Depois de afirmar, há sete anos, no estabelecimento da lei em junho de 2013, que ela só se aplicaria a adultos gravemente doentes, o governo agora está considerando a possibilidade de estender a eutanásia às crianças e doentes mentais.
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
James Reinl, correspondente do Daily Mail para assuntos sociais, escreveu em 19 de março de 2023: “Quando o Canadá alterou suas leis em 2016 para permitir a eutanásia, os eleitores estavam seguros de que as injeções letais só estariam disponíveis para adultos gravemente doentes que precisassem apressar uma morte iminente e acabar com seu sofrimento”.
Muita coisa mudou nesses sete anos. “O governo está agora considerando a possibilidade de estender a eutanásia às crianças e doentes mentais.” O autor continua: “Outra preocupação: uma organização médica de ponta na província francófona ao leste do Québec, afirma que injeções letais devem ser disponibilizadas para recém-nascidos gravemente doentes”.
O Sr. Reinl continua: “Os defensores do suicídio assistido afirmam que ela permite que pessoas muito doentes coloquem fim à sua agonia. Seus críticos argumentam que é o início de uma ladeira escorregadia que está levando cada vez mais pessoas vulneráveis a acabar com suas vidas prematuramente.”
“Agora que legalizamos a eutanásia, tudo está de cabeça para baixo”, disse Alex Schadenberg, diretor da Euthanasia Prevention Coalition, ao DailyMail.com: “Agora pensamos em termos de recusar um serviço que deveria estar disponível para as pessoas.”
O caderno de atividades MAiD (Medical Assistance in Dying – Assistência Médica no Morrer)
O Sr. Schadenberg e outros ficaram espantados com o “caderno de atividades MAiD” destinado a ajudar as crianças a entender por que um membro de sua família escolheria a eutanásia e como o processo se desenrola. Os críticos apontam para a linguagem infantil usada nesse livreto de 26 páginas financiado pelo governo, para explicar um processo que é, para muitos, macabro.
“Um médico ou enfermeira usa drogas para impedir o funcionamento do corpo de uma pessoa“, diz o livreto. “Quando o corpo da pessoa deixa de funcionar, a pessoa morre.”
A eutanásia é descrita como um procedimento desesperado reservado para adultos com uma doença ou deficiência que “danifica tanto o corpo ou a mente que é muito difícil para eles continuarem vivendo”.
Ele explica como as drogas causam sonolência e coma antes que uma “terceira droga… faça com que os pulmões parem de respirar e o coração pare de bater”. Mas “a pessoa não percebe e isso não a machuca”, acrescenta o livro, escrito por Ceilidh Eaton Russell, professora da McMaster University e especialista em luto infantil.
O Caderno de Atividades MAiD foi publicado no ano passado pelo Canadian Hospice Palliative Portal e financiado pela Health Canada. Reinl explica que os políticos canadenses estão debatendo a extensão do MAiD a menores, enquanto o lobby da eutanásia, Dying with Dignity – Morrer com Dignidade, defende a eutanásia para crianças a partir de 12 anos de idade.
Mas esse limite é elevado demais para o Dr. Louis Roy, do College of Physicians of Quebec: segundo ele, os recém-nascidos que vêm ao mundo com “malformações graves” ou “síndromes sérias e graves” deveriam ter direito à morte medicamente assistida.
Matar crianças malformadas é algo que só a barbárie tem feito na história do mundo.