A BOA CORREÇÃO – PARTE 2

Resultado de imagem para correção filhos7.º) Oportuna

Há tempo de calar, e tempo de falar“, lembra-nos a Bíblia (Ecle 3,7). Como a semente, que parte de nossa mão e se realiza no seio da terra, assim a correção é, o mais das vezes, de iniciativa nossa, mas se completa no educando, por obra sua. E como a semente não pode ser plantada em qualquer época, porque “há tempo de plantar, e tempo de colher” (ibd. v.2.), também a correção há de aguardar o momento oportuno. Só a propomos (ou impomos), na esperança de êxito. E este depende do acolhimento que só pode ser favorável, se as circunstâncias também o forem.

Na hora da zanga – a tendência é mais para repelir que para aceitar qualquer sugestão de emenda. Em presença de pessoas estranhas, de colegas e mesmo de irmãos, quando implica humilhação, também não será nem aceita. Espera-se que a tormenta passe, aborda-se o educando a sós, e, na calma de lado a lado, propõe-se a desejada medida.

As mães cristãs têm excelente oportunidade quando, depois da oração da noite, vão ver se os filhos estão bem acomodados no leito. Falando em voz mansa e amorosa, sentada à beira da cama, é muito difícil não ser a mãe bem acolhida.

Aguarde-se, pois, o momento oportuno.

Tratando-se de crianças pequenas, não convém protelar muito a correção. Elas esquecem facilmente que cometeram a falta, não estabelecem a necessária ligação entre o erro e a emenda, podem achar injustas as medidas impostas, e então o efeito será contrário.

Em fase desses perigos, podemos recorrer às práticas corretivas sem aludir aos fatos “esquecidos”, alcançando os mesmos resultados, sem as contra-indicações. Continuar lendo

A BOA CORREÇÃO – PARTE 1

Resultado de imagem para corrigir filhosAlém de conhecerem os filhos, devem os pais saber como agir, a fim de alcançarem os desejados efeitos. Não bastam boas intenções. A correção tem normas e técnicas. Sem isto, poderá ser contraproducente. Vejamos qual deve ser a boa correção.

1.º) Rara

O educador deve ver tudo, dissimular muito, corrigir quando necessário.

– Ver tudo, para conhecer bem a crianças, não se deixar surpreender, nem passar por tolo aos olhos das próprias crianças.

– Dissimular muito, porque muitas faltas não têm realmente importância, umas são próprias da idade e passam com ela, outras as próprias crianças notam e, quando estão sendo educadas, tratam de emendar por si.

– Corrigir quando necessário, porque a correção demasiada é prejudicial à educação. Quando muito freqüente, ela:

* perde o salutar efeito de inspirar desgosto à falta cometida, com o conseqüente desejo de emenda;

* enfraquece a autoridade do educador, ao invés de reforçá-la, como o faz, desde que seja rara;

* insensibiliza a criança, que já não acode às advertências, pela própria impossibilidade de fazê-lo;

* pode mesmo ser contraproducente, tornando-se irritante – e nas poucas recomendações que fez São Paulo sobre a educação dos filhos pediu que não os irritassem (Ef. 5,4).
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ECONOMIA, PARA AS DONZELAS CRISTÃS

Resultado de imagem para donzela cristãO ouro e os bens temporais, principalmente, têm sem dúvida a sua grande importância para cada indivíduo, para a família e para a vida social. Se o cristão, antes de mais nada, deve dirigir seus cuidados para a consecução dos bens celestes, não pode, todavia, mostrar-se indiferente aos bens terrenos e temporais.

Há de esforçar-se por adquiri-los pelo emprego de meios lícitos e de maneira justa, deve sobretudo usar deles conscienciosamente, e de acordo com a vontade de Deus. Não pode, portanto, dissipá-los; cumpre que os empregue com economia.

Sobre a economia desejo agora dar-te uma breve instrução.

1º – A religião cristã exige de ti a economia.

A economia pertence ao número das virtudes que são mais desprezadas e criticadas. Quem não sabe distinguir devidamente a sua renda e as suas despesas e por isso nunca “chega a um ramo verde” (como dizem os alemães), é precisamente o que murmura da economia daqueles que a aconselham e os difama como sovinas. Eis porque não raro acontece que a gente se envergonha da economia e procura escondê-la quanto possível aos olhos do mundo. No entanto, ela merece, como as outras virtudes, todo apreço e cumpriria que a praticassem fiel e retamente todos os cristãos. Sim, mesmo os ricos, até os milionários, devem ser econômicos, naturalmente de maneira diversa da dos burgueses comuns.

O Cristianismo exige de todos nós uma sensata economia. Diz-nos que Deus é o altíssimo Senhor e Proprietário dos nossos bens terrenos, dos quais só nos confiou o uso e administração. Nesta administração e neste uso devemos acomodar-nos à sua vontade infinitamente santa e sábia, que sem dúvida reprova uma dissipação leviana e insensata dos mesmos bens, e que será denunciada, perante o Seu divino tribunal. Eis porque prescreve a Sagrada Escritura: “Tudo quanto entregares conta e pesa: e tudo anota do que deres e receberes”. (Ecli. 12,7). E assim nos exorta outro passo: “No tempo da abundância, lembra-te da pobreza, e das necessidades da indigência no dia das riquezas”. (Ecli. 18,25). Continuar lendo

NÃO CHORES, MINHA MÃE

estaCarlos, menino muito devoto de Nossa Senhora, caiu gravemente doente. Seus pais, sumamente aflitos e angustiados, levaram-no ao hospital. Chegaram os médicos, examinaram o enfermo e disseram:

– É preciso operá-lo; seu estado é grave.

Fizeram-se os preparativos e o enfermeiro já estava pronto para dar-lhe clorofórmio, que é um líquido que faz o doente adormecer e ficar insensível às dores da operação, quando ele começou a falar:

– Não, respondeu, não quero clorofórmio; garanto-lhes que ficarei quietinho. E dirigindo-se à mãe, que estava do lado, disse:

– Mamãe, dá-me o crucifixo; quero sofrer por Jesus.

Durante toda a operação não se queixou nem chorou, mas oferecia a Deus as suas dores, com os olhos fixos no Crucifixo. Os médicos ficaram admirados de ver tanto valor e coragem num menino.

Desde aquele dia não pôde articular palavra; fazia-se entender por escrito.

Seu professor, um Irmão Marista, deu-lhe uma estampa de Nossa Senhora com uma inscrição que dizia: ”Quem me ama siga-me”.

E Carlos, considerando como dirigido a si aquele convite da Mãe de Deus, escreveu: – Mamãe, eu amo muito a Nossa Senhora e quero segui-la.

E como a mãe se pusesse a chorar, Carlos continuou escrevendo:

– Não chores, minha mãe; vou para o céu, onde rezarei por ti e por papai e estarei em companhia de Nossa Senhora; dá-me um abraço.

Depois de abraçar sua mãe, a quem muito amava, Carlos fixou com ternura a imagem de Maria, beijou-a e expirou.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

AMOR A ORDEM E A PONTUALIDADE

Resultado de imagem para donzela cristãDeus confiou à mulher um encargo duplamente importante: santificar a família por sua vida e trabalhos, e dar aos filhos primeira educação. Cumpra ela, conscienciosamente, esse dever, e grande cópia de graças fará fluir sobre a humanidade. Para torná-la apta à sua missão, comunicou-lhe o Criador, a par de outros dons, o amor à ordem e a atenção às coisas pequenas. Exercitar retamente este amor à ordem é, portanto, um dever que Deus exigirá, principalmente dela.

