Fonte: Hostia Bulletin (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
Há poucas coisas tão difíceis suportar para a natureza humana como o desprezo.
Ser considerado indigno de percepção, ser mencionado em termos que implicam que somos desprezados, ser ignorado como se não tivesse importância aos olhos dos outros, tudo isso é realmente doloroso para nós e desafia, dolorosamente, nossa paciência. .
Quando sou tratado assim, como encaro isso? Estou desejoso de provar minha importância e a necessidade de me considerarem? Se é assim, não tenho a paciência que deveria ter. Ainda tenho muito do espírito de orgulho em mim. Devo rogar a Deus para me tornar mais humilde.
Por que o desprezo é tão doloroso para nós? É porque nosso desejo natural é por poder e influência. Não nos damos conta de nossa própria insignificância. Se déssemos, estaríamos dispostos a ser menosprezados.
Deveríamos desprezar a alta estima dos homens. Este era o caso dos santos. Eles evitavam a honra e cortejavam o desprezo. São Filipe Neri costumava ir aos lugares em que se encontravam os cardeais, em São Pedro, em uma Festa, para que ele pudesse ter a humilhação de ser expulso. São Francisco costumava ajoelhar-se no refeitório e acusar-se abertamente de gula. Oh, meu Deus, obterei alguma vez esta graça de estar satisfeito em ser desprezado e de não gostar de ser honrado?
Qual seria o tratamento dispensado a nós se aqueles ao nosso redor nos vissem como somos aos olhos de Deus, se conhecessem todos os pensamentos ímpios e ações pecaminosas de nossa vida passada? Qual seria a avaliação deles sobre nós se nos vissem com todas as abominações de nossa alma reveladas; se eles contemplassem nosso orgulho, egoísmo, preguiça, impureza e egoísmo, nossa alta estima por nós mesmos e nossa indiferença a Deus?
Oh, então, como eles nos desprezariam! Como devemos desprezar a nós mesmos!