Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
Como Jesus veio para sofrer, era necessário que Maria sofresse com Ele. Este era seu maior privilégio, e ela sabia que seria assim. Ela sabia disso mesmo quando seu amor humano irrompeu em suas palavras suplicantes: “Filho, por que procedeste assim conosco?” Ela sabia disso quando ficou com o coração partido sob a cruz. Ela sabia quando recebeu, em seus braços, o Corpo do Filho, depois de ter sido descido da Cruz. Ela sabia, do princípio ao fim, que a melhor prova do amor de Nosso Senhor é dar-nos parte em Seus sofrimentos.
Esta era a consolação de Maria. Será a minha quando tenho que sofrer?
Não lemos muito nas Sagradas Escrituras a respeito da paciência de Maria, mas o suficiente para saber que Jesus, propositalmente, testou sua paciência. Por que Ele fez com que o santo Simeão penetrasse em seu coração com a previsão de seus sofrimentos futuros? Por que Ele a obrigou a começar, na noite escura, a viagem para o Egito, quando Ele poderia facilmente ter derrotado os projetos de Herodes? Por que Ele não a deixou saber onde estava quando permaneceu em Jerusalém? Por que Ele aparentemente a repreendeu nas bodas de Caná? Por que Ele permitiu que seu coração fosse dilacerado pela visão de Sua crucificação?
Foi tudo para que ela pudesse ter uma recompensa mais gloriosa e compartilhar Seu triunfo em maior grau. Se pudéssemos ter visto Maria na terra, poderíamos ter ficado especialmente impressionados com sua paz imperturbável. Isso se devia à sua perfeita paciência e prontidão para aceitar tudo o que vinha das mãos de Deus.
“Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a vossa palavra”.
Se desejo a paz, este deve ser o lema da minha vida.