A ordem agrada. Agrada, principalmente, a Deus, Deus ama a ordem, porque Ele mesmo é ordem, a mais maravilhosa e a mais amável harmonia. Unem-se nEle as três Pessoas, numa perfeita unidade de substância; nEle estão todos os atributos em perfeita consonância entre si – a justiça com a misericórdia, a onipotência com a bondade, a majestade com a assombrosa singeleza de Seu amor; todos os Seus atributos infinitos forma a unidade absolutamente perfeita do Seu Ser, numa ordem e harmonia inconcebíveis. Não há nEle a menor sombra de desordem ou dissonância.

Deus ama a ordem. Eis porque comunicou à Sua obra (a natureza) uma ordem admirável. Com quanta precisão os inumeráveis corpos celestes executam as órbitas que o Senhor lhes traçou! Que ordem surpreendente as manifesta na criação das mais pequeninas plantas e dos mais insignificantes insetos, que nós podemos examinar suficientemente apenas com o microscópio! E não estabeleceu também na Sua Igreja, uma ordem santa, uma hierarquia, por meio da qual todos os seus membros, desde o Papa até o último dos fiéis, uns a outros se ligam numa grandiosa e estupenda unidade? Suprima-se esta ordem santa, e dentro em breve perderá a Igreja sua unidade e sua força, e o Reino de Jesus Cristo se malogrará, suas partes dispersarão como o vento que espalha em todas as direções a pedra moída e reduzida a pó.

Assim como Deus ama a ordem, também tu deves ter sempre em vista um método em tua vida e nos teus trabalhos, seguindo assim a admoestação do Apóstolo dos gentios: “Faça-se tudo decentemente e com ordem”. (I Cor. 14,40).

A ordem agrada também aos homens.

Quando entramos num jardim e encontramos tudo bem ordenado, as plantas tratadas com cuidado, as árvores dispostas com perícia e inteligência, ordem e proporção, no desenho dos caminhos, dos canteiros e divisões, imediatamente e desde o primeiro aspecto sentimo-nos cheios de alegria e satisfação, e esta alegria ainda sobe de ponto à medida que dirigimos nossa atenção, para cada coisa em particular. Continuar lendo

FORMAÇÕES DA FSSPX EM JULHO

O TRABALHO

Resultado de imagem para mulher do lar“Ora et labora – Reza e trabalha!” Era esta a divisa usada por uma antiga Ordem. Quanto mais fielmente os membros daquela Ordem se apegavam a esta divisa, tanto melhor se tornava para a sua virtude e perfeição, para a sua alegria e felicidade, para o bom êxito e prosperidade de seu trabalho. Mas, isto que com proveito se aplica aos habitantes do claustro, tem também a sua repercussão para as pessoas do mundo, e para estas, talvez, com mais vantagens do que para as primeiras. Como já incuti em teu coração o amor à oração, quero agora recomendar-te o trabalho.

1º- Trabalha com fidelidade e diligência; pois o trabalho é um dever.

Já no paraíso o homem devia trabalhar, segundo a vontade de Deus. Está escrito no Gênesis (2,15): Deus, o Senhor, tomou o homem e o colocou no paraíso, para que ele o cultivasse. Aliás, o trabalho, era para o homem uma distração doce e suave. Depois da queda, Deus renovou a ordem, o preceito do trabalho. Dirigindo-se a Adão, que representava toda a humanidade, disse: Comerás o pão no suor da tua face, até que tornes a terra, donde foste tirado. (Gênesis 3, 19). Homem algum está isento da lei do trabalho, nem o rico, nem pobre, nem o rei, nem a mocidade (esta principalmente) que é a primavera da vida, o tempo da semeadura.

Na mocidade é que se deve preparar a terra, para que há seu tempo, se logre colher, com abundância: a mocidade é a quadra em que se deve cuidar da árvore, para que mais tarde não produza frutos amargos, insípidos e envenenados. Na mocidade é que se hão de aprender os meios de ganhar a vida e sustentar-se na idade futura. Se a mocidade transcorre-se na vadiagem, então está perdida, e esta perda é, na maioria dos casos irreparável, irremediável. De modo que, justamente para ti, na tua mocidade, a obrigação de trabalhar é muito séria e importante, e deverás cumpri-la conscienciosamente.

Trabalha com fidelidade e diligência, pois o trabalho é uma honra. Não é de fato uma honra o tornar-se semelhante ao divino Salvador, trabalhar, como Ele o fez? Como Jesus trabalhava com diligência e boa vontade! Na oficina de Nazaré, no decorrer de muitos anos, dia a dia, o suor Lhe gotejou de face, quando com a enxó na mão, desbastava a madeira. Continuar lendo

DO CATECISMO

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosQuando a inteligência da criança está desen­volvida, o sacerdote encarrega-se de completar, pelo catecismo, a educação religiosa. As mulheres verdadeiramente cristãs dão-se por felizes, vendo ter­minar a sua obra, por um mestre mais hábil e mais experimentado que elas. As mães, que pelo con­trário, deixaram os seus filhos submersos na igno­rância das coisas mais necessárias, são as que menos empenho mostram, em lhes fazer seguir as instruções familiares do catecismo. É todavia para toda a mãe, e principalmente para uma mãe negligente, uma obrigação rigorosa mandar ao catecismo os seus filhinhos. E que pretextos plausíveis poderão alegar, para deixarem de cum­prir este imperioso dever? Precisais do vosso filho? Não importa. Sois pobre e é preciso que ele tra­balhe para ganhar o pão de cada dia? Não importa também. Em qualquer dos casos, deveis mandá-lo ensinar, e reservar-lhe alguns instantes para isso. Tendo obrigação de prover às necessidades do seu corpo, porque haveis de desprezar o cuidado da sua alma, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo? Uma mãe que tem fé sincera, encontra sempre tempo para mandar um filho ao catecismo e ao trabalho.

«O catecismo não é só a instrução; é, segundo o pensamento do ilustre bispo de Orleans, a educação religiosa do homem, durante os anos da sua infância e da sua mocidade; e ensinar o catecismo, não é só ensinar às crianças o cristianismo, é educá-las no cristianismo.» E nunca a criança teve mais imperiosa necessidade das exortações paternas, do pastor ou do sacerdote, do que depois da sua primeira comu­nhão. Para convencer as nossas leitoras, basta que leiam o seguinte trecho extraído dum breve de Sua Santidade Pio IX a Mgr. Dupanloup.

«Por mais perfeito que fosse o ensino feito à criança, dos elementos da doutrina cristã e das máximas de piedade, se mais tarde, quando os «sentidos fazem sentir o seu império, os negócios temporais a sua tirania, os erros o seu sopro funesto, não vierem novos ensinos confirmar essas crianças nos seus bons princípios, formá-las na «prática das virtudes, inspirar-lhes o amor do que aprenderam, só a custo se pode esperar algum bom «resultado dos primeiros trabalhos, de que todo o fruto será perdido… Exortamos todos aqueles a «quem está confiado o cuidado dos povos, a que não se contentem em lançar as sementes da fé e «das virtudes na alma das crianças, mas em cultivar, tanto quanto possível, esses germens nos adolescentes, e nas crianças.» Continuar lendo

DONS DO CORAÇÃO

Resultado de imagem para imaculado coraçãoA castidade das jovens é de capital importância para a conservação dos bons costumes na sociedade. Se as moças guardarem, rigorosamente no trajar e em todo o proceder, decoro e modéstia, será este o melhor impulso para a moralidade. Sendo, portanto a pureza de coração do sexo feminino de tamanha importância para a moralização da sociedade, deverás gravar bem, no espírito e no coração, e seguir fielmente as normas expostas neste capítulo.

