia estava sendo invadida”.

Foge ao escopo deste trabalho entrar nos detalhas desta epopéia que levou esses 40 “ilustres professori” até Turim para estudar o Sudário. Uma aventura de 8 toneladas de equipamento e quase US$ 3 milhões, obtidos em escassos três meses, unicamente pelo esforço pessoal do Dr. Thomas D’Muhala, que saiu pelos Estados Unidos afora, pedindo dinheiro “com o pires na mão”! em favor de um grupo de cientistas sem nenhum patrocínio e que ainda por cima não podiam, por razões óbvias, divulgar o que estavam planejando. Segundo Heller “este foi um dos mais fantásticos desempenhos de que tenho notícia…

Para concluir tomo o significativo depoimento de D’Muhala, este cientista-empresário que tomou para si a coordenação do projeto, sem abandonar as atividades de sua empresa: “Todos nós pensávamos que o que íamos descobrir era apenas uma falsificação e que, antes que se passasse meia hora, teríamos de fazer as malas e voltar. Mas não foi assim. Todos os que fomos lá, pelo menos todos aqueles com quem falei a respeito, estamos convencidos de que o acúmulo de provas nos fez mudar de rumo. Agora as provas são contra os céticos“; ao que nós poderíamos acrescentar – agora são os cépticos que têm que provar que o Sudário não é verdadeiro! 

Peço emprestado ao Sr Plínio Maria Solimeo, autor do opúsculo “O Santo Sudário” suas páginas 44 a 46 para descrever as conclusões a que chegaram os cientistas do STURP após 3 anos de estudos em cima dos experimentos realizados naquelas memoráveis 120 horas em Turim: 

O Dr. John Geller sintetiza: “A conclusão dos cientistas físicos foi de que o Sudário não poderia ser o resultado de olho/cérebro/mão [humanos]”. 

A imagem tridimencional da figura do Sudário, obtida pelos cientistas Jackson e Jumper, revelou que em seus olhos apareciam dois objetos pequenos, semelhantes a botões ou moedas. O costume de colocar moedas nas pálpebras de cadáveres durante a primeira metade do século I foi confirmada pela descoberta, em fins da década de 70, em escavações num cemitério judeu nas colinas de Jericó. O Pe. Francis Filas S.J., professor na Universidade Loyola de Chicago, identificou as duas moedas como leptos cunhados no tempo de Pôncio Pilatos. (!!!)

A imagem tridimencional no dorso da figura do Sudário revelou também que o cabelo era longo, descendo até as omoplatas e preso atrás. Para o historiador Ian Wilson, “talvez o fato mais caracteristicamente judeu seja a forma como o morto tinha os cabelos para trás, e que se constata na imagem dorsal da Síndone”. Um pinto da Idade Média dificilmente teria chegado ao conhecimento desse detalhe e a essa meticulosidade.

Sintetizando: “Após todos os experimentos científicos iniciados pela fotografia obtida por Secondo Pia em maio de 1898, até 100.000 ou 150.000 horas de trabalho do STURP, são estas as principais conclusões científicas:

  1. as marcas do Sudário são um duplo negativo fotográfico de corpo inteiro (frente e dorso), com exceção do sangue (das chagas), que é positivo;
  2. a figura do Sudário, ao contrário de todas as outras figuras bidimensionais já testadas, contém dados tridimensionais;
  3. confirmaram que o material de cor vermelha (sépia) do Sudário é sangue;
  4. que não existe nenhuma evidência que impossibilite a autenticidade do Sudário;
  5. permanece ainda um mistério científico de como as imagens marcaram o pano;
  6. o Sudário, sendo anatomicamente exato, está historicamente de acordo com os Evangelhos. É o retrato da paixão e morte de Jesus Cristo”.

Mas afinal o que são as marcas do Sudário? De que é feita a imagem?

O Sudário apresenta quatro tipos distintos de marcas:

a) marcas de sangue AB positivo (doador universal, que coincide com as características analisadas em Lanciano), obtidas pelo contato direto dos coágulos com o tecido. Estas marcas estão no Sudário em POSITIVO.

b) marcas dos incêndios: também em POSITIVO, são as queimaduras sofridas pelo Sudário e as marcas de água que apagaram tais incêndios. 

c) remendos feitos para cobrir os buracos queimados. Apresentam-se igualmente em POSITIVO. 

d) a imagem propriamente dita, em NEGATIVO, produzida a partir do escurecimento de fibrilas superiores dos fios de linho, que sofreram um processo de desidratação e chamuscamento. Como se deu tal escurecimento? De um modo singular, inusitado, sem igual no mundo e ainda não explicado pela ciência. Para facilitar nossa compreensão, poderíamos comparar tal processo com a radiação, pois há certa semelhança em termos de posição de imagem, calor e luz agindo instantaneamente. A intensidade mais fraca ou mais forte dos traços da imagem é obtida pelo número de fibrilas escurecidas na região. 

