Arquivos da Categoria: Espiritualidade
REMORSO DO CONDENADO POR CAUSA DO BEM QUE PERDEU
OUTRA MEDITAÇÃO PARA A TARDE DO MESMO DIA: SUSPIROS PELA PÁTRIA CELESTIAL
XXII DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O TRIBUTO DE CÉSAR E A OBRIGAÇÃO DE AMAR A DEUS
FESTA DE TODOS OS SANTOS
NECESSIDADE QUE TEMOS DA INTERCESSÃO DE MARIA SANTÍSSIMA PARA NOSSA SALVAÇÃO
QUINTA PALAVRA DE JESUS CRISTO NA CRUZ
A PSICOLOGIA DO AMOR
No mundo em que vivemos é moeda corrente as pessoas só quererem fazer o que lhes agrada. Que seja por prazer do corpo, ou pelo prazer de ter dinheiro, ou pelo prazer de se sentir influente, livre e independente, somos formados, à nossa revelia, a detestar as coisas árduas, maçantes, rotineiras, obrigatórias. Que elas tenham um quê de dificuldade ninguém discute. Que a nossa tendência seja a de diminuir a dureza das suas realizações, é compreensível. O que não pode ser é a revolta tomar conta do nosso coração sempre que temos alguma coisa obrigatória a fazer. No fim das contas, tudo o que é de nosso dever é feito com pressa, de qualquer maneira, sem a atenção necessária ou pelo dinheiro que vamos receber. A revolta a que me refiro não é necessariamente uma revolta barulhenta e explosiva. Pode ser apenas o sentimento surdo e escondido de um ódio acumulado.
Se examinarmos com atenção o ambiente cultural em que vivemos, constatamos, por exemplo, que os homens do nosso tempo passam a semana em função da sexta-feira, aguardando o fim do serviço do último dia útil para, enfim, voltar a ser “normal”. O que significa ser “normal”? Para uns, passar o tempo numa festa, numa discoteca, na porta de um botequim assando uma carninha na brasa e tocando um som com os amigos. Para outros, o sofá e a televisão, umas latinhas de cerveja. Muitos preferem passar duas horas num engarrafamento para ir à praia. Tudo isso, é claro, regado com algum sexo, muita alegria, e a sensação de que não há entrave para nada, que somos poderosos para fazer tudo, ao menos durante algumas horas, até que o monstro da segunda-feira volte a rosnar nos obrigando a retomar a vida maçante do trabalho. Vejam que não trato aqui do descanso merecido e legítimo, mas da busca de uma liberdade total que é mais um posicionamento cultural – melhor seria dizer espiritual: não enquanto coisa religiosa propriamente, mas enquanto coisa do espírito humano.
Quando se trata das crianças, já de há muito que é assim. Não se pode mais imaginar um adolescente que ame o seu estudo, como aquela obrigação amorosa que o eleva e o forma no saber. Nem se pode dizer que é culpa deles, pois há décadas que o estudo é sinônimo de dinheiro. Eles se arrastam até uma faculdade e são precipitados no liquidificador do que se chama “mercado de trabalho” onde brilha a purpurina de um futuro paradisíaco do dinheiro que tudo compra. Eles também, pobres crianças, só pensam na sexta-feira e nas férias. Depois, é a praia, as festinhas, a liberdade. Daí a grande revolta típica do nosso mundo “evoluido” quando os pais procuram orientar seus filhos em alguma atividade formadora, cultural ou religiosa. Eles encaram esta tentativa como o grande obstáculo à sua liberdade e já não temem mais enfrentar os pais e lhes jogar em rosto uma série de insultos. Continuar lendo
FELICIDADE DOS RELIGIOSOS EM MORAREM JUNTO COM JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
O GRANDE SEGREDO DA MORTE
FINS DA ORAÇÃO MENTAL
A LIBERDADE RELIGIOSA: ATEÍSMO POLÍTICO
Sermão porferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, do Priorado de São Pio X, Lisboa, Portugal, por ocasião da Festa de Cristo Rei, 25/10/2020
O PECADOR DESONRA A DEUS
GRANDEZA DA MISERICÓRDIA DE MARIA SANTÍSSIMA
QUARTA PALAVRA DE JESUS CRISTO NA CRUZ
OS MILAGRES
Sermão proferido pelo Revmo. Pe. Carlos Mestre, do Priorado de São Pio X, Lisboa, Portugal, por ocasião do 20º Domingo depois de Pentecostes, 2020
JESUS NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO, NOSSO BOM PASTOR
A PERDA DA SALVAÇÃO É UM MAL SEM REMÉDIO
A PROPÓSITO DE SÃO VICENTE DE LÉRINS
Fonte: Courrier de Rome n.º 308, Fevereiro de 2008 – Tradução: Dominus Est
Pe. Jean-Michel Gleize, FSSPX
Em obra recentemente publicada em março de 2007, o Padre Bernard Lucien dedica seis estudos à questão da autoridade do Magistério e da infalibilidade. O último desses estudos é o assunto de um capítulo 6 até então inédito, visto que os cinco estudos anteriores são uma reapresentação de artigos já publicados na revista Sedes sapientiae. Entre outras coisas, ele diz: «O que sustentamos aqui, e que diversos autores “tradicionalistas” negam, é que a infalibilidade do Magistério ordinário universal respalda a afirmação central de Dignitatis humanae, afirmação essa contida no primeiro parágrafo de DH, 2 e que aqui lembramos: “Este Concílio Vaticano declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta liberdade consiste no seguinte: todos os homens devem estar livres de coação, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites. Declara, além disso, que o direito à liberdade religiosa se funda realmente na própria dignidade da pessoa humana, como a palavra revelada de Deus e a própria razão a dão a conhecer”»[1].