Tem sempre, em alta estima e grande amor, a castidade; pois ela comunicará à tua alma, antes de tudo, particular beleza e graça. “É, sem dúvida a castidade – como diz São Cipriano – a mais formosa flor no jardim da Igreja, o ornamento da beleza, o encanto da graça e a característica da virgem cristã. É por ela que se produzem, na Igreja, os mais deliciosos frutos, e quanto maior for o número das donzelas puras, tanto mais crescerá a alegria desta mãe espiritual”.

São Francisco de Sales escreve: “A castidade é o lírio entre as virtudes; torna os homens semelhantes aos anjos. Nada há belo que não seja puro, e a beleza do homem é a castidade”.

Muitas vezes nas agradáveis manhãs primaveris és arrebatada pelos encantos da natureza. Para onde quer que teus olhos se dirijam, alegram-se com a vida mais luxuriante; montes e vales atapetados de relva fresca banhadas pelos raios dourados do sol. A pomposa florescência das árvores de cujos galhos, cantores alados lançam no espaço, suas canções argentinas. Milhares e milhares de flores abrem as mimosas corolas, exalando suave perfume. Sim, magnífica e admirável é a terra, com seu ornato da primavera.

No entanto muito mais, bela e mais formosa é a alma juvenil que se apresenta pura aos olhos perscrutadores de Deus, não profanada pelo sopro do pecado, espargindo os fúlgidos raios da graça santificante. É tão bela, que os anjos do céu, com grande prazer, a contemplam, e o próprio Deus que com sua bondade onipotente, criou tudo o que há de belo, no céu e na terra, como que encantado com sua magnificência, exclama: “Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Oh! Quão formosa é a geração casta com seu brilho! Imortal é a sua memória e é louvada diante de Deus e diante dos homens” (Sab, 4.1). Continuar lendo

USURPADORAS DE AUTORIDADE

Resultado de imagem para casal catolico– Escute, meu bem: eu obedecerei a você, unicamente, nas coisas que forem razoáveis e aprovadas por Deus…. – Assim me dizia minha ilustre esposa. Mas porque, ao mesmo tempo, se julgava árbitra do que era razoável e permitido por Deus, ficou minha autoridade reduzida a figura de retórica. De resto, porém, tenho uma mulherzinha adorável. Assim vem classificada por um marido a usurpadora da autoridade na família.

De fato, esta senhora achou uma boa saída para seguir a própria cabeça. Digamos, porém, que o fez para seu juízo e desdouro da sujeição cristã na família. Se os filhos a imitassem, ela veria a autoridade materna reduzida a zero. Será, por ventura, o marido incapaz de saber o que é razoável e lícito aos olhos de Deus?

Outra sorte de esposas há que usurpam a autoridade à força de meiguices e carinhos e até de caretas. Desarmam proibições, arrancam licenças, impedem ordens, porque o esposo se vende por pouca coisa.Essa abdicação feita pelo marido deixa a família à mercê de muita coisa incoveniente. Não faltam as que, de armas na mão, conquistam a autoridade. Para cada exercício de autoridade travam uma escaramuça, discutem, tomam ares de vítima, alegam a independência de outras, têm crises de nervos. Desejoso de se ver livre desses conflitos permanentes, o marido renuncia ao mando, fonte de discórdia. Prefere fechar os olhos e deixar a revoltosa seguir seus caminhos e por eles levar os filhos. Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 2

Imagem relacionadaEu creio: isto é, estou firmemente convencido das ver­dades que vou professar. Estou certo de que não erro, cren­do-as, porque me foram ensinadas por Jesus Cristo, o Filho de Deus, que não pode enganar-Se, nem enganar-nos; por­que a razão nos faz compreender, e o próprio Deus nos ensi­nou, que é a perfeição infinita. Estas verdades foram depois ensinadas pelos apóstolos, os amigos de Jesus Cristo, que receberam de Deus o privilégio de não poderem nem enganar-se, nem enganar os homens, privilégio de que goza hoje, e de que gozará até à consumação dos séculos a santa Igreja Romana, isto é o Papa, e os Bispos conjuntamente com ele, porque Jesus Cristo prometeu estar com eles até ao fim do mundo, afim de os preservar de todo o erro. 

A divindade de Jesus Cristo, e da Sua Igreja, têm afinal sido demons­tradas pelos maiores milagres, atestados pela história mais certa, e tem convertido os maiores incrédulos; também todos os apóstolos e os santos mártires acreditaram e acreditam o que Deus revelou e a Igreja ensina.

Creio em Deus: isto é, estou certo que Deus existe, que há um só Deus, e que este Deus é o fim de toda a criatura.

Creio em Deus Padre, a primeira pessoa da Santíssima Trindade. O Seu poder não tem limites. Fez do nada, por Sua única vontade, o Céu, a terra, e tudo quanto existe.

Creio em Jesus Cristo, como creio em Deus Padre. Creio que é Filho verdadeiro de Deus, a segunda pessoa da adorá­vel Trindade, o mesmo Deus que o Pai. É o nosso soberano Senhor, e o Seu poder estende-se sobre todas as criaturas.

Sei e creio que o mesmo Filho de Deus Se fez homem, tomou um corpo e uma alma como nós, sem deixar de ser Deus. Não nasceu à maneira dos outros homens, porque não teve, como homem, pai verdadeiro. Por obra do Espírito Santo, o Seu corpo foi formado no seio de Maria, a mais pura das virgens, que o deu à luz, sem dor, duma forma mila­grosa. Continuar lendo

DUAS VERDADES QUE SE DEVEM ENSINAR ÀS CRIANÇAS – PARTE 1

Resultado de imagem para mãe filhos catolicosDar à criança a instrução religiosa, é no sentido lato que damos a esta palavra: 1.° instruir ou fazer instruir essa criança nas verdades, que todo o cristão deve saber e acreditar; 2.° exercitá-la na prática das virtudes cristãs; 3.° formá-la para usar dos meios de salvação com que Jesus Cristo engradeceu a Sua Igreja.

Entre as verdades da nossa augusta religião, há algumas, cujo conhecimento é tão necessário, que é absolutamente impossível a qualquer homem, que tem uso de razão, ser salvo, ignorando-as. Estas ver­dades são: em primeiro lugar a existência de um Deus, que recompensa os bons, deixando-Se ver, e possuir por sua alma, tal qual é; e que castiga os maus, governando tudo por Sua Providência; e de­pois, segundo a opinião mais provável dos doutores, os mistérios da Santíssima Trindade de um só Deus, em três Pessoas; da Encarnação ou do Filho de Deus feito homem; da Redenção, ou de Jesus Cristo morto na cruz, para resgatar todos os homens. Todos devem saber também a necessidade da graça e da oração, e a imortalidade da alma.

Estas primeiras verdades devem ser ensinadas à criança logo após as primeiras manifestações da sua inteligência; porque, ai dela, se, tendo já uso de razão, viesse a morrer, antes de ter adquirido estes conhecimentos, tão necessários à salvação! Ah! quantas crianças, por culpa de suas mães, che­gam aos sete anos, e mesmo até mais tarde, sem saberem os principais mistérios da fé, e sem conhe­cerem, por conseguinte, a grande misericórdia que Deus testemunhou aos homens, enviando-lhes o Seu divino Filho, para os resgatar, por Seus sofrimentos, morte e paixão! Pobres crianças! No momento em que estas grandes verdades se imprimiriam profun­damente no seu espírito, e no sou coração, são con­denadas a ignorá-las, enquanto que tudo o que as cerca, conspira a ensinar-lhes o mal.

