Fonte: La Porte Latine, 1 de outubro de 2018 – Tradução: Dominus Est
Pe. Thierry Gaudray, FSSPX
[Nota do blog: texto escrito antes da canonização do Papa Paulo VI]
No último dia 5 de agosto de 2018, o Papa Francisco dirigiu-se ao povo reunido na praça São Pedro para o Angelus:
«Há quarenta anos, o bem-aventurado Papa Paulo VI vivia suas últimas horas nesta terra. Ele morreu na noite do dia 6 de agosto de 1978. Nós o lembramos com grande veneração e gratidão, na expectativa de sua canonização no próximo dia 14 de outubro… Saudemos todos esse grande papa da modernidade com uma salva de aplausos!»
Ninguém duvida que, ao canonizar Paulo VI após João XXIII e João Paulo II, Francisco tenha a intenção de confirmar os católicos nas novas orientações tomadas pela Igreja desde o Concílio, e de dar um novo resplendor à liturgia reformada[1]. Ademais, Paulo VI foi o primeiro papa a utilizar a canonização dos santos para avalizar o Concílio ao anunciar, em 18 de novembro de 1965, portanto antes mesmo de sua conclusão, a introdução da causa da beatificação de Pio XII, mas também a de João XXIII[2].
Quão opostos todavia eram os juízos desses dois papas acerca de Monsenhor Montini! Se este último foi colaborador próximo do Cardeal Pacelli durante vários anos, é pela vontade de Pio XII que ele foi afastado de Roma em 1954. O sobrinho de Paulo VI testemunha que seu tio jamais teve a menor ilusão: «era para ele um drama em todos os sentidos da palavra»[3]. Ainda que Pio XII não julgasse conveniente afastar um substituto dos assuntos ordinários da Secretaria do Estado sem lhe conceder uma promoção aparente, sua culpa não foi escondida. Com efeito, a cadeira de Milão era tradicionalmente ocupada por um cardeal, ora «Pio XII não cria mais nenhum cardeal», e isso «para não ter de nomear Mons. Montini»[4]. João XXIII, ao contrário, em 4 de novembro de 1958, um pouco antes da sua cerimônia de coroação, escreveu um bilhete para Mons. Montini anunciando-lhe que essa dignidade lhe seria brevemente conferida[5], e sete anos mais tarde, em seu leito de morte diz: «Meu sucessor será o Cardeal Montini».
Como é possível que o Papa Francisco utilize de novo as palavras sagradas da canonização para propor como exemplo um sepultador da Tradição? Deixaremos os teólogos responderem a essa questão. Por agora, o bom senso e a fé nos bastam para recusarmos a prestar culto a Paulo VI. As graves inobservâncias na defesa da fé, a promulgação da missa nova e o abandono do zelo missionário pelo Reino de Nosso Senhor provam que Paulo VI era liberal e que não serve de modelo para os católicos.
Defesa da fé
«Acontece de aparecerem livros em que a fé é diminuída sobre pontos importantes, que o episcopado se cala, que não se encontram esses livros estranhos… e isso, aos meus olhos, é estranho»[6]. Mas o próprio papa suprimiu o Index, paralisou o Santo Ofício, não realizou qualquer sanção contra os negadores da fé — como, por exemplo, os bispos holandeses que haviam publicado um catecismo escandaloso que negava tanto os anjos e o sacerdócio como a Encarnação e a Presença real. Mesmo que em 30 de junho de 1968 professe um Credo ortodoxo, jamais ele defendeu essa fé condenando os heréticos. Em Roma, concedeu privilégios a professores outrora expulsos pelo Santo Ofício. «Paulo VI teria deixado a Santa Igreja de Deus ser invadida pela irrupção das águas pantanosas da apostasia iminente»[7]. Não se tratava de fraqueza (o que já seria grave num sumo pontífice), mas de uma atitude irenista e irrealista que lhe era habitual. A encíclica Mysterium Fidei[8] pode ser citada para ilustrar tal afirmação. Com efeito, antes mesmo do fim do Concílio, multiplicavam-se as inovações litúrgicas[9] e se difundiam doutrinas que, segundo ele mesmo, perturbavam as almas dos fiéis e causavam uma grande confusão. Ora, não somente o papa não condenou ninguém, mas não pôde deixar de admirar as boas intenções dos fautores das heresias: «Não negamos àqueles que difundem essas opiniões surpreendentes a louvável preocupação de aprofundar tão grande mistério»[10].
