ESPECIAIS DO BLOG: CRISTO JUIZ: UMA VERDADE DE FÉ CAÍDA NO ESQUECIMENTO

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Parte 1: Uma verdade de fé caída no esquecimento

Parte 2: O Juízo Universal nos espera no fim dos tempos

Parte 3: O juízo de Nosso Senhor é o Juízo de Deus

Parte 4: O poder de julgar vem do Pai e foi transmitido a São Pedro, aos Apóstolos e aos seus sucessores

Parte 5: Justiça do juízo

Parte 6 – Final: Não há nenhuma contradição entre Cristo juiz e Cristo misericordioso

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Sobre o Prof. Paolo Pasqualucci:

Conhecido no Brasil por seus magníficos artigos publicados na Revista Permanência, o italiano Paolo Pasqualucci é ex-professor de Filosofia do Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Perugia, além de também ter lecionado nas Universidades de Roma, Nápoles e Teramo (História das Doutrinas Políticas).

Sua produção inicialmente se concentrou em temas de filosofia jurídica e política com artigos, ensaios e monografias dedicados a clássicos modernos como Locke, Hobbes, Rousseau e Kant. Ele reelaborou progressivamente seus cursos universitários em uma Introduzione alla filosofia del diritto (Margiacchi-Galeno, Perugia, última edição em 1994, pp. 228).

Desenvolveu uma crítica radical do pensamento revolucionário em dois artigos dedicados a Walter Benjamin (La Rivoluzione come Messia. Considerazioni sulla filosofia politica di Benjamin, “Trimestre”, X, 1977, 1-2, pp. 67-112; Felicità Messianica. Interpretazione del frammento teologico-politico di Benjamin, “Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto”, LV, 1978, 3, pp. 583-629) e em um ensaio dedicado ao messianismo laico contemporâneo intitulado Politica e Religione. Saggio di teologia della storia (Antonio Pellicani, Roma 2001, pp. 94) com tradução também em francês (Politique et religion. Essai de Théologie de l’historie. Publications Courrier de Rome, Versailles Cedex 2003, pp. 108).

Desde o início dos anos noventa do século passado dedicou-se principalmente à pesquisa metafísica e teológica. No âmbito da metafísica, publicou um ensaio sobre o conceito do Uno como conceito filosófico de Deus, no qual acredita ter demonstrado que esse conceito é perfeitamente compatível com o do Deus verdadeiro, revelado na Santíssima Monotríade: Introduzione alla Metafisica dell’Uno, com Prefácio de Antimo Negri (Antonio Pellicani, Roma 1996, pp. 151).

Ele também trabalha há anos em uma obra de três volumes intitulada Metafisica del Soggetto, destinada a restabelecer uma teoria realista do conhecimento, na tradição da metafísica clássica ou aristotélico-tomista. Deste estudo saíram o primeiro volume: Metafisica del Soggetto. Cinque tesi preliminari (vol. I, Spes – Fondazione G. Capograssi, Roma 2010, pp. 188); e o segundo: Metafisica del soggetto. Il concetto dello spazio (vol. II, Giuffrè, Roma 2015, pp. 648).

Os seus estudos teológicos e de filosofia da religião concentraram-se na análise crítica do Concílio Vaticano II, conduzida desde o ponto de vista da Tradição da Igreja, resultando até agora em artigos, discursos em conferências e dois livros: Giovanni XXIII e il Concilio Ecumenico Vaticano II (Editrice Ichthys, Albano Laziale 2008, pp. 415); L’ambigua cristologia della redenzione universale. Analisi di “Gaudium et Spes 22” (Editrice Ichthys, Albano Laziale 2009, pp. 144). Deste último foi publicada uma versão reduzida com o título La Cristologia antropocentrica del Concilio Ecumenico Vaticano II. Em 2014 publicou pela Fede e Cultura o livro Il Concilio parallelo. L’inizio anomalo del Vaticano II (128 pp.) em que restaura verdades esquecidas no tumultuado início do Concílio Vaticano II.

Publicou também a obra Unam Sanctam (2014), onde estuda os desvios doutrinais da Igreja católica no século XXI; ademais, um livro sobre a questão de um partido católico nacional, Per una carta del partito cattolico (2014); dois livros sobre a perseguição a Dom Lefebvre e à FSSPX e sua injusta condenação: La persecuzione dei “Lefebvriani” ovvero l’illegale soppressione della Fraternità Sacerdotale san Pio X (2014) e Una scomunica invalida: Uno scisma inexistente. Due studi sulle consacrazioni lefebvriane di Écône del 1988 (2017); também publicou um livro sobre a hipertrofia do papel da mulher na sociedade, ou “ginecocracia”, como chamou: Il «regno della donna» ha distrutto i valori tradizionali (2020); por fim, em 2021, publicou Instrumentum diaboli. Le eresie della «teologia india» nello «Instrumentum laboris» per l’Amazzonia, gradito da Papa Francesco onde tece crítica elaborada ao Sínodo da Amazônia e seus escândalos subsequentes. Todos estes pela Editora Solfanelli.