Não será inútil traçar aos nossos leitores um método fácil de ensinar às crianças a doutrina cristã. Continuar lendo

A SANTIDADE DA IGREJA

Fonte: FSSPX Sudamerica – Tradução: Dominus Est

Perante o aumento da criminalidade entre os jovens, os juízes tendem a condenar os pais…É razoável? Muitas vezes, sim, mas razoável é julgar sempre em cada caso quem e até que ponto são culpados.

É da responsabilidade dos pais, mas também do jovem, da escola, da rua. Se os pais e a escola fizeram o possível e o jovem se corrompe pelo que encontra na rua, a culpa poderia ser do presidente.

Mas não se pode acusar de forma rápida, pois também há de se julgar -de cima para baixo- quem cumpriu mal sua função: se o presidente ou o governador, o prefeito, a polícia ou simplesmente o vizinho desonesto. E se a culpa é do presidente, a pátria é culpada? Talvez sim, talvez não; não seria se o governante agiu contra as leis e costumes e do consentimento geral.

Suponhamos um caso em que a culpa era do jovem, mas houve negligência do governador. Quem pode, então, pedir perdão? Evidentemente, se perdoa os culpados e não aqueles que não são; e podem aqueles pedir perdão sob duas condições: mostrar sincero arrependimento e oferecer a devida reparação, pois são metafisicamente incapazes do perdão as más vontades.

Mas também podem pedir perdão – ainda de modo e razão muito diferente – os ofendidos: os pais ou o presidente; e fazem com mais argumento, porque merece mais ser ouvido pela nação e por Deus o pedido de perdão daqueles que foram capazes de perdoar os seus devedores.

Mas aqui há outra condição: que eles sejam completamente inocentes, pois bem podem pedir perdão os meritórios pais que fizeram tudo o que podiam para dar bons filhos à pátria, mas não cabe que peçam perdão por outros: o governador negligente quando tem sua parte a expiar. Continuar lendo

POBRES FILHOS DE UMA SOCIEDADE QUE JÁ NÃO RECONHECE O MAL.

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Queridos filhos,

Quero chamá-los assim, mesmo que não os conheça. Mas, nas longas horas de insônia que seguiram ao anúncio deste terrível ataque, em que muitos de vocês já morreram e muitos ficaram feridos, eu os senti ligados a mim de uma forma especial.

Vocês vieram ao mundo, muitas vezes sem ser desejados, e ninguém lhes deu as “razões adequadas para viver”, como dizia o grande Bernanos a seus contemporâneos adultos. Vocês foram entregues ao mundo sob dois grandes princípios: que podiam fazer o que quisessem, pois cada desejo de vocês é um direito; e a importância de se ter o maior número possível de bens de consumo.

Vocês cresceram assim, acreditando que tivessem tudo. E quando vocês tinham algum problema existencial – antigamente se dizia assim – e o comunicavam aos seus pais, aos seus “adultos”, logo tratavam de agendar um psicanalista para resolver o problema. Eles só se esqueciam de dizer a vocês que existia o Mal. E o Mal é uma pessoa, não um conjunto de forças e energias. É uma pessoa. Esta pessoa estava escondida ali, durante o concerto. E a terrível asa da morte, que a acompanha, se apoderou de vocês.

Meus filhos, vocês morreram assim, quase sem razões, do mesmo jeito como viveram. Não se preocupem, afinal ninguém os ajudou a viver; mas farão certamente um belo funeral, no qual se expressará ao máximo esta oca retórica laicista, com todas as autoridades  presentes – incluindo, infelizmente, até os religiosos –, todos de pé, em silêncio. Naturalmente, será um funeral em espaço aberto, mesmo para os que tem fé, já que hoje em dia o único templo é a natureza.

Robespierre riria de tudo isso, pois nem mesmo ele teve essa fantasia. Aliás, nas igrejas não se fazem mais funerais, pois, como diz agudamente o cardeal Roberto Sarah, agora nas igrejas católicas só se celebram os funerais de Deus. Os “adultos” não se esquecerão de colocar nas calçadas os seus bichinhos de pelúcia, as memórias de sua infância, de sua primeira juventude. E depois tudo será arquivado na retórica daqueles que não têm nada a dizer sobre tragédias, pois nada tem nada a dizer sobre a vida.

Espero que, nesse momento, pelo menos alguns destes gurus – culturais, políticos e religiosos – contenham as palavras e não nos atropelem com os discursos habituais,  dizendo que “não se trata de uma guerra de religião”, que “a religião é, por natureza, aberta ao diálogo e à compreensão”. Espero que haja um instante silencioso de respeito. Antes de tudo, pelas suas vidas, ceifadas pelo ódio do demônio, mas também pela verdade. Pois os “adultos” deviam, antes de tudo, ter respeito pela verdade. Podem não servi-la, mas devem ter respeito por ela.

Seja como for, eu que sou um velho bispo que ainda crê em Deus, em Cristo e na Igreja, vou celebrar a missa por todos vocês no dia do seu enterro, para que do outro lado – quaisquer que tenham sido suas práticas religiosas – vocês  encontrem o rosto querido de Nossa Senhora, e que, apertando vocês em seu abraço, os console desta vida desperdiçada, não por culpa de vocês, mas por culpa dos seus “adultos”.

(Dom Luigi Negri é arcebispo de Ferrara, Itália. Texto publicado no dia 23 de maio de 2017, no jornal italiano Nova Bússola Cotidiana, a propósito do ato terrorista ocorrido na véspera, na Inglaterra)

Fonte: Opus Mater Dei

DO ESGOTO DO MUNDO À SALVAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS

abcDom Lourenço Fleichman OSB

O que me leva a escrever hoje é a constatação, cada dia mais evidente, da dificuldade que as famílias católicas têm para viver neste mundo enlouquecido e transviado. O espetáculo que estamos assistindo, e que não se limita ao carnaval, mas ao ano todo, e a todos os anos, é de meter medo. Nossas famílias, nossas melhores famílias, não conseguem se isentar deste mundo. Todos pactuam  com práticas diversas de destruição do que resta de decência e de família. Digo “família” porque já não há mais nada de sociedade a ser preservado, já não temos mais o que defender! Tudo está destruído. Mas talvez ainda possamos lutar dentro de nossas famílias, ou dentro de nossos corações.

Ora, é justamente esta constatação da destruição de todas as realidades sadias da  antiga sociedade que explica a dificuldade das pessoas em não se contaminar.  Explico.

Dentro de uma sociedade em vias de corrupção, as pessoas teriam de sair de casa tomando certos cuidados para não serem contaminadas: cuidados com os outdoors, com as bancas de jornal, com o convívio no trabalho, e até mesmo com  os assaltos na rua. Dentro de suas casas, haveria necessidade de lutar constantemente contra os programas de televisão, tomar cuidado com o tipo de gibi ou de video-game que compra para os filhos. Dentro de uma sociedade assim, indiferente a Deus e apóstata da Santa Religião Católica, os pais de família teriam de trazer para seus filhos um bom catecismo, uma Capela onde se celebre a Santa Missa Tridentina, onde o catecismo fosse ensinado segundo a doutrina de sempre da Igreja.

Mas não é numa sociedade em vias de decadência, que nós vivemos. E é nesse ponto que se encontra o erro de tantos pais. Ao achar que a questão é de grau de corrupção, eles procuram defender  suas famílias sem no entanto tirá-las do ambiente em que estão sendo corrompidas.

