a) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.
Mesmo nessa condição quis estudar as razões e fundamentos da Igreja Católica; e, conhecida a verdade, abraçou-a prontamente. Como se sabe, tornou-se um católico fervorosíssimo; preparou-se, fez-se sacerdote e foi um apóstolo da Eucaristia.
Antes da conversão procurou-o um amigo e disse-lhe:
– Pense sériamente no passo que vai dar; saiba que, fazendo-se católico, o governo não lhe dará mais nada e lhe retirará a prebenda.
Newman pôs-se em pé e exclamou com ar de desprezo:
– Que é um punhado de ouro, em confronto com uma comunhão?
E logo depois fez-se católico.
Aquelas palavras merecem ser meditadas.
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b) Luísa compreende o valor da comunhão. Tem apenas nove anos e não pode ir comungar senão aos domingos na missa, às dez horas. Sua mãe, temendo que ela adoeça por ter de ficar tanto tempo em jejum, proíbe-lhe a comunhão. Luísa, usando de esperteza, finge quebrar o jejum, mas durante a semana inteira, não come nem bebe antes do almoço.
– Mamãe, a Sra. me dá licença de comungar amanhã?
– Não, filhinha; a comunhão é muito tarde… você ficaria doente.
– Mas, mamãe, eu passei toda a semana em jejum até o almoço e não me sinto mal…
Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves