VÍDEO MENSAGEM DE DOM CARLO MARIA VIGANÓ…

Mons. Viganò: A ciência prostituiu-se aos interesses da elite | Oriundi.net

…por ocasão de uma manifestação organizada pela Associação “No Paura Day”

15 de Outubro, Turim

 Fonte: Permanência

Vocês se encontram reunidos, em grande número, nesta praça de Turim, enquanto milhares de pessoas ao redor do mundo manifestam sua oposição ao estabelecimento de uma tirania global. Milhões de cidadãos de todas as nações, sob o silêncio ensurdecedor da mídia, vêm gritando seu “não” há meses. Não à loucura pandêmica, não aos confinamentos, não aos toques de recolher, não à vacinação compulsória, não ao passaporte sanitário ou à chantagem de um poder totalitário à serviço das elites. Um poder que se mostra intrinsecamente mau, movido por uma ideologia infernal e motivado por objetivos criminosos. Um poder que agora declara ter quebrado o pacto social e já não nos considera como cidadãos, e sim como escravos de uma ditadura, hoje sanitária, amanhã ecológica.

Este poder está tão convencido de ter conseguido seu golpe de Estado silencioso que descaradamente nos lança não só a ideologia que o move, mas também a religião que o inspira. Hoje, no Quirinal – o palácio que já foi residência dos Soberanos Pontífices na cidade de Roma – foi inaugurada uma exposição emblemática intitulada O Inferno, marcada pela exposição da Porte de l’Enfer, uma escultura de Auguste Rodin, produzida entre 1880 e 1890. Esta obra destinava-se à entrada do Museu de Artes Decorativas de Paris, e o seu esboço foi também apresentado na Exposição Universal de 1900, para selar o carácter maçónico e anticatólico deste evento. E há anos, no Coliseu, encontra-se o ídolo de Moloque, dos sets do filme Cabiria. O demônio devorador de crianças, a porta do inferno inspirada nas Fleurs du mal de Charles Baudelaire, há poucos dias o Festival da Blasfêmia em Nápoles. Na cidade de São Januário, cartazes com horríveis blasfêmias contra Deus foram colocados – com a permissão da Câmara Municipal – para celebrar a liberdade de pensamento e de expressão, insultando Nosso Senhor.

Eles nos dizem claramente: são servos do diabo e, como tais, pretendem se afirmar, serem respeitados e propagar suas ideias. Não só isso, mas em nome de um poder usurpado – um poder que, segundo a Constituição, deveria pertencer ao povo – eles exigem nossa obediência até a automutilação, a privação dos direitos mais básicos e a supressão de nossa identidade.

Esses cortesãos do poder, que ninguém elegeu e que devem sua nomeação à elite globalista que os usa como cínicos executores de suas ordens, desde 2017 vêm declarando em alto e bom som que tipo de sociedade desejam alcançar. Nos documentos relativos à Agenda 2030, que podem ser encontrados no site do Fórum Econômico Mundial, está escrito: “Não tenho nada, não tenho privacidade e a vida nunca foi tão boa.” A propriedade privada, no plano dos globalistas promovidos por Klaus Schwab e Rothschild, deverá ser abolida e substituída por uma renda universal que nos permita alugar uma casa, sobreviver, comprar o que as elites decidirem nos vender, talvez até mesmo o ar que respiramos e a luz do sol.