E é impressionante observar que não há maior pressão do corpo sobre o pano na parte de trás, pois os músculos dorsais e deltóides aparecem abaulados e não planos como deveriam estar na espádua de um corpo morto que se apóia em uma pedra sepulcral. Tal ausência é um mistério. 

Para finalizar, lembremos que essas imagens dão informações do corpo que as produziu com precisão absoluta, tal qual uma fotografia. Uma “FOTO” em negativo… 

Tudo concorre, portanto, para a conclusão de que essa imagem foi produzida pela “luminosidade” irradiada pelo corpo de Jesus, enquanto levitado, no momento de sua Ressurreição.

3 – O fenômeno Sudário 

  1. 1 – Primeiros ataques 

Desde a primeira fotografia de Secondo Pia, as descobertas envolvendo o Santo Sudário foram alvo de ataques de toda sorte. O fotógrafo italiano foi o primeiro a ser caluniado de falsário, tendo retocado suas fotografias que mostram que o Sudário é um negativo. Pacientemente, Pia submeteu seus trabalhos à comunidade de especialistas em fotografia que o eximiu de toda e qualquer falsidade. 

Começava uma guerra sem tréguas movida pelos inimigos de Nosso Senhor Jesus Cristo, inimigos da Santa Igreja que tremem diante da afirmação da divindade de Nosso Senhor e da divindade de sua Igreja, fora da qual não há salvação.

  1. 2 – O Sudário é uma pintura?! 

A segunda grande investida veio através do americano, especialista em partículas, Dr. Walter McCrone. Assim que os cientistas chegaram de Turim, McCrone pediu emprestado ao seu amigo Dr. Ray Rogers as lâminas que foram preparadas para as análises em laboratório. Como ele dizia que podia identificar de quê eram feitas as imagens do homem do Sudário, foi convidado a participar dos trabalhos, embora não pertencesse ao STURP e nem tivesse ido a Turim. Estas lâminas eram destinadas ao Dr. Heller, que havia ficado nos EUA aguardando ansiosamente a volta do grupo e se preparando para pesquisar a natureza das manchas vermelhas que ele acreditava serem de sangue. Naturalmente o desvio inesperado das lâminas para as mãos de McCrone o deixou sensivelmente agastado. 

Na primeira reunião pós-Turim, vários cientistas expuseram os resultados de seus trabalhos até aquele momento e McCrone, por sua vez, “afirmou que as imagens haviam sido feitas pelos pigmentos de óxido de ferro da terra”, conforme o depoimento de Heller, que continua: 

Óxido de ferro é familiar a todos com o nome de ferrugem. Ocorre no solo em vários depósitos geológicos, e tem sido usado durante milênios como tinta.

[…]

McCrone é um especialista em partículas, escreveu um atlas em cinco volumes que é o trabalho definitivo deste ramo. No entanto, Sam Pellicori, que veio para o projeto STURP pela via da astronomia e da física ótica, naquele momento pensou: “Não acredito nisso. Medi o óxido de ferro dezenas de vezes. A cor é totalmente errada para o que ele está afirmando. Baseado na espectrofotometria e nas descobertas do raio X com fluorescência, não há possibilidade das imagens do Sudário serem compostas de óxido de ferro. Posso ser jovem e ingênuo, e McCrone pode ser o mestre, mas ele está errado.”

Mais adiante, McCrone declarou que, em sua opinião, o óxido de ferro fora aplicado por um dedo, e as imagens conseqüentemente, era pinturas a dedo. […] Concluiu dizendo que o sangue era também composto de uma tinta de óxido de ferro”.

[…]

Fiquei desnorteado (afirma ainda Heller). Ali estava um especialista em partículas alegando que (a) as imagens eram o resultado de tinta vermelha de óxido de ferro e que (b) o “sangue” também era óxido de ferro. Isso estava em desacordo com as informações apresentadas pela equipe do raio X com fluorescência, que não vira nenhum sinal de aumento de ferro entre áreas com imagem, bem como com a análise de Gilbert de que as imagens tinham um espectro similar ao das áreas claras chamuscadas. Da mesma forma, isso deixava o aspecto tridimensional das imagens sem explicação. Minhas sete microfibrilas podiam não conter sangue, mas certamente não estavam cobertas com óxido de ferro. Tudo era muito confuso.