De fato, Paulo VI só se mostra severo em relação aos defensores da Tradição. Invariavelmente, ele cedia e deixava agir os demais[11]. É assim que o Padre Calmel considerava o pontificado de Paulo VI como «um eclipse do papado» na medida em que este papa pretendia «governar a Igreja reunindo sínodos e sem condenar ninguém»[12]. O professor Amerio intitulou um dos subcapítulos de sua obra-prima Iota Unum: «a renúncia a exercer a autoridade». Quão simbólico foi o dia 13 de novembro de 1964, quando Paulo VI depôs sua tiara, sinal da plenitude de seu poder!
A publicação da encíclica Humanae vitae, em 25 de julho de 1968, foi a única vez em que Paulo VI impôs seu ensinamento. Mas, novamente, ele não toma qualquer medida contra as conferências episcopais, rendidas por uma miríade de publicações que haviam ousado se opor publicamente à sua decisão que, desta vez, não era senão a repetição do ensino tradicional, ao menos em suas conclusões. Mas a questão ia muito além daquela da contracepção. O cardeal Suenens, o cardeal Alfrink e muitos outros censuraram-no por ter se mostrado infiel à colegialidade que o Concílio Vaticano II acabara de introduzir na Igreja. O papa tentou então apelar à compaixão de seus contraditores, mas sem nunca se comportar como chefe: «Talvez o Senhor não me chamou a esse cargo porque eu era especialmente apto, ou porque eu governo a Igreja e a preservo nas dificuldades presentes, mas porque sofro algo pela Igreja…»[13]. Ora, o ofício do Sumo Pontífice prescrevia a Paulo VI comandar e não de condoer-se, nem mesmo somente exortar e admoestar[14].
Jamais Paulo VI quis colocar em causa o Concílio Vaticano II que, segundo ele, «não tem menos autoridade, e que inclusive sob certos aspectos é até mais importante que aquele de Niceia»[15]. E não obstante ele viu seus frutos: «Esperávamos a primavera do Concílio e veio uma tempestade»[16]. O discurso a um grupo de seminaristas em 7 de dezembro de 1968 é bem conhecido: «A Igreja encontra-se em um momento de inquietação, de autocrítica, diríamos quase de autodemolição.» A isso ele acrescentava uma observação que mostra a que ponto ele se mantinha surdo aos gritos de alarme que haviam sido lançados: «É como que uma agitação interior, aguda e complexa, na qual ninguém poderia ter esperado após o Concílio»[17]. Dez anos após o Concílio, na morte de Paulo VI, o número de religiosos no mundo havia diminuído 25%. A maior parte daqueles que restavam não levavam mais senão uma sombra de vida religiosa[18]. Os fiéis abandonavam as igrejas.
A devoção mariana sofreu muito também durante o pontificado de Paulo VI. Na primeira sessão do Concílio, quando ele era somente cardeal, já se opunha à atribuição de novos títulos à Virgem Maria. É ele quem fez suprimir o esquema que havia sido preparado sobre Nossa Senhora para reduzi-lo a um capítulo do esquema consagrado à Igreja. Em 1967, ele dá ao governo turco o estandarte que os cristãos haviam tomado dos muçulmanos em Lepanto graças à proteção de Maria.
A nova missa
Em 21 de outubro de 1969, um Breve exame crítico sobre a nova missa era apresentado ao papa pelos Cardeais Ottaviani e Bacci. Pouco mais de um mês antes, Monsenhor Antonio de Castro Mayer, bispo de Campos no Brasil, já havia escrito: «O Novus Ordo Missae não somente não inspira fervor, mas ainda extenua a fé nas verdades centrais da vida católica, tais como a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento, a realidade do sacrifício propiciatório e o sacerdócio hierárquico»[19]. Todavia Paulo VI se mostra inflexível na imposição dessa nova liturgia concebida para agradar aos protestantes: «Não é uma decisão arbitrária; não é uma experiência temporária ou facultativa; não é um improviso devido a qualquer diletantismo. É uma lei elaborada por eminentes liturgistas após longas discussões e longos estudos»[20]. As palavras mais violentas nesse sentido foram aquelas do consistório de 24 de maio de 1976: «É em nome da Tradição que exigimos a todos nossos filhos, em todas as comunidades católicas, que celebrem na dignidade e no fervor, a liturgia renovada. A adoção do novo Ordo Missae não é absolutamente deixado ao livre arbítrio dos padres ou fiéis […]. O novo Ordo foi promulgado para substituir o antigo […]. Com a mesma autoridade suprema [que aquela de São Pio V] que nos vem de Cristo Jesus, nós exigimos a mesma disponibilidade…». Ao Sr. Jean Guitton, que lhe sugeria autorizar a Missa de São Pio V para apaziguar os espíritos, o papa responde: «Isso jamais!». Todavia, em 2007, em seu Motu proprio Summorum Pontificum, Bento XVI reconhece que o antigo rito jamais foi ab-rogado. Portanto, Paulo VI tornou-se culpável de abuso de poder.