Este não é um pesadelo distópico: é exatamente o que eles se preparam para fazer, e não é por acaso que durante estas semanas ouvimos falar de revisão de estimativas cadastrais e incentivos à renovação de edifícios. Primeiro, nos endividam com a ideia de restaurar nossa casa, depois os bancos as tomam e as alugam para nós. O mesmo vale para o trabalho: hoje nos dizem que podemos trabalhar se tivermos um passaporte sanitário, uma aberração legal que usa a pandemia para nos controlar, para acompanhar cada movimento nosso e decidir se, onde e quando podemos entrar ou sair. Nesta Agenda 2030, também existe o dinheiro eletrônico, é claro, com a obrigatoriedade de compra e venda com cartão vinculado ao passaporte e ao crédito social. Porque a emergência sanitária e ecológica, agora iminente, legitima os governos a criar um sistema de avaliação de nosso comportamento, como o que já existe na China e na Austrália. Cada um de nós terá uma determinada pontuação, e se não formos vacinados, se comermos muita carne ou se não usarmos carro elétrico, pontos serão subtraídos e não poderemos utilizar determinados serviços, tomar o avião ou o trem de alta velocidade, ou teremos que pagar pelos nossos próprios cuidados de saúde, ou nos resignar a comer baratas e minhocas para recuperar a pontuação que nos permitiria viver. Repito: estes não são os pressupostos de nenhum “teórico da conspiração” mas sim fatos que já estão a acontecer […].

Mas se hoje é possível nos impedir de trabalhar só porque não nos submetemos a uma regra ilegítima, discriminatória e vexatória, o que impedirá esses tiranos de decidir amanhã que não teremos acesso a restaurantes ou ao local de trabalho se participarmos de manifestações não autorizada, ou escrevermos algo em uma rede social a favor do tratamento precoce, contra a ditadura ou a favor de quem protesta contra a violação de nossos direitos? O que os impedirá de apertar um botão e nos restringir do uso do nosso dinheiro, só porque não somos membros de tal partido ou não veneramos a Mãe Terra, o novo ídolo verde, adorado até por Bergoglio?

Eles querem nos privar dos próprios meios de subsistência, forçando-nos a ser o que não queremos ser, a viver como não queremos viver, a acreditar no que consideramos uma heresia blasfema.

“É preciso ser inclusivo”, dizem-nos; mas em troca são agressivos contra nós, discriminando-nos porque queremos ter saúde, porque consideramos normal que a família seja composta por um homem e uma mulher, porque queremos preservar a inocência dos nossos filhos, porque não queremos matar as crianças no ventre de suas mães ou os idosos e enfermos em suas camas de hospital.

“O nosso modelo de sociedade funda-se na fraternidade”, asseguram-nos; mas nessa sociedade só se pode ser irmão negando e blasfemando o Pai comum. É por isso que vemos tanto ódio contra Nosso Senhor, Nossa Senhora e os Santos. É por isso que, a pretexto de festejar o Poeta Supremo, não fazemos uma exposição sobre o Céu, mas sobre o Inferno, que se tornou o lugar a desejar e a realizar na terra.

“Respeitamos todas as culturas e tradições religiosas”, especificam, e é verdade que todos os ídolos e superstições têm seu lugar no Panteão ecumênico da nova religião universal desejada pela Maçonaria e pela Igreja Bergogliana. Mas só há uma religião que está banida de lá: a religião verdadeira que Nosso Senhor transmitiu aos apóstolos, e que a Igreja nos propõe. É verdade que, no caldeirão globalista, todas as culturas são bem-vindas, exceto a nossa: a barbárie da poligamia, a grosseria, a incivilidade, a obscenidade, tudo que é feio e obsceno e ofensivo tem o direito de se apresentar e se impor; ao mesmo tempo – com a maior coerência – a civilização, a verdadeira cultura, os tesouros da arte e da literatura, os testemunhos de nossa Fé traduzidos em igrejas, monumentos, pinturas, música devem ser banidos para que não haja comparação, nenhum termo de comparação que mostre quão horrível é o mundo sonhado por essas pessoas e quão preferível aquele que nos fazem negar e desprezar.

