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Caros fiéis,
Do final de outubro ao início de novembro, durante o último quarto de século, tornou-se impossível caminhar pelas ruas e lojas sem se deparar com “decorações” horríveis e muitas vezes macabras. Até mesmo crianças se fantasiam de esqueletos, bruxas e fantasmas. Um internauta francês anônimo nos lembra o que devemos pensar sobre tudo isso. Ele o faz tão bem que compartilho suas palavras como estão:
“O Halloween nos é apresentado como uma simples festa popular, uma brincadeira inofensiva. Mas para aqueles que mantêm uma perspectiva religiosa, é impossível não enxergar por trás desse folclore pagão uma sutil campanha de descristianização, orquestrada pelo Inimigo de nossas almas. Não é a fantasia em si que profana a alma, mas a cumplicidade com o mal. Brincar com o diabo já é abrir uma brecha para ele.
O Halloween tem suas raízes no festival celta de Samhain, uma celebração pagã dos mortos e espíritos, que a Igreja outrora cristianizou ao instituir o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados. Mas, ao reviver essas antigas superstições hoje, nossa sociedade apóstata está simplesmente reabrindo as portas que os santos fecharam por mais de um milênio.
O que o cristianismo purificou pela graça, o mundo moderno profana mais uma vez sob o disfarce do escárnio. Fantasias macabras, símbolos ocultos e um fascínio pelas trevas estão longe de ser inocentes: alimentam a imaginação do mal e banalizam o diabólico. O diabo, que só pede para ser invocado sob o disfarce de uma piada, se deleita em ver as crianças se familiarizarem com o horror e a morte em vez da santidade e da luz.
O Halloween é a própria inversão do Dia de Todos os Santos. Em vez de contemplar a glória dos santos, modelos de virtude e intercessores junto a Deus, as crianças glorificam demônios, bruxas e fantasmas. Em vez de orar pelas almas no purgatório, elas exigem doces enquanto ameaçam lançar feitiços. Essa inversão não é insignificante: prepara as mentes para a confusão, para a perda do senso de bem e mal.
Como podemos deixar de ver que esta festa, aparentemente tão “legal”, desvia os corações da verdadeira batalha espiritual? Ao rirmos do diabo, esquecemos que ele realmente existe e que busca a danação das almas. O pacto com o diabo nunca está longe quando brincamos de invocá-lo, mesmo sob o disfarce de diversão. Assim, muitas vezes, sem saber, renunciamos às promessas do nosso batismo: “Renuncio a Satanás, à sua pompa e às suas obras”.
É trágico ver famílias católicas participando dessas máscaras. Alguns padres, influenciados pelo modernismo predominante, ousam falar em “evangelizar o Halloween” ou “cristianizar a festa”. Que ingenuidade! Não se pode batizar veneno. O único antídoto para o Halloween é a celebração fervorosa do Dia de Todos os Santos e a oração pelos mortos.
Pais, em vez de deixarem seus filhos perseguirem fantasmas, levem-nos para rezar diante dos túmulos de seus ancestrais, acendam uma vela, expliquem a eles a beleza do Céu e a realidade do Inferno. Ajudem-nos a descobrir a vida dos santos em vez das máscaras dos condenados.”
No Brasil, não faltam excelentes livros para descobrir a vida dos santos e cultivar nossa devoção a eles. Este boletim nos lembra das condições para a obtenção de indulgências, um auxílio muito eficaz que está ao nosso alcance para ajudar nossas amigas, as almas do purgatório. Por fim, a Missa é o dom mais belo que podemos oferecer para a sua libertação. Temos os meios. Usemo-los generosamente!
Deus os abençoe.
Padre Jean-François Mouroux, Prior