Mas os padres que morreram de tristeza, porque lhes fora tirado a missa, não foram os mais infelizes. Os abandonos do sacerdócio durante o pontificado de Paulo VI atingiram proporções inimagináveis. Ele mesmo reconheceu o fato, mas sempre com a mesma inércia: «As estatísticas nos oprimem; a casuística nos desconcerta; as motivações, sim, nos impõem respeito e nos movem à compaixão, mas nos causam uma dor imensa; a sorte dos débeis que encontraram a força para desertar de seu compromisso nos confunde»[21].
A questão da comunhão na mão não é menos sintomática. A instrução Memoriale Domini[22] é uma apologia da comunhão dada pelo padre sobre a língua do comungante. Ela explica como essa maneira de proceder exprime mais o respeito devido ao Santíssimo Sacramento, assim como a humildade com a qual ele deve ser recebido. Ela faz referência a uma consulta a bispos onde uma ampla maioria «prefere que nada seja mudado na disciplina atual» e estipula então que «essa maneira de distribuir a Santa Comunhão deve ser conservada». Ela faz referência à prática de dar a comunhão na mão, prática essa que se espalhou sem que a Santa Sé tenha dado a menor autorização. Os culpados serão severamente reprimidos? De maneira alguma! No mesmo documento romano, as Conferências episcopais são encorajadas a ponderar com cuidado as circunstâncias particulares que poderiam existir (!) a fim de tomar decisões oportunas para que o uso da comunhão na mão «se estabeleça como se deve».
Por fim, o uso do latim na liturgia foi ao mesmo tempo louvado e suprimido por Paulo VI. O papa ia na contramão dos princípios que ele enumerava e dizia sofrer com isso! No domingo, 7 de março de 1965, ele celebrou pela primeira vez a missa (tradicional) inteiramente em italiano. Em sua alocução, durante o Angelus do mesmo dia, ele declarou:
«Este domingo marca uma data memorável na história espiritual da Igreja, porque a língua falada entra oficialmente no culto litúrgico, conforme vocês puderam ver nesta manhã… A Igreja fez um sacrifício no qual diz respeito à sua própria língua, o latim, que é uma língua sagrada, grave, bela extremamente expressiva e elegante. Ela fez o sacrifício das tradições milenares e, sobretudo, da unidade linguística entre seus diversos povos para o bem de uma maior universalidade, para chegar a todos.»
Em 4 de maio de 1967, o «sacrifício» foi levado a cabo pela instrução Tres abhinc annos que estabelecia o uso da língua vulgar para a recitação, em voz alta, do cânon da missa. Se em junho de 1969, durante sua viagem à Uganda, ele consentiu em celebrar a missa em latim por demanda dos bispos africanos, em sua alocução ele encorajou as reformas: «Um pluralismo é legítimo, e inclusive desejável, sob o aspecto da língua, do gênio e da cultura»[23]. Em 26 de novembro deste mesmo ano, durante a apresentação do novo rito da missa, o abandono do latim tornava-se definitivo:
«Não é mais o latim, mas a língua vernácula que será a língua principal da missa. Para qualquer um que conheça a beleza e o poder do latim, sua aptidão para exprimir as coisas sagradas, será certamente um grande sacrifício vê-lo substituído pela língua vernácula. Nós perdemos a língua dos séculos cristãos, nós devemos como intrusos e profanos no domínio literário da expressão sagrada. Nós perdemos assim em grande parte essa admirável riqueza artística e espiritual que é o canto gregoriano. Certamente temos razão de provar por isso pesar e quase angústia.»