A mentira reina e não há cidadania para a verdade. Verificamos isso nos últimos meses, quando o mainstream fez a cobertura da pandemia censurando quaisquer vozes dissidentes; e até hoje quem discorda do Sistema é não apenas ridicularizado e desacreditado, mas criminalizado, tachado de inimigo público, feito parecer um louco a quem impor o TSO. Esses são os meios que cada regime totalitário usou contra oponentes políticos e religiosos. Tudo se repete diante de nossos olhos de forma muito mais sutil e escorregadia. Por outro lado, quem se inclina para o tirano oferecendo-lhe a sua lealdade é elogiado publicamente, como vemos em todos os programas de televisão, e se torna uma espécie de referência.

Nosso protesto contra o passaporte verde não deve se limitar a este evento específico, por mais ilegítimo e discriminatório que seja, mas devemos procurar ter uma visão mais ampla, identificar os objetivos da ideologia globalista; quem são os responsáveis ​​por este crime contra a humanidade e contra Deus; quem são os cúmplices e quem são os nossos possíveis aliados. Se não compreendermos a ameaça a todos nós, limitando-nos a protestar contra um – ainda que macroscópico – pormenor de todo o projeto, não seremos capazes de opor uma resistência forte e corajosa. Uma resistência que deve basear-se não na simples exigência de liberdade – por mais legítima que seja – mas na orgulhosa e altiva exigência de respeito pela nossa identidade, pela nossa cultura, pela nossa civilização e pela nossa fé que fez a grandeza da Itália e que animou todas as expressões da vida do nosso País, das mais humildes às mais sublimes.

O passaporte é apenas mais um passo em direção àquela porta do inferno em exibição hoje no Quirinal, como uma indignação desavergonhada de quem se considera irremovível e se beneficia de proteções poderosas.

Não temos os bilhões de Soros ou Bill Gates; não temos fundações filantrópicas, nem subornamos políticos para que se tornem nossos aliados; não temos redes de televisão ou redes sociais para compartilhar nossas ideias; não somos organizados como os apoiadores do Great Reset e não formulamos hipóteses de pandemia ou cenários econômicos.

Mas, apesar de nossa aparente fraqueza; apesar de não conseguirmos sequer ganhar visibilidade na televisão ou nas redes sociais; apesar do fato de sermos desorganizados e relutantes em nos manifestar e protestar – já que esse sempre foi o domínio de revolucionários profissionais e anarquistas de esquerda – ainda assim temos algo que eles não têm. Temos Fé, a certeza da promessa de Nosso Senhor: “As portas do inferno não prevalecerão”. Somos animados por uma força interior que não é nossa, e que lembra a coragem serena com que os cristãos perseguidos enfrentaram a perseguição e o martírio. Uma força que assusta os sem coração, que aterroriza aqueles que servem a uma ideologia de morte e mentiras, aqueles que sabem que estão do lado dos eternamente vencidos.

Esquecem, esses miseráveis ​​servos da Nova Ordem, que sua utopia, mesmo uma distopia infernal, repele a todos nós, justamente porque não considera que não somos feitos de circuitos eletromagnéticos, mas de carne e osso., Paixões, afetos, atos de generosidade e heroísmo. Porque somos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus. Mas isso os demônios não podem entender: é por isso que eles falharão miseravelmente.

Aos Portões do Inferno de Rodin, respondemos com o Janua Coeli, o Portão do Céu, o título pelo qual invocamos a Santíssima Virgem. Que ela, que esmaga no Apocalipse a cabeça da antiga serpente, seja nossa Rainha e a Senhora da Guerra, para o triunfo de seu Imaculado Coração.

E para que neste dia, em que se manifesta publicamente e com coragem contra a tirania iminente, não seja estéril e desprovido de luz sobrenatural, convido a todos a rezarem comigo com as palavras que o Senhor nos ensinou. Façamo-lo com fervor, com ímpeto de caridade, invocando a proteção de Nosso Senhor e de sua Mãe Santíssima sobre todos nós, nas nossas famílias, na nossa pátria e no mundo inteiro: Pai nosso, que estás nos céus…

+ Carlo Maria Viganò, Arcebispo