[…]

Seguiram-se as perguntas dirigidas a McCrone:

“— Como explica os estudo de Raio X e as curvas de Gilbert?, perguntou um cientista.

— Devem estar errados.

— Como sua pintura de óxido e ferro se harmoniza com a imagem negativa e a informação tridimensional?

— Ora, qualquer artista competente poderia ter feito isso. [naquele estágio dos acontecimentos esta foi uma mentira grosseira e deslavada — grifo nosso]

— Quer dizer que você apenas olhou através do seu microscópio e, sem fazer testes específicos para óxido de ferro, pode proclamar que o Sudário é uma pintura?

— Sim.

E com isso ele saiu da reunião, e eu não o vi novamente”, termina Heller.

Durante todo o tempo da narração do Dr. Heller é nítida a diferença de comportamento de McCrone em relação aos demais cientistas. Ele não gosta de ser contestado, não submete seus resultados para aferição de outros, não discute seus raciocínios, não interage e, sistematicamente, foge do debate aberto nas reuniões e nos congressos do grupo. 

Assim que teve acesso às lâminas com as amostras de fibras do Sudário, o Dr. Heller empreendeu um trabalho hercúleo para provar, de todas as maneiras possíveis e conhecidas, que a matéria cor sépia era verdadeiramente sangue e não óxido de ferro – definitivamente, não há tinta no Sudário, concluiu ele. 

Aos poucos as idéias de McCrone vão perdendo a confiabilidade de tal modo que ele não consegue publicar em nenhum periódico importante, e o faz somente na sua própria revista. 

McCrone jogou todo o peso de sua fama nesta cartada mas, não encontrando muita repercussão nos EUA, foi para a Inglaterra e lá conseguiu eco para suas afirmações. Obviamente, estas declarações fizeram muito mal a todos que não tinham acesso aos documentos científicos e às análises das pesquisas como um todo.

  1. 3 – O teste de Carbono 14. 

Os antecedentes deste famoso teste realizado sobre o Sudário são de uma importância muito grande, assim como todos os pormenores que envolveram estas experiências. 

Em 1984 os integrantes do STURP apresentaram ao Cardeal Ballestrero um novo projeto de pesquisa, fase II, preparado para tentar responder a 85 perguntas sobre a formação da imagem, sobre a conservação do tecido e sua autenticidade. 

Tinham tais cientistas todos os predicados para isso, visto a eficiência científica e idoneidade com que haviam conduzido os trabalhos no primeiro projeto”, comenta Solimeo.

Prossegue o mesmo autor: “foi nesse momento — escreve o jornalista italiano Stefano M. Paci — que teve início uma luta sem tréguas para impedir as pesquisas multidisciplinares, como propunha o SUTRP, e confiar o veredicto final exclusivamente ao teste do Carbono-14, que seria feito pelo menor número possível de laboratórios, em vez dos sete previstos inicialmente […] E a Pontifícia Academia de Ciências deveria ficar de fora de todos os trabalhos! […] Os idealizadores de toda essa operação seriam o reverendo episcopal David Sox e o cientista Harry Gove”.

O caso é tanto mais estranho quanto esse pastor Sox já havia publicado, em 1981, um livro intitulado “A imagem no Sudário”, no qual fazia suas as teoria do cientista Walter McCrone, segundo as quais a figura do Sudário era uma pintura obtida com óxido de ferro”. 

Ora, a esta altura dos acontecimentos esta questão já tinha sido inteiramente refutada pelos cientistas do STURP! 

Continua Solimeo, “quanto a Harry Gove, afirmara ele que se os cientistas do STURP participassem das pesquisas, ele abandonaria tudo! Por que? É estranho que um cientista idôneo se pronunciasse deste modo. E mais estranho ainda que tenha sido ouvido.” 

Neste clima, a Arquidiocese de Turim permitiu que se retirasse um pequeno pedaço do tecido e se fizesse o teste do carbono-14, que visa dar a idade dos objetos. Foram incumbidos do teste os laboratórios da Universidade de Oxford, da Universidade do Arizona (EUA) e o de Zurique, na Suíça, sob a supervisão de Michael Tite, do Museu Britânico. 

Ora, o Museu Britânico é um conhecido bastião do cientificismo ateísta, cujo Darwinismo militante tem sido desde sempre hostil à religião”. Como que a Pontifícia Academia de Ciências, uma entidade que contava com o respeito unânime da comunidade científica mundial foi preterida em favor daquele museu? 