Vejam bem o que quero dizer: nossa sociedade já não tem mais nada que mereça a nossa atenção. Os valores em voga nessa sociedade formam um esgoto nojento e fedorento que emporcalha tudo e todos. Não há como escapar! Você sai na rua, você vai ao médico, você compra um jornal, você é engenheiro, ou advogado, ou motorista de ônibus, o que seja, o que se faça, na rua ou dentro de casa, o esgoto se espalha, contamina, agarra-se em nossas peles, transmite o seu cheiro insuportável. E é tal a realidade disso que estou dizendo, que, estando todos contaminados, estando todos sujos e fedorentos nas entranhas de nossos costumes e de nossos interesses, os homens não sentem mais o fedor de si mesmos! Todos agem,  pensam, falam, com os critérios da lama e da cloaca. Continuar lendo

O TESOURO ESCONDIDO

Resultado de imagem para violetaA violeta, flor tão apreciada e procurada, não apresenta, nas cores de suas pétalas, beleza singular que nos impressione a vista. Possui apenas uma vestimenta simples e completamente lisa. Não procura, por meio de beleza cintilante atrair sobre si os olhos dos homens, mas parece comprazer-se na sua forma pequena e pouco vistosa. Não cresce, por via de regra, nas praças públicas, onde poderia ser divisada por todos, mas de preferência em lugares escondidos, nas orlas silenciosas das matas e ao longo de cercas espinhosas; e ainda nesses lugares procura com suas folhas formar uma espécie de esconderijo, para se furtar as vistas dos transeuntes, e ocultar as suas próprias flores.

Tudo, no entanto, é em vão, pois o aroma suave a denuncia. Se alguém a descobre, não a admira, mas aprecia-a e deleita-se com sua balsâmica fragrância. Esta florzinha, pouco vistosa, mas geralmente querida, é símbolo daquela amável virtude, que tão insistentemente o Espírito Santo recomenda aos cristãos, com estas palavras: “Seja vossa modéstia conhecida de todos os homens”.(Fil., 4,5)

A humildade e a modéstia honram e ornam todos os homens, mesmo o sábio que, por sua sabedoria e seu gênio pasma o mundo; até o príncipe, que governa um grande reino. Sejam tais homens humildes e afáveis, tanto quanto lho permite a posição, e conquistarão de assalto, os corações dos seus compratiotas, granjeando por toda a parte honras e afeições entusiásticas. Mas, se a humildade convém a todo cristão, a todo homem, ela, no entanto, se ajunta principalmente aos jovens e de modo particular à donzela cristã, que deve exercitar-se na virtude, e tantas vezes há de reconhecer e dizer que é uma criatura fraca e inclinada para o mal.

Só onde se encontra a humildade, existe a verdadeira virtude; sem aquela, esta nada mais é que uma aparência vã. O rochedo que levanta orgulhoso o cabeço a uma enorme altura, lá permanece solitário e despido; em vez de reflexos dourados, não apresenta senão gelo e neve. Os campos ondulantes e auspiciosos situam-se, pelo contrário, nas planícies e partes baixas da terra. Continuar lendo

INSTRUÇÃO RELIGIOSA DOS FILHOS – SUA NECESSIDADE

Resultado de imagem para mãe ensinando filhaNada mais acrescentamos acerca da instrução intelectual, porque não é essa a que hoje mais escasseia. Os pais que a não receberam na sua mo­cidade, lamentam vivamente essa falta; os que a receberam, por sua própria experiência lhe reconhe­cem as vantagens, e todos à porfia a querem procu­rar para seus filhos.

Mas há uma outra espécie de instrução, sobre que devemos mais insistir, porque é mais necessária, e mais desprezada que a instrução intelectual: que­remos falar da instrução religiosa.

É a mãe obrigada em consciência a dar ou a mandar dar a seu filho uma instrução cristã? Não hesitamos em responder: É; é a isso obrigada, é esse um dos mais graves e dos mais sagrados dos seus deveres. Em quantas passagens dos nossos san­tos Livros, reitera Deus aos pais a ordem de instruir os seus filhos nas verdades e nas práticas da reli­gião? «Instruí vosso filho para que ele vos não leve ao desespero» está escrito no livro dos Provérbios. E noutra parte: «Instruí vosso filho, e educai-o com cuidado, afim de que vos não cubra de confusão». E ainda num outro sítio: «Instruí vossos filhos, e desde a sua mais tenra idade, vergai-o sob o jugo da lei de Deus». Os santos doutores, intérpretes da palavra divina, dizem aos pais, com S. João Crisóstomo: «Não te esforces em fazer do teu filho um sábio, mas fá-lo instruir, de forma a fazer dele um cristão. Vós sois, ó pais, os apóstolos de vossas famílias, perten­ce-vos governá-los e instruí-los». Os vossos lábios são os livros onde os vossos filhos devem encontrar o conhecimento dos seus deveres de cristãos.

«Sem a fé, disse o grande Apóstolo, é impossí­vel agradar a Deus» e, por conseguinte, sem ela, é impossível à criança viver da vida da graça. Mas como terá fé essa criança, se não foi instruída nas verdades reveladas? Além disso, a fé sem as obras, é morta, e incapaz, por conseguinte, de abrir o Céu a ninguém. É pois necessário que a criança, ao mesmo tempo que aprende as verdades da fé, seja formada na prática dos deveres, que ela impõe. Continuar lendo

CESAR NA PROCELA

Resultado de imagem para moço catolicoDurante terrível tormenta, queria Cesar atravessar o mar. Os vagalhões porém se entumeciam com tal furor que os remadores temiam. Então bradou-lhes Cesar: “Que temeis? Não vedes que Cesar está convosco?”

Caro jovem, por mais terríveis te assaltem as vagas do oceano da vida, permanecerás sereno e firme com este pensamento:”Que temes, alma? pois Deus está contigo.” A verdadeira confiança em Deus não te transforma num fatalista inerte, mas sim num operoso otimista.Esforça-te como se tudo dependesse de ti; porém ora e confia, como se tudo esperasses de Deus. Esta é a arte cristã de viver.

Certa vez medonha tempestade varria o oceano.Soberbo navio, qual casquinha de noz, era jogado ao sabor das ondas. Que desespero entre os passageiros! só um rapazinho continuava a brincar placidamente em meio à confusão geral. “Não tens medo, menino?” perguntaram-lhe. “Temer? Por quê? Meu pai está no leme!” Bela imagem do jovem religioso! Em todos os lances da adversidade, sente-se em segurança nas mãos de Deus, por saber que o Pai celeste dirige o leme de sua vida. Essa certeza lhe dá forças, incita-o à perseverança, mesmo quando, em derredor, os pusilânimes já desfaleceram.

Que mais te dá tua fé? Serenidade em face da morte. A nosso lado, alternam continuamente, começo e fim, nascimento e morte. Tremes ante essa evidência, repugna-te a destruição, o efêmero. E entretanto, a única esperança que ultrapassa até mesmo os limites da morte, é nossa fé em Deus,em Quem eternamente vivemos. Continuar lendo

NÃO OS AFASTEIS DOS SACRAMENTOS

Resultado de imagem para jovem desanimadoHavia em Tolosa (França) uma família pouco religiosa. Como o colégio dos Jesuítas era sem dúvida o melhor da cidade, os pais resolveram internar nele seu primeiro filho.

O menino, mais dado à piedade que seus pais, começou a frequentar os sacramentos e disso tirava grande proveito espiritual.

