OFICIAL DO FBI QUE SUPERVISIONOU A VIGILÂNCIA DE CATÓLICOS TRADICIONALISTAS NOS EUA DEPÕE PERANTE O CONGRESSO

L'agent du FBI supervisant la surveillance des catholiques traditionalistes

Estados Unidos – O agente especial responsável pelo escritório local do FBI em Richmond, Virgínia, testemunhou perante o Comitê Judiciário do Congresso, mas o conteúdo de sua entrevista ainda não foi divulgado. Foi este agente do FBI que supervisionou a vigilância dos católicos tradicionalistas nos Estados Unidos.

Fonte: Medias Presse Info – Tradução: Dominus Est

Seu nome é Stanley Meador e ele falou ao comitê do Congresso “por várias horas em uma reunião a portas fechadas”, segundo duas fontes próximas ao caso, informou o Washington Examiner na quinta-feira. Antes de ser nomeado Agente especial encarregado do escritório local de Richmond pelo diretor do FBI, Christopher Wray, Stanley Meador atuou como Chefe de Gabinete do vice-diretor da sede do FBI em Washington. Ele é, portanto, uma figura importante no organograma do FBI.

Em uma carta enviada ao Comitê em 28 de abril, o FBI observou que Meador estava envolvido na gestão das “consequências” do relatório, que incluíam sua “remoção” e uma reunião com líderes católicos locais sobre o assunto.

A Fraternidade São Pio X (FSSPX) foi particularmente visada

Em Fevereiro, o denunciante do FBI, Kyle Seraphin, divulgou ao público um documento de 8 páginas que identificava a “ideologia católica tradicionalista radical” como um ímã para “extremistas violentos”, alegando que “nacionalistas brancos” estão, cada vez, alinhando uma causa comum online com os participantes da Missa em latim.

O memorando, escrito por um analista do FBI em Richmond, Virgínia, afirmava que “o crescente interesse dos extremistas violentos com motivação racial ou étnica (RMVE) na ideologia católica tradicionalista radical (RTC) apresenta, quase certamente, novas oportunidades de mitigação de ameaças” através de “detecção precoce e desenvolvimento de [fontes de informação].

Em outras palavras, o memorando apelava à espionagem e à infiltração nos principais grupos católicos, especialmente nas igrejas servidas pela Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX).

O documento provocou protestos públicos entre católicos e até mesmo entre protestantes em todo o país, que criticaram a criação de uma vigilância que viola a Primeira Emenda, ao considerar os americanos como “ameaças” devido a crenças religiosas específicas.

O FBI, então, recuou oficialmente e disse que investigaria o motivo pelo qual o documento havia sido redigido.

Embora a nossa prática habitual seja não comentar sobre produtos de inteligência específicos, este produto específico do escritório local – divulgado apenas dentro do FBI – relacionado ao extremismo violento com motivação racial ou étnica não atende aos rigorosos padrões do FBI”, disse o comunicado de imprensa.

O delator Seraphin sugeriu então que a agência havia recuado apenas porque havia sido responsabilizada. “É porque eles foram denunciados, e não porque eles NUNCA aprovariam isso. Eles aprovaram e estão envergonhados. Essa é a única razão.”

No início deste mês, o presidente do Comité Judiciário do Congresso, Jim Jordan, emitiu uma carta anunciando que documentos que obteve recentemente do FBI indicam que o seu escritório local em Richmond, Virgínia, coordenou, junto a outros dois escritórios em todo o país, uma espionagem contra os católicos tradicionalistas.

Isto contradiz a afirmação do FBI de que os católicos tradicionalistas só foram monitorizados dentro do perímetro do seu escritório em Richmond.

O presidente do Comitê Judiciário do Congresso apelou ao diretor do FBI, Christopher Wray, para que “mudasse” seu depoimento e “explicasse mais detalhadamente a natureza e o alcance da avaliação do FBI dos católicos tradicionalistas como potenciais terroristas nacionais”.