Mais tarde, o Pe. Luigi Gonella, consultor científico do Cardeal Ballestrero, afirmará em uma conferência em maio de 1990 que “foi uma chantagem. Enconstaram-nos numa parede. Ou aceitávamos o teste com Carbono-14 nas condições impostas pelos laboratórios, ou começaria uma campanha acusando a Igreja de temer a verdade e de ser inimiga da ciência. […] Protesto pela maneira infame como procederam” .

Em uma inusitada conferência coletiva de imprensa, em 13 de outubro de 1988, o Arcebispo de Turim, Cardeal Ballestrero, comunicou então, aos jornalistas de todo o mundo, o resultado da datação do Sudário pelo teste do Carbono-14, efetuado pelos três laboratórios – entre 1260 e 1390!! 

Esse resultado foi imposto à Igreja e a todo o mundo – sem nenhum controle por outros organismos representativos da comunidade científica, como se o método do Carbono-14 fosse absoluto, definitivo e inquestionável! 

Passado o primeiro estupor, começaram a surgir reações nos meios eclesiásticos, científicos e intelectuais ligados aos estudos da Síndone, como os jesuítas Pe. Salvatore Lentini e Pe. Vittorio Marcozzi, professor de antropologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. O professor Gino Zaninotto, historiador e arqueólogo ponderou que “nós sabíamos que o C-14 não daria uma resposta absoluta porque o lençol ficou fora de um ambiente anti-séptico durante séculos e além do mais a parte retirada pelos pesquisadores não era a mais adequada porque os bispos seguravam o Sudário naquela parte durante as exposições públicas, absorvendo assim suor, partículas de pele e escórias de todo tipo”. 

Muito pertinente foi a crítica levantada pela coordenadora da Associação Pró-Sudário em Roma, Emanuela Marinelli: “Estamos surpresos com a pressa com que foram divulgados esses resultados. Queremos confirmações científicas convincentes, que até agora não existem”. A opinião do Dr. Upinsk, compartilhada pelo conceituado Turim Shroud Center, de Colorado Springs, nos EUA, é categórica ao afirmar que “a totalidade dos vários tipos de dados históricos e arqueológicos [e acrescentamos, científicos, exegéticos e antropológicos] relativos ao Sudário são de tal maneira direcionados à sua autenticidade que, pensamos, não é sábio [eu diria, honesto] aceitar tacitamente o dado do radiocarbono sem uma rigorosa crítica de sua aplicabilidade ao Sudário”.

São inúmeros os casos em que o C-14 apresenta resultados estapafúrdios como as cascas de caracóis ainda vivos datadas como velhas de 26 mil anos, retratado na revista Science de dezembro de 1988. Muitos outros resultados deste tipo então no opúsculo de Solimeo e em outras publicações sobre o tema. 

É sintomático o comportamento dos cientistas envolvidos neste teste de C-14. Primeiro ignorar as críticas e se posicionar como deuses, absolutos em suas afirmações e, segundo, escapar de todo confronto público com a comunidade científica internacional. Alguma coisa em comum com W. McCrone?

  1. 4 – Contra os nossos filhos. 

O inimigo não descansa nem desiste. Tudo aquilo que relembra a divindade de Nosso Senhor deve ser não só rejeitado, mas denegrido, ridicularizado. E os ataques hoje se voltam para as crianças, para nossos filhos. A guerra agora está às portas de nossa casa, já tendo invadido as escolas e dominado as ruas. 

Tenho em mãos uma página de um simples livro de História, para crianças de 5a série, isto é, em torno de 11 anos de idade, que, sem a menor razão e sem o menor escrúpulo aborda o assunto do Santo Sudário de uma forma repugnante pela sua malícia e covardia com as crianças que, obviamente, não têm acesso ainda a todas essas informações que acabamos de comentar. Eles querem cortar desde cedo no coração das crianças qualquer possibilidade de admiração e reverência por esta insigne relíquia que Nosso Senhor quis nos deixar como um retrato de sua Paixão, como mais uma prova de seu amor por nós. 

Caros ouvintes, ou leitores, se sois pais com filhos pequenos como eu, estejam atentos ao que suas crianças estão vendo, ouvindo e lendo, pois a sociedade moderna já não se contenta mais em simplesmente não ser católica, ela quer agora atacar e destruir as almas católicas, ela não suporta mais a menção do Reino Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, muito menos a afirmação de sua divindade, conforme já comentado mais acima. 