1) Liberdade religiosa: um ensinamento infalível do Magistério ordinário universal?
O Pe. Lucien afirma ali que o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre a liberdade religiosa é um ensinamento infalível porque equivale a um ensinamento do Magistério ordinário universal.
Sabemos que o Papa pode exercer o Magistério de maneira infalível e que o faz ora sozinho ora junto dos bispos. Essa infalibilidade é uma propriedade que diz respeito precisamente a um certo exercício da autoridade. Pode-se assim distinguir três circunstâncias únicas nas quais a autoridade suprema goza de infalibilidade. Há o ato da pessoa física do Papa que fala sozinho ex cathedra; há o ato da pessoa moral do Concílio ecumênico, que é a reunião física do Papa e dos bispos; há o conjunto dos atos, unânimes e simultâneos, que emanam de todos os pastores da Igreja, o Papa e os bispos, porém dispersos e não mais reunidos. O ensinamento do Papa falando ex cathedra e aquele do Concílio ecumênico correspondem à infalibilidade do Magistério solene ou extraordinário, enquanto que o ensinamento unânime de todos os bispos dispersos, sob a autoridade do Papa, é o ensinamento do Magistério ordinário universal.
A questão do Magistério ordinário universal é abordada na constituição dogmática Dei Filius, do Concílio Vaticano I. Lá é dito que «deve-se crer com fé divina e católica todas aquelas coisas que estão contidas na Palavra de Deus, escrita ou transmitida por Tradição, e que a Igreja nos propõe, ou por definição solene, ou pelo magistério ordinário universal, a serem cridas como divinamente reveladas» (DS 3011). E na Encíclica Tuas libenter, de 21 de dezembro de 1862, o Papa Pio IX fala do «Magistério ordinário de toda a Igreja disseminada pelo orbe terrestre» (DS 2879). Na ocasião do Concílio Vaticano I, em um discurso proferido no dia 6 de abril de 1870[2], o representante oficial do Papa, Mons. Martin, dá a seguinte precisão acerca do texto de Dei Filius: «A palavra “universal” significa geralmente a mesma coisa que a palavra usada pelo Santo Padre na Encíclica Tuas libenter, a saber, o Magistério de toda a Igreja disseminada sobre a terra». Está claro, portanto, que o Magistério ordinário universal está em contraste com o Magistério do Concílio ecumênico assim como o Magistério do Papa e dos bispos dispersos está em contraste com o Magistério do Papa e dos bispos reunidos. Continuar lendo
DA MISERICÓRDIA DE DEUS
DA SOLIDÃO DO CORAÇÃO
XX DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES: O FILHO DO REGULO E AS UTILIDADES DAS DOENÇAS
17 DE OUTUBRO: FESTA DE SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est
Nascida em 22 de julho de 1647 em Verosvres, na diocese de Autun (França), Marguerite-Marie Alacoque (Margarida Maria Alacoque) se dedicou a Cristo desde muito jovem. Na verdade, tinha apenas 5 anos quando, ao ouvir falar dos votos religiosos de sua madrinha, ofereceu-se pronunciando estas palavras que ficarão gravadas na sua memória e que ela repetirá posteriormente: “Ó meu Deus, eu Vos consagro a minha pureza e Vos faço voto de castidade perpétua ”.
Aos 13 anos, acamada por vários anos devido a uma paralisia, foi milagrosamente curada pela Virgem logo após a promessa de consagrar-se a Deus pela vida religiosa. Depois de muitas vicissitudes e assédios sofridos por parte de familiares, ela entrou em 25 de maio de 1671, aos 23 anos, na Ordem das Visitandinas de Paray-le-Monial, na Borgonha.
Escolhida por Nosso Senhor para ser a mensageira do Seu amor misericordioso, ela recebeu 3 grandes revelações que estão na origem da devoção ao Sagrado Coração.
A mais importante é o de junho de 1675, onde Cristo lhe mostrou o seu Coração, dizendo: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia.”
Cristo pede o estabelecimento de uma festa particular para honrar o Seu Coração, comungando e fazendo reparações através de pedidos de perdão. Em troca, explica à sua confidente: “Prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino amor sobre os que tributem essa divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada.”
Tornada mestra de noviças, Santa Margarida-Maria se esforça para difundir o amor do Sagrado Coração nas almas que lhe foram confiadas. Ela morreu piedosamente em 17 de outubro de 1690, aos 43 anos, pronunciando o nome de Jesus.
Levará mais de um século até que, em 1824, a Igreja a declare venerável, e mais quarenta anos até que seja beatificada pelo Papa Pio IX, em 1864, ano do Syllabus . Ela foi canonizada em 13 de maio de 1920 pelo Papa Bento XV.
Oração após a comunhão: “Tendo participado dos mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, possamos nós, Senhor Jesus, pela intercessão da bem-aventurada virgem Margarida Maria, despojar-nos das soberbas vaidades do mundo e revestir-nos da mansidão e da humildade do vosso Coração.”
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Abaixo alguns links sobre o Sagrado Coração:
- O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
- EXORTAÇÃO À PRÁTICA MAIS PURA E MAIS EXTENSA DO CULTO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
- AS PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
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Na Igreja da FSSPX em Oensingen (Suiça) está o altar original de Paray-le-Monial, construído após a morte de Sta. Margarita Maria Alacoque, e sob o qual seu corpo foi mantido até que o altar fosse substituído pelo atual.