Tendo notícia desse fato, correu a mãe do menino no Diretor do colégio e disse-lhe:

– Padre, o Sr. está fazendo de meu filho um beato, um carola. Saiba que não quero que ele seja um frade ou um vigário.

Não contente com isso, e para vigiá-lo melhor, mudou-se para a cidade e pôs o filho no colégio como externo. Assim poderia impedir as comunhões frequentes.

Pobre mãe! Tinha medo que o menino se desse todo a Deus e que fosse um cristão fervoroso.

Que é, porém que aconteceu? Eis: pouco a pouco as comunhões do jovem foram sendo mais raras… até que, afinal, nem uma por ano, nem pela Páscoa… O mais se adivinha facilmente. A corrupção invadira o coração do rapaz e tomara o lugar da virtude e da piedade.

Quando o percebeu a infeliz mãe, correu alvoroçada a suplicar ao Diretor que fizesse seu filho voltar à comunhão e à moral cristã. Mas o Padre deu-lhe uma resposta:

– Minha senhora, é demasiado tarde; seu filho está perdido. Cumpri com o meu dever; era preciso que a senhora cumprisse com o seu.

E o Padre tinha razão. Não levou muito tempo o desgraçado jovem morreu consumido de vícios horrendos e vergonhosos.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

COMUNICADO DA CASA GERAL SOBRE A CARTA DA COMISSÃO ECCLESIA DEI SOBRE OS MATRIMÔNIOS NA FSSPX

Fonte: DICI – Tradução: Dominus Est

Assim como nas disposições tomadas pelo Papa Francisco, concedendo a faculdade de confessar aos sacerdotes da Fraternidade de São Pio X para o Ano Santo (1º de Setembro de 2015) e estendendo essa faculdade para além dele (20 novembro 2015), a Casa Geral informa que o Santo Padre decidiu “autorizar os Ordinários locais a conceder também as permissões para a celebração dos matrimônios a fiéis que seguem a atividade pastoral da Fraternidade” (Carta da Congregação para a Doutrina de Fé de 27 de Março de 2017, publicado em 04 de abril).

Esta decisão do Sumo Pontífice prevê que: “Na medida do possível, a delegação do Ordinário para celebrar o matrimônio será concedida a um padre da diocese (ou pelo menos um sacerdote plenamente regular) para que ele receba o consentimento dos cônjuges no rito do sacramento, que na liturgia do Vetus Ordo, se realiza no início da Santa Missa, acompanhada então da celebração da Santa Missa votiva por um sacerdote da FSSPX”.

No entanto ela também afirma que: “Em caso de impossibilidade ou inexistência de padres da diocese que possam receber o consentimento das partes, o Ordinário pode conceder diretamente as faculdades necessárias ao padre da Fraternidade que celebrará também a Santa Missa, recordando-lhe da obrigação de fazer chegar o quanto antes à Cúria diocesana, a documentação que ateste a celebração do sacramento

A Fraternidade São Pio X agradece profundamente o Santo Padre por sua solicitude pastoral, como expresso através da carta da Comissão Ecclesia Dei a fim de dissipar “as dúvidas quanto a validade do sacramento do matrimônio.” O Papa Francisco quer manifestar que, como no caso das confissões, todos os fiéis que desejam se casar na presença de um sacerdote da Sociedade de São Pio X, possam fazê-lo sem preocupação sobre a validade do sacramento. É nosso desejo que todos os bispos compartilhem a mesma solicitude pastoral.

Os sacerdotes da Fraternidade de São Pio X se empenharão fielmente, como fazem desde sua ordenação, a preparar o matrimônio aos futuros esposos, segundo a doutrina imutável de Cristo sobre a unidade e indissolubilidade desta união (cfr Mt 19, 6), antes de receber o consentimento no rito tradicional da Santa Madre Igreja.

Menzingen, 04 de abril de 2017

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Nota do blog: assim como dissemos no post da “Extensão de Francisco sobre as Confissões na FSSPX, repetimos acerca do Matrimônio: na Declaração publicada em 2015 a FSSPX reiterou de forma clara a validade e a licitude de todos seus sacramentos, visto o atual estado de necessidade na Igreja e a consequente jurisdição extraordinária, apoiada pelo próprio Código de Direito Canônico. 

O que muda com essa “concessão” de Francisco é que as confissões os matrimônios deixam seu caráter extraordinário de suplência (necessidade) e passam a ser Ordinários. Porém, na prática, isso não muda nada em relação ao período anterior à tal gesto. Se não houvesse essa “extensão”, as confissões os matrimônios continuariam sendo válidos e lícitos, porém voltando à jurisdição anterior de suplência. 

Para saber mais sobre a FSSPX, a “jurisdição” e o “estado de necessidade”, clique aqui.

ACAMPAMENTO DE MENINAS – JULHO 2017

Estão abertas as inscrições para o Acampamento da Companhia Santa Joana D’arc 2017. Todas as meninas e moças a partir de 7 até os 34 anos estão convidadas para participar ou ajudar nesses 10 dias que fazem tanto bem às almas e alegram o Imaculado Coração de Maria.
O acampamento acontecerá do dia 12 a 22 de julho de 2017, na Chácara Rosa Mística, em Mogi das Cruzes- SP. 
No dia 22 de julho teremos o encerramento com apresentação de teatro, dança, música e nosso tradicional almoço com os pais e amigos. 
Pedimos que as inscrições sejam realizadas pelo e-mail companhiasjda@gmail.com enviando nome, idade, RG da menina e cidade de origem.
Inscrições até dia 30 de junho! Sabemos que os gastos são muitos para as grandes famílias, antecipem-se, paguem parcelado. 
Pagamento:
R$ 230,00 até o dia 30 de junho;

R$ 250,00 a partir do dia 1 de julho.

Pode ser feito em até 5 parcelas de R$46 (março, abril, maio, junho, julho).
Todas são muito bem-vindas e estamos à disposição para qualquer dúvida.

MAIS DE UM MILHÃO E MEIO MARCHAM CONTRA A IDEOLOGIA DE GÊNERO NO PERU

Fonte: ACI

Sob o lema #ConMisHijosNoTeMetas (Não se meta com os meus filhos), mais de um milhão e meio de peruanos se manifestaram nas 24 regiões do Peru contra a doutrinação da ideologia de gênero de estudantes menores de idade.

No final do evento central em Lima, capital do país, os organizadores confirmaram que nos eventos realizados durante o dia nas diferentes cidades do Peru, a participação superou um milhão e meio de manifestantes. Entre os presentes, estavam os congressistas Julio Rosas, Carlos Tubino, Nelly Cuadros, Juan Carlos Gonzales, Marco Miyashiro, Roberto Vieira, Federico Pariona e Edwin Donayre.

#ConMisHijosNoTeMetas é uma campanha que responde a tentativa do governo do Peru, através do Ministério da Educação, de promover em 2017 um Currículo Nacional para crianças a partir de 0 anos, com critérios da ideologia de gênero.

Em janeiro deste ano, a Conferência Episcopal peruana assinalou que o governo “deve suspender imediatamente no novo Currículo Nacional aquelas noções provenientes da ideologia de gênero”.

Em vários pontos de Lima, capital do país, a partir das 14h (hora local) de 4 de março, grupos multitudinários se reuniram e se dirigiram à Praça San Martin, no centro da cidade. Continuar lendo

O PERIGOSÍSSIMO “ABORTODUTO” ESTÁ PRESTES A SER VOTADO. MANIFESTE-SE!