Vejam como o livro destila seu veneno para as crianças: numa seção intitulada “Para refletir” aparece a figura frontal do Sudário com a seguinte legenda — “Na Itália, está guardado um lençol antigo, com a marca de um rosto em sangue. Há quem acredite que ele é o Santo Sudário, o pano que envolveu Jesus Cristo logo após sua morte. Entretanto cientistas mostraram que o tal lençol foi feito na Idade Média, mil anos após a morte de Jesus. Justiça seja feita: a Igreja Católica jamais afirmou que o sudário era autêntico”. 

Duas grandes mentiras: primeiro vimos que os cientistas tentaram descaracterizar o Sudário alegando, através de manobras, que ele era uma pintura (!?) da Idade Média. Jamais provaram nada a esse respeito. Segundo, os Papas Pio XI e Pio XII se pronunciaram aberta e claramente a favor da autenticidade desta relíquia. 

Prossegue o livro com a sua perversidade, propondo sua “reflexão”: 

Observe a ilustração acima. Para muitos cientistas, esse lençol é um falso Santo Sudário. Mas ainda existe gente que acredita que ele seja verdadeiro. Em Bizâncio, havia muitas relíquias desse tipo, incluíndo uma garrafa com o sangue de Cristo (!?). Por que as pessoas de hoje, apesar de tantos avanços do conhecimento científico, continuam acreditando no poder “milagroso” de objetos velhos que — elas crêem nisso — teriam pertencido a Jesus? Será mesmo que a ciência tem poder de comprova se um objeto religioso é falso ou não?”

Notem o desprezo pelos católicos, que seriam pessoas no mínimo idiotas que acreditam no poder milagroso de objetos velhos. 

“O maior cego é aquele que não quer ver”.

4 – Conclusão 

Vou recorrer novamente ao ilustre Dr. Barbet para me ajudar neste fechamento, mostrando um exemplo do Santo Sudário como um instrumento da graça de Deus: 

Quando imprimi a 1a. edição de “Les cinq plaies” (As cinco chagas), fui à Escola Prática, levá-la ao meu velho amigo, o Prof. Hovelacque, para que a lesse. Ele era uma verdadeiro apaixonado pela anatomia, que ensinava na Faculdade de Paris, mas estava longe de ser um crente. Aprovou com crescente entusiasmo minhas experiências e conclusões. Quando acabou de ler, depositou o opúsculo e, meditando, ficou em silêncio por uns momentos. Depois, explodindo de repente, com aquela bela franqueza que consolidara a nossa amizade, exclamou: “Mas, então, meu amigo? Jesus Cristo ressuscitou!” Raramente em minha vida tenho tido emoções tão profundas e tão doces como a provocada por essa reação de um incrédulo perante um trabalho puramente científico, do qual tirava ele mesmo as incalculáveis conseqüências”. 

A conclusão não muito difícil de se chegar, e que é partilhada por vários autores, nos leva a perceber que nenhuma outra civilização teve acesso a todas essas informações. Somente agora, com os atuais equipamentos, o avanço da tecnologia e o desenvolvimento científico, podemos vislumbrar tanto a face de N. Senhor quanto as marcas reais de Sua Paixão. 

O Sudário é uma graça especial que a Providência reservou para nós, homens dos séculos XX e XXI.

Bibliografia

Solé, Manuel, SJ O Sudário do Senhor, E. Loyola, SP, 1993.

Solimeo, Plinio Maria — O Santo Sudário, Artpress, São Paulo, 2002.

Barbet, Pierre Dr — A Paixão de Cristo segundo um Cirurgião, ed. Loyola, São Paulo, 1949.

Heller, John H. — O Sudário de Turim, José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1985.

Schmid, Mario E. — Nova História Crítica — 5a. série, Nova Geração, São Paulo, 1999.

D’Assunção, Evaldo Alves, — Sudário de Turim, o Evangelho para o Séc. XX, Edições Loyola, São Paulo, 1981.

De Brienne, Daniel Raffard, Le Secret du Saint Suaire, Editions du Chiré, Chiré-en-Montreuil, França, 1993.

Espinosa, Jaime, O Santo Sudário, Quadrante, SP, 1991.

Bonnet-Eymard, Fr. Bruno — Le Saint Suaire vol. I — Preuve de la Mort et de la Résurrection du Christ, Renaissance Catholique, Saint-Parres-lès-Vaudes, França, 1986.

 Bonnet-Eymard, Fr. Bruno — Le Saint Suaire vol. II — Signe de Contradiction, Renaissance Catholique, Saint-Parres-lès-Vaudes, França, 1990.

 

OBS: Nos livros citamos acima, o leitor poderá encontrar muitas outras referências sobre o assunto.

Fonte: Permanencia