Salvação das almas e ecumenismo
Na sua encíclica Ecclesiam suam, Paulo VI afirma o dever missionário da Igreja[24], mas ele só podia concebê-lo como um diálogo: «A Igreja deve entrar em diálogo com o mundo em que vive. A Igreja faz-se palavra, faz-se mensagem, faz-se colóquio»[25]. Consagrado pelo Concílio Vaticano II, o ecumenismo foi imposto à consciência católica pelo papa através de gestos espetaculares e escandalosos que seus sucessores não fizeram mais que imitar. Em 1964, Paulo VI fez uma viagem à Terra Santa[26] durante a qual ele reencontra o patriarca de Constantinopla em pé de igualdade: após ter lido alternativamente o Evangelho, eles se abençoaram um ao outro por iniciativa de Paulo VI[27]. De volta à Roma, ele não hesita em dar aos ortodoxos a cabeça de Santo André, que era uma das relíquias insignes da basílica de São Pedro. No último dia do Concílio, em 7 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI anunciou o levantamento da excomunhão dos ortodoxos sem exigir a menor abjuração por parte deles. Durante sua viagem à Turquia em 1967, o papa enviou uma carta oficial ao patriarca de Constantinopla na qual as Igrejas ortodoxas e a Igreja católica eram apresentadas como «Igrejas irmãs». Isso era o mesmo que dizer que Roma não pretendia mais ser a mãe de todas as Igrejas[28] e que o papa não mais exigia ser reconhecido como o pai comum dos fiéis.
Quanto ao ecumenismo com os protestantes, basta evocar a recepção do Dr. Ramsey, «arcebispo e primado» da Igreja anglicana em 1966. O papa lhe promete levar a cabo um novo estudo sobre a questão da validade das ordenações anglicanas (embora definida categoricamente por Leão XIII) e, antes mesmo desse estudo, já mostrava qual era sua opinião ao pedir que o anglicano abençoasse a assembleia em sua presença. O «primado» inglês não compreendeu esse pedido inaudito e ele mesmo colocou-se de joelhos. O papa prontamente se coloca a levantá-lo. Mas era apenas a primeira surpresa. Paulo VI, em um gesto premeditado, tira em seguida seu próprio anel episcopal para passá-lo ao dedo do Dr. Ramsey.
Jamais o Reino de Nosso Senhor sofrera tanto nas mãos de um papa. É verdade que este papa tinha, acima de tudo, um culto ao homem[29]! Recusando-se condenar o comunismo ao longo do Concílio, Paulo VI muitas vezes dobrou-se às exigências dos países do Leste europeu. Basta evocar o caso do Cardeal Mindszenty, que provavelmente sofreu mais com as manobras do papa do que pelas mãos dos seus algozes na Hungria[30]. Todos os países ainda católicos foram encorajados a retirar o nome de Nosso Senhor de suas constituições: após a Espanha, a Colômbia e certos cantões suíços, foi a vez da Itália[31]. A doutrina condenada de Lamennais foi retomada por Paulo VI na mensagem aos governantes: «O que pede de vós essa Igreja… de hoje? Ela vos diz em um dos grandes textos desse Concílio: ela vos pede simplesmente a liberdade»[32].
Uma face dupla
O Padre Congar dizia que Paulo VI falava com a direita e agia com a esquerda[33]. Monsenhor Lefebvre, citado o Cardeal Daniélou, revelava a verdadeira razão dessa atitude: Paulo VI era um liberal, e portanto um incoerente, um homem que afirma certos princípios e executa o contrário deles. «Porque esse papa é como que um fruto do liberalismo, toda sua vida foi impregnada por influências de homens que lhe cercavam ou que ele tomou por mestres e que eram liberais»[34].
Essa contradição fazia de Paulo VI um papa triste. O seguinte jogo de palavras circulava na Itália: Paulo VI (Paolo sesto) é um «Paolo mesto» (Paulo triste)[35]. Essa tristeza é totalmente diferente daquela dos santos. Em seu diário pessoal, João XXIII, que havia encontrado São Pio X e que havia destacado o véu de tristeza nos olhos do Pontífice, dizia não acreditar em sua santidade. Todavia, este sofrimento vinha diretamente da caridade. Não havia nenhuma incoerência entre as palavras e a vida de São Pio X! A alma de Paulo VI, ao contrário, era ansiosa e paradoxal. Não obstante nostálgica da grandeza da Igreja, ele participou ativamente em sua destruição. Era o juramento feito em sua coroação papal que às vezes vinha à mente e o atormentava: «Se eu pretendesse trair a Tradição recebida dos meus predecessores, Deus não me seria um juiz propício no Juízo final»[36]?
Notas
- Ao lado da missa dita de São Pio V, já qualificada como «rito extraordinário», haveria aquele de “São” Paulo VI.
- Yves Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 247, édition Perrin.
- Giorgio Montini, «Mon oncle, le pape».
- Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 153.
