Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est
Assim como em todas as outras virtudes, também na paciência Jesus Cristo é nosso Mestre e Exemplo.
Ninguém jamais sofreu como Ele sofreu e, portanto, ninguém teve que exercer tanta paciência como Ele exerceu.
Quão paciente Ele foi com aqueles que O insultaram e abusaram! Jamais houve uma palavra de indignação, jamais um olhar raivoso, nada além de doçura e bondade. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.”
Oh, quando serei capaz de imitar a paciência de Jesus? Quando me aproximarei, mesmo à distância, do Modelo Divino que professo imitar? Quão paciente Ele foi com Seus Apóstolos! Como a aspereza, o egoísmo e a estupidez deles devem tê-lo desagradado!
Eles entenderam mal Sua palavra, brigaram entre si, Suas previsões a respeito da Paixão foram ignirados, todos O abandonaram em tempos de perigo, mas Ele nunca foi perturbado pelo mais leve sopro de raiva ou impaciência.
Aquele, que era o Deus Infinito, suportou a inconstância, o egoísmo e a ambição. Mais uma vez, quão longe estou da gentileza e da paciência do Filho de Deus!
Em meio a uma agonia física, como nenhum outro jamais experimentou, quão paciente Ele foi! Nada além de um suave gemido, que expressava a agonia que estava suportando, escapou de Seus lábios quando os flagelos dilaceraram Seu Sagrado Corpo e quando pregos foram cravados em Suas mãos e pés. Ele suportou o que nem mesmo Ele poderia ter suportado se não fosse Deus, e usou Sua Divindade para capacitá-Lo a sofrer mais.
No entanto, Ele sempre foi submisso à vontade de Deus, sempre tendo uma espécie de estranha alegria em Sua aguçada agonia, porque Ele sabia que a rica recompensa estava próxima, a semente de vida longa que, por meio Dele, seria redimida da ira de Deus e da infinita miséria.