Via Fratres in Unum

O PL 7371/2014, que será votado no Plenário da Câmara na semana do dia 8 de março, tem por principal finalidade construir um gigantesco “abortoduto” internacional que financiará o treinamento e a prática do aborto nos seis mil hospitais de todo o Sistema Único de Saúde brasileiro, segundo um modelo muito bem conhecido que já foi utilizado no Uruguai, quando o aborto ainda era ilegal. No Uruguai o projeto ficou conhecido como Iniciativas Sanitárias, e consistia basicamente em uma metodologia para violar sistematicamente a lei para então modificar a lei.

Vídeo: O que eles tramam às (nem tanto) escondidas.

Agora no Brasil, o perverso objetivo se esconde por detrás da instituição de um Fundo que deverá receber recursos de organizações internacionais para combater a violência contra a mulher, todavia o texto do projeto, propositalmente, não menciona a palavra aborto, mas menciona outros documentos e leis que falam de aborto.
 

Em 2007, o Ministro da Saúde José Temporão declarou publicamente que nos hospitais brasileiros podem faltar gases eesparadrapos, mas, se o aborto for legalizado, não faltarão fundos internacionais para financiar as centenas de milhares de abortos que serão realizados.

Vídeo: A verdade sobre o PL 7371/2014

Estes fundos para o aborto chegarão rapidamente ao Brasil graças ao Projeto de Lei 7.371.

A questão é urgente, por isso pedimos a todos que alertem os deputados, através das redes sociais, telefones e e-mails, desse gravíssimo perigo e peçam que votem contra o PL7371/2014.

Não permitamos que a Terra de Santa Cruz seja manchada pelo sangue de tantos inocentes.

Deus lhes pague pelo bem que estão a fazer.

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Assine a petição no CitizenGO.

O VALOR DA COMUNHÃO

Resultado de imagem para menino comungandoa) Lê-se na biografia do Cardeal Newman um episódio edificante. Ele, antes de se tornar católico, era protestante e alto dignatário da Igreja anglicana com um vultuoso estipêndio anual, pago pelo governo inglês.

Mesmo nessa condição quis estudar as razões e fundamentos da Igreja Católica; e, conhecida a verdade, abraçou-a prontamente. Como se sabe, tornou-se um católico fervorosíssimo; preparou-se, fez-se sacerdote e foi um apóstolo da Eucaristia.

Antes da conversão procurou-o um amigo e disse-lhe:

– Pense sériamente no passo que vai dar; saiba que, fazendo-se católico, o governo não lhe dará mais nada e lhe retirará a prebenda.

Newman pôs-se em pé e exclamou com ar de desprezo:

– Que é um punhado de ouro, em confronto com uma comunhão?

E logo depois fez-se católico.

Aquelas palavras merecem ser meditadas.

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Resultado de imagem para menino comungandob) Luísa compreende o valor da comunhão. Tem apenas nove anos e não pode ir comungar senão aos domingos na missa, às dez horas. Sua mãe, temendo que ela adoeça por ter de ficar tanto tempo em jejum, proíbe-lhe a comunhão. Luísa, usando de esperteza, finge quebrar o jejum, mas durante a semana inteira, não come nem bebe antes do almoço.

– Mamãe, a Sra. me dá licença de comungar amanhã?

– Não, filhinha; a comunhão é muito tarde… você ficaria doente.

– Mas, mamãe, eu passei toda a semana em jejum até o almoço e não me sinto mal…

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

O QUARTO MANDAMENTO

Uma desordem total invadiu o nosso século. Em proporções gigantescas e com indomável força ela, dia a dia, conquista os núcleos básicos da comunidade humana.
A característica principal da forma moderna da desordem é a inversão dos valores do convívio humano, que começa cortando os laços que ligam os diversos escalões da hierarquia social e termina no desentendimento total dos homens.
 
Na família, os filhos estão surdos para o timbre da voz paterna. Os pais estupefatos temem os filhos. Temem principalmente perdê-los. Com cabisbaixa fraqueza cedem às suas imposições, para não perderem aqueles que de há muito perderam. Congrega-os o lar apenas por laços de um certo instinto gregário e os interesses monetários dos filhos. Mas o filho já é um estranho na casa.
 
Na escola, a professora condicionada por uma pedagogia que nega a tendência da criança para o mal (tendência que é um claro indício do pecado original) e o valor educativo das punições, docilmente cede a todos os caprichos infantis.
 
Nos ginásios, os adolescentes agrupados na promiscuidade da co-educação, iniciam-se nas “viagens do fumo” e dos tóxicos, preparam-se para o amor nas “inocentes” práticas sexuais, sob os olhares estimulantes e compreensivos dos orientadores educacionais.
 
Nas universidades, os representantes do mais tolo mito do século, o mito do JOVEM, elaboram os programas, impõem e depõem os mestres e dirigentes, sob o pastoral treinamento, nas universidades católicas, de sacerdotes mais imaturos que eles e que os orientam conforme a moral permissiva e a linha subversiva.

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NOVO JUDAS

meninoUm menino, chamado Fúlvio, fazia seus estudos num dos principais colégios da França. Enquanto a mãe o conservou sob suas vistas, foi o menino preservado dos graves perigos que ameaçam os pequenos; mas no colégio apegou-se Fúlvio a dois colegas maus e corrompidos com os quais vivia em estreita amizade.

Bem depressa, por causa deles, perdeu a inocência e com ela a paz do coração. Alguns livros imorais, que lhe deram os companheiros, acabaram de perdê-lo.

Aos doze anos foi admitido à primeira comunhão; infelizmente não a fez por devoção, mas apenas para obedecer à mãe, sem propósito de mudar de vida nem de abandonar as más companhias. Confessou-se sacrílegamente, calando certos pecados vergonhosos e, assim, com o demônio no coração, com o pecado mortal na alma, teve a temeridade de receber a comunhão.

Os pais, enganados pelas aparências, julgaram-no bem comportado e mandaram-no de novo ao colégio. Fúlvio, porém, por sua indisciplina e preguiça nos estudos, teve um dia de ser severamente castigado pelo diretor e encerrado por algumas horas na prisão do colégio.

Chegada a hora de o pôr em liberdade, vão ao quarto que servia de prisão e, antes de abrir a porta, escutam do lado de fora… Não ouvem nada… nenhum movimento… Bate-se à porta, e ninguém responde. Abre-se, afinal, a porta, e que é que se vê? Ai! que horror! O infeliz rapaz enforcara-se: estava morto!

Imaginem-se os gritos e gemidos no colégio.

Sobre a mesa foi encontrada uma carta, na qual estavam expressos os sentimentos de uma alma ímpia, desesperada, sacrílega.

Tal foi o fim do desditoso rapaz, vítima de maus companheiro, e que, tendo pecado como Judas, teve também a morte de Judas.

Tesouro de Exemplos – Pe. Francisco Alves

BIZARRO – RETRATO DE UM MUNDO SEM DEUS

DA HOMOFOBIA À ROBOFOBIA – A ULTIMA FRONTEIRA DA REVOLUÇÃO

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Fonte: Corrispondenza Romana – Tradução: Dominus Est

“Do casamento gay e lésbico ao “casamento robô”, passando pelo “auto-casamento””. Estes são os loucos, mas lógicos passos do atual processo de dissolução da instituição familiar, em nome do ilimitado princípio de auto-determinação individual. Se, de fato, guiamos as nossas ações e nossas escolhas por meros instintos e sentimentos de amor, sem qualquer filtro de ponderação, de razão e de bom senso, chega-se a resultados inverossímeis e surreais, pela qual cada um pretende reivindicar o direito de casar-se com quem “sente amar”, mesmo que seja, com si mesmo ou um despersonalizado e perturbador robô.