- Roberto de Mattei, «Il Concilio Vaticano II», p. 113.
- Jean Guitton, «Paul VI secret», p. 168.
- Carta do Padre Calmel de 4 de julho de 1970, citada pelo Padre Jean-Dominique em «Le père Roger-Thomas Calmel», p. 461.
- 3 de setembro de 1965 (o Concílio encerraria em 8 de dezembro de 1965).
- A primeira constituição conciliar era sobre a liturgia e já dava seus frutos.
- Próximo ao fim de seu pontificado, quando os episcopados do mundo julgavam do alto de suas encíclicas, ele exaltava «a extrema unanimidade de toda a Igreja com seu pastor supremo e de todos com seu próprio bispo» (Alocução de 23 de junho de 1975).
- Falando dos abusos litúrgicos, o cardeal Gut, prefeito da Congregação para o culto divino, destacava: «Muitos padres fizeram o que bem entendiam. Eles fizeram as próprias regras. As iniciativas tomadas sem autorização no mais das vezes não podiam mais ser detidas. Em sua grande bondade e sabedoria, o Santo Padre então cedeu, frequentemente contra sua vontade» D.C. nº 1551 citado em Iota Unum nº 69.
- Carta de 17 de janeiro de 1969 citada pelo Padre Jean-Dominique em «Le père Roger-Thomas Calmel», p. 365.
- Discurso ao Sacro Colégio em 22 de junho de 1972, citado em Iota Unum nº 65.
- Mesmo em sua exortação apostólica Paterna cum benevolentia de 8 de dezembro de 1974, onde ele reivindica sua autoridade e se insurge contra a desobediência, ele o faz a modo de advertência, mas sem condenar.
- Carta de Paulo VI a Monsenhor Lefebvre, escrita em 29 de junho de 1975. Até mesmo o Cardeal Villot o havia aconselhado a não escrever tal coisa!
- Ao Cardeal G. Colombo, arcebispo de Milão.
- Citado por exemplo em Iota Unum nº 7.
- O papa obrigou todos os institutos religiosos (até mesmo os Cartuxos que jamais precisaram de reformas) a reescrever suas constituições e regras.
- Citado em «Histoire de la messe interdite» por Jean Madiran, p. 30.
- Discurso de Paulo VI (19 de novembro de 1969) sobre o novo rito da missa, citado em «Histoire de la messe interdite» por Jean Madiran, p. 34.
- Carta ao clero secular e regular da diocese de Roma de 10 de fevereiro de 1978.
- Instrução de 29 de maio de 1969 da Sacra Congregação para o culto divino.
- Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 296.
- «É o dever da evangelização, é o mandato missionário, é o dever de apostolado»; encíclica Ecclesiam suam de 6 de agosto de 1964.
- Desde quando era substituto do Secretariado de Estado, em março de 1949, ele recebeu Roger Schutz e Max Thurian, da comunidade protestante Taizé, e deixou subentendido que a Igreja católica poderia participar do Conselho ecumênico das igrejas (o que um monitum do Santo Ofício havia precisamente descartado formalmente no ano anterior), e que Ela deveria reconhecer os erros de seus membros na história e hoje. Cf. Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 134.
- A primeira dessas viagens internacionais as quais os papas conciliares nos deixaram habituados.
- Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 217.
- Pela palavra «Igreja» significou-se então as dioceses governadas por um bispo, mas em dependência do papa.
- «Vós, humanistas do nosso tempo, que negais as verdades transcendentes, dai ao Concílio ao menos este louvor e reconhecei este nosso humanismo novo: também nós — e nós mais do que ninguém somos cultores do homem.» Discurso de encerramento do Concílio Vaticano II em 7 de dezembro de 1965.
- Fideliter nº 243 de maio-junho de 2018.
- Desde 1976, Paulo VI preparava o tratado concluído somente em 1984 e que ab-rogava o artigo que especificava que a religião católica era a única religião de Estado.
- Messages du Concile de 8 de dezembro de 1965.
- Mons. Lefebvre fazia a mesma observação: «Quase tradicionalista, ao menos nas palavras, e logo em seguida, nos atos, fazendo coisas completamente opostas, não condenando tudo que deveria ser condenado e, ao contrário, condenando o que não deveria ser condenado.» (Conferência espiritual aos seminaristas em 18 de março de 1977).
- «Do liberalismo à apostasia», cap. 31, p. 224.
- Chiron, «Paul VI, le pape écartelé», p. 10.
- Juramento milenar feito durante a cerimônia de coroação papal.