COMUNICADO DO PRIOR DA FSSPX EM NICE (FRANÇA) SOBRE O ATAQUE ISLAMITA NA CIDADE

Fonte: Medias-Catholique.info – Tradução: Dominus Est

Prezados fiéis,

Assim como eu, os senhores souberam, nesta manhã, da terrível notícia do atentado que abalou nossa cidade. Evidentemente, nossa oração vai, primeiramente, às vítimas e as seus familiares, mas talvez ainda mais ao nosso país.

Foi-nos dito que o culpado foi neutralizado. Não tenho tanta certeza disto. Certamente, o terrorista imbuído do islã foi preso pelas Forças de Segurança. Mas, será esse realmente o único e último responsável do que aconteceu hoje de manhã.

O Sr. Macron, como porta-voz da nossa República laica e maçônica, reivindicou a nosso país o “direito à blasfêmia”: não tem ele uma enorme responsabilidade no que acaba de acontecer?

É claro que não reconheço direito nenhum em respeito a Maomé, e muito menos um respeito sagrado. No dia em que o Islã celebrava o nascimento do seu “profeta”, este terrorista não fez mais do que imitar as práticas muitas vezes bárbaras deste chefe de guerra do qual ele afirma ser, assim como a história suficientemente indica. E da mesma maneira que não posso respeitar o ato deste terrorista, assim também não posso respeitar Maomé, falecido com semelhantes crimes em sua consciência. Porém, não podemos deixar de dizer que, os nossos concidadãos que, por desgraça, ainda não descobriram a beleza e a verdade do Cristianismo, merecem um mínimo de respeito. Insultá-los não é ajudá-los.

Mais ainda do que os seus concidadãos, é o próprio Deus que o Sr. Macron insulta. No seu orgulho incomensurável, afirma ser superior ao seu Criador, a ponto de reinvidicar o direito de desprezá-Lo, de insultá-Lo. Ao afirmar repetidamente que não há lei nenhuma acima da República, o nosso Presidente não faz outra coisa além de divinizá-la: constituí-la como o princípio último do bem e do mal. Eis-nos de volta aos dias dos impérios pagãos, cujo príncipe afirmava encarnar a Onipotência. É a chamada ditadura.

Há pouco tempo, na homenagem que rendia ao Sr. Paty, o Sr. Macron reconheceu neste professor decapitado o rosto da República. Não podia dizer algo melhor. Ao suprimir qualquer lei transcendente, que é a única de unir os homens, o Sr. Macron decapitou nosso país. Tirou-lhe sua alma, aquela alma cristã que forjou a beleza e a prosperidade da nossa Pátria. Mas, um corpo decapitado, pode apenas se decompor. Eis a exata representação da nossa República laica e maçônica. Por se ter afastado de Deus, destruiu o princípio último de unidade: pode apenas levar a separatismos.

Nossa França, na sua loucura, reivindicou-se Charlie. Tendo enlouquecido, ela é agora responsável pela decapitação, em sentido próprio, dos seus filhos. A laicidade (secularismo) tão prezada por ela continua a derramar em seu caminho o sangue inocente de seus filhos. Rezemos por esses filhos, e mais ainda pelos governantes, para que retornarem à razão.

Quanto aos senhores que me leem, “comportai-vos como homens sábios, porque os tempos são maus” (Ef. 5, 15-16). Não temais aqueles que podem matar o corpo, mas antes, os que corrompem o espírito. “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; mas temei antes aquele que pode lançar no inferno a alma e o corpo.” (Mt 10, 28)

Pe. Padre Patrick de la Roque, Prior do Priorado São José, da FSSPX em Nice, na Fança