AS ORAÇÕES DAS MÃES

Uma pequena cidade italiana deu, em 50 anos, 500 vocações à Igreja. Graças a uma prática muito simples… 

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O que Nosso Senhor Jesus Cristo pode recusar a Maria, sua mãe? Absolutamente nada. Porque, precisamente, ela é sua mãe, de pureza imaculada. Ele não pode recusar nada a ela porque Ela própria nada recusou ao seu divino filho. Ela se uniu ao seu sacerdócio e ao seu sacrifício desde a Anunciação até os pés do Calvário. Virgem fiel, ela se uniu à sua oração de adoração e expiação.

Sem dúvida, a Santíssima Virgem Maria apressou a vinda do Messias. Imaculada em sua fé e em seu amor, ela possuía uma acuidade muito particular das Escrituras. Ela sabia que o Messias não demoraria a chegar, agora que o cetro de Judá havia sido tirado dos descendentes do rei Davi, agora que as 70 semanas de anos anunciadas pelo profeta Daniel antes da chegada do Salvador haviam sido cumpridas. Maria, em sua oração, implorava a Deus que enviasse urgentemente aquele que salvaria os homens do pecado. As súplicas da Santíssima Virgem foram ouvidas. Elas tocaram o coração de Deus: o Salvador então encarnava-se no ventre desta Virgem. Ele é sacerdote e rei. É ele que sela uma nova aliança em seu sangue para a remissão dos pecados.

A oração de uma mãe acelerou os decretos do Céu.

Durante seu ministério público, Nosso Senhor nunca recusou a oração de uma mãe. Um dia, enquanto caminhava com seus apóstolos, Ele avistou uma mãe em prantos, que acabara de perder seu filho. Ela era viúva de Naim. Comovido com seu sofrimento e tristeza, Ele lhe disse: “Não chores“. Então, Ele atendeu à oração dessa mãe e ressuscitou seu filho.

Em outra ocasião, “a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido”. Ele perguntou: “O que desejas?” Ela respondeu: “Ordene que meus dois filhos, que estão aqui, se assentem, um à sua direita e outro à sua esquerda, no seu reino”. Jesus atendeu ao pedido dessa mãe: os apóstolos Tiago e João realmente se sentaram nos tronos das tribos de Israel no reino de Deus. Eles beberam o cálice da Paixão pelo martírio.

A oração das mães cristãs é muito poderosa. Ela toca facilmente o coração de Deus.

Por que isso acontece? Porque é fruto do amor delas por seus filhos, expressão de uma verdadeira ternura, de um grande desapego. A súplica de uma mãe é perseverante, pois está à altura de sua tristeza ou de sua esperança.

A Santa Igreja é enriquecida e embelezada pelas orações das mães cristãs. Que elas rezem pelas vocações! Diz-se que em uma pequena cidade do norte da Itália, chamada Lu, viviam 4000 almas. As famílias tinham em média de sete a dez filhos. De 1919 a 1929, o número de nascimentos excedeu o número de mortes em 304. Em 1881, as mães de Lu decidiram oferecer sua comunhão todo primeiro domingo do mês com um propósito muito específico, perfeitamente expresso na oração que recitavam: “Deus, concedei que um dos meus filhos se torne padre! Quero viver como uma boa cristã. Quero criar meus filhos na piedade e na virtude, para obter a graça de vos oferecer um santo padre.”

A fórmula era curta, mas tão eficaz que as vocações sacerdotais se tornaram subitamente muito numerosas na paróquia. No espaço de 50 anos, esta pequena cidade forneceu 500 padres, religiosos e religiosas. Durante 50 anos, houve em Lu uma profusão de primeiras missas a cada ano, enquanto nas cidades vizinhas não havia nenhuma.

Tal é o poder da oração das mães cristãs quando pedem padres. Deus espera suas orações para fazer florescer as vocações.

Mães cristãs, nós nos dirigimos a vocês. Formem em suas fileiras um exército em ordem de batalha, cujas orações, unidas às de Maria, darão à Santa Igreja muitas vocações sacerdotais e religiosas. Assim, vocês renovarão a face da terra, prolongarão o reinado de Jesus e Maria nos corações e glorificarão a Deus em sua eternidade.

É então que merecerão uma grande recompensa no Céu, reservada aos apóstolos intrépidos, graças aos quais milhares de almas foram arrancadas do poder das trevas.

Que São José as abençoe!

Pe. Michel Poinsinet de Sivry, FSSPX