A este respeito, como dito pelo Dr. Michael Brown no charismanews, a popular revista norte-americana Good Housekeeping  publicou recentemente uma reportagem intitulada PORQUE CASEI COMIGO MESMA?

O auto-casamento é um pequeno, mas crescente movimento ao redor do mundo, que retrata a nova e incrível tendência dos “auto-casamentos.” O artigo analisa, de maneira detalhada, o pequeno mas crescente fenômeno dos “self-weddings”, contando histórias como a de Dominique, ” uma conselheira e ministra de auto-casamentos, que oferece serviços, incluindo sessões de aconselhamento e cerimônias privadas, através do seu site  Self Marriage Ceremonies (www.selfmarriageceremonies.com), operando a partir de sua casa no norte da Califórnia “.

A lista inclui de delirantes convites e auto-votos a serem pronunciados na ocasião da auto-união matrimonial, com promessas com esses conteúdos: “Eu nunca mais me deixarei”, “Prometo pedir ajuda quando estiver sofrendo“, “Prometo me olhar no espelho todos os dias e me sentir grato, “Prometo lhe dar a incrível vida que espera há tanto tempo.” Continuar lendo

ASSEIO E ARTE

Resultado de imagem para MÃE CATOLICAAgradável pelo asseio e pela arte; quente e acolhedor pelo teu devotamento; confortável pela ordem e trabalho – farás de teu lar uma – atração e uma saudade.

Não se discute que a falta de asseio desacredita uma dona de casa. Que se refira esse desasseio à casa ou à pessoa de sua dona, é a mesma coisa.

A beleza e asseio de uma casa influem sobre a moral do homem por causa de certa força secreta. Numa casa bem asseada, ordenada, inundada de luz, exercita-se a vigilância, a linguagem e os pensamentos são mais cultos, o caráter é mais alegre.

O contrário se dá em caso de desasseio. É funesta a influência que sobre a família exercem a sujeira e a desordem de uma casa. As idéias, os sentimentos, os costumes ficam num nível baixo.

Por isso, leitora, teu princípio rezará: asseio, custe o que custar. Não temas a luta com o marido e com os filhos para obrigá-los a amar e praticar o asseio. Roupas, sapatos, móveis, utensílios de cozinha, escadas, varandas, hall, jardim, quartos, salas – tudo terá o brilho da limpeza.

O cansaço imposto para manteres o asseio, em tudo e em todos, é um cansaço por Deus. É um mérito que adquires como educadora. Além disso, esse trabalho te prenderá à casa, livrando-te do ciganismo das ruas e lojas. Continuar lendo

DOS RECREIOS

Resultado de imagem para recreio criançasO trabalho e a aplicação das crianças devem ser interrompidos por meio de recreios, e animados por meio de recompensas.

Não pode o arco conservar-se sempre retezado, dizia S. João ao caçador, que parecia censurar-lhe a sua distração, quando caçava uma perdiz. Mas é principalmente às crianças que uma longa tensão de espírito é funesta ou impossível; é preciso, pois, procurar-lhes momentos de descanço, que ao mesmo tempo que recreiam o espírito, fortificam e avigoram o corpo. — «Afinal, o cuidado que se tomar em mes­clar de prazer as ocupações sérias, servirá de muito para afrouxar o ardor da mocidade pelos divertimentos perigosos. A sujeição demasiada é que ori­gina a impaciência pelos divertimentos, disse Fénelon. Se uma menina se não enfastiasse de estar junto de sua mãe, não teria tanta vontade de lhe fugir, para ir procurar companhias que lhe podem ser prejudiciais.» Todavia nada seria mais perigoso para a criança do que um descanço ocioso e sem vida; longe daí encontrar a alegria e o ardor para o estudo, apenas conseguiria ganhar costumes impróprios, e talvez mesmo viciosos. 

— «É ordinariamente um mau indício, quando uma criança não folga, ou não gosta de brincar», diz Mgr. Dupanloup. Mas um recreio bem escolhido, um exercício mode­rado do corpo aumenta a atividade do espírito, e preserva das incitações para o vício. Mas os recreios só produzem estes resultados, quando não são demasiadamente prolongados. O nosso corpo, se lhe con­cedemos algum descanso no trabalho, torna-se mais vigoroso, e mais bem disposto, enquanto que um longo descanso apenas o torna fraco e preguiçoso. O mesmo sucede ao espírito: uma curta recriação excita-o, e uma longa inação fá-lo cair no torpor. «Nos divertimentos, é conveniente evitar as socie­dades suspeitas; nada de rapazes juntos com rapa­rigas» disse sem rodeios Fénelon. Já muito tempo antes dele, dizia S. Jerônimo, escrevendo a Gaudêncio: «Não permitais que Pacatula brinque senão com meninas como ela, de forma que nunca saiba brincar com crianças doutro sexo, nem mesmo que assista aos seus divertimentos.» Como já acima dis­semos, Pacatula apenas tinha sete anos. Continuar lendo

O AUGUSTO SACRIFICIO DA MISSA

Resultado de imagem para missa véuCom muita razão diz o Pe. Martinho de Cochem: “Assim como sol sobreleva em esplendor a todos os planetas e é mais útil à terra do que todos os astros reunidos, assim também a piedosa assistência à Santa Missa sobrepuja, em merecimentos e utilidade a todas as nossas obras”.

Outro Padre afirma: “Se todas as criaturas do mundo fossem outras línguas, que louvassem e exaltassem ao Criador; se tudo quanto se acha entre o céu e a terra, desde o ser mais ínfimo até o mais elevado, apregoassem em altos sons o nome de Deus, tudo isso agradaria ao Senhor infinitamente menos do que a Hóstia consagrada, que na Santa Missa se levanta em sublime holocausto de adoração e amor”.

Jesus Cristo nos remiu sobre o Gólgota e nos mereceu todas as graças.

Ela tem, portanto, um valor infinito e não poderás jamais apreciá-la devidamente. Seja-me, pois, lícito pedir-te com empenho que quando tiveres tempo e oportunidade, assistas diariamente a ela, o que te será de grande proveito.

1º- Se assistires freqüentemente, com piedade, ao santo Sacrifício da Missa, pecarás menos.

Na santa Missa, o Divino Salvador te manifesta, por assim dizer, as suas sagradas chagas e te faz esta advertência: contempla o Meu corpo lacerado, fixa o teu olhar sobre minhas fundas e hiantes chagas nas mãos, nos pés, e no lado; olha para a minha cabeça coroada de espinhos; medita sobre a minha morte dolorosa da Cruz; vê, tudo isso, eu padeci por causa dos pecados teus e de todos os homens. Pondera, ainda, quão grande mal é o pecado aos olhos de Deus, pois, somente por meio da minha morte pode ser expiado.

Se com tais pensamentos sobre a dolorosa Paixão do nosso Divino Salvador assistires, freqüentemente, ao Santo Sacrifício da Missa, não se apossará necessariamente, pouco e pouco do teu coração um grande horror, um ódio vivo ao pecado? Não andarás depois acautelada e vigilante, a fim de te preservares dele? É o que indica a experiência de cada dia. Demonstra, ainda que as jovens, que até nos dias úteis, freqüentam a santa Missa, quando podem, premunem-se contra os devaneios e pecados em que a mocidade feminina cai facilmente, porque se priva daquele santo exercício. Continuar lendo