Neste ano de 2022, publicou pela editora Fede e Cultura uma obra sobre a dignidade do homem intitulada La falsa dignità. Una visione dell’uomo spesso fraintesa. Nela faz um percurso histórico sobre a noção de dignidade do homem até o seu uso nos dias de hoje como pilar do “politicamente correto”.

QUARTO DOMINGO QUE SOBROU DA EPIFANIA: A BARCA NA TEMPESTADE E O GRANDE MEIO PARA NÃO NAUFRAGAR

Resultado de imagem para BARCA NA TEMPESTADEAccesserunt ad eum discipuli eius, et suscitaverunt eum dicentes: Domine, salva nos, perimus – “Chegaram-se (a Jesus) os seus discípulos, e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, perecemos” (Mt 8, 25)

Sumário. Pela barca do Evangelho é figurada a nossa alma, que continuamente está em perigo pelas tempestades que contra ela levantam seus inimigos espirituais. O meio principal para sermos vencedores é o de que se serviram os apóstolos; isto é, recorrermos a nosso Mestre e dizer-lhe: Senhor, salvai-nos, porque, se não, perecemos. Ao mesmo tempo, porém, devemos fazer o que está ao nosso alcance; especialmente confessarmo-nos com frequência, fugirmos das ocasiões perigosas, e reprimirmos as paixões desde que comecem a mostrar-se.

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Refere o evangelista que “tendo Jesus subido para uma barca, o seguiram seus discípulos. E eis que se levantou no mar uma grande tempestade, tal que as ondas cobriam a barca; e, entretanto, ele dormia. Então se chegaram a ele os seus discípulos e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, perecemos. E Jesus lhes disse: Porque temeis, homens de pouca fé? E, erguendo-se, mandou aos ventos e ao mar, e seguiu-se logo uma grande bonança – facta est tranquillitas magna“.

Na barca do Evangelho os santos Padres veem a figura, não só da Igreja universal, como também de cada homem que vive neste mundo. Com efeito, assim como a barca que navega pelo mar, está exposta a mil perigos de corsarios, de baixios, de escolhos ocultos e de tempestades, assim cada um de nós se vê cercado de perigos nesta vida, pelas tentações do inferno, pelos escândalos e maus conselhos dos homens e pelos respeitos humanos. Corremos especialmente o risco de nos perdermos, pelas paixões desordenadas, figuradas nos ventos que movem as tempestades e põem a barca em perigo de naufrágio.

Ora, o meio principal, ou antes o único meio, para vencermos tantos perigos e nos salvarmos do naufrágio, é o de que se serviram os santos discípulos de quem fala o Evangelho e que recorreram a seu Mestre, dizendo-lhe: Salva nos, perimus – “Senhor, salvai-nos, porque, se não, perecemos”. Quando a tempestade é forte, o piloto não aparta a vista da estrela que o guia ao porto. Assim nós devemos nesta vida ter sempre os olhos fixos em Deus. Para este fim dispõe o Senhor que, enquanto estamos neste mundo, vivamos numa continua tormenta: para que continuamente nos encomendemos a ele que é o único que nos pode salvar com a sua graça: In tribulatione sua mane consurgent ad me – “Na sua tribulação dar-se-ão pressa a recorrer a mim” (1). Continuar lendo

BOLETIM DO PRIORADO PADRE ANCHIETA (SÃO PAULO/SP) E MENSAGEM DO PRIOR – NOVEMBRO/22

Plik:Cristo crucificado (Murillo).jpg – Wikipedia, wolna encyklopedia

Stat crux dum volvitur orbis” A cruz permanece enquanto o mundo gira.

É uma realidade intangível que o mundo está passando e chegando ao seu fim. Ele não recebeu, como a Igreja, as promessas de vida eterna. No entanto, seus apoiadores não querem acreditar nisso e continuam distorcendo a realidade. Tanta energia é gasta para provar a suposta obsolescência de uma Igreja amontoada em torno de uma doutrina poeirenta e de uma moralidade inadequada. Ao mesmo tempo, cobrem de elogio à utopia chamada modernidade e aos homens que a servem. “Se acabou o tempo das catedrais”. Este é o grito apóstata de nosso tempo. Infelizmente, muitas pessoas sucumbem ao canto fatal das sereias. Intoxicadas pela euforia coletiva, elas embarcam no navio do século. Elas se imaginam atualizadas e, no entanto, sua atitude é uma mera repetição modernizada dos fatos históricos.

Lembrem-se, foi há 110 anos, em abril de 1912. Não é ontem, pode-se dizer. Sim, mas naquela época, o que é para nós o passado era o presente. No ponte do Titanic, todos sentiam o gênio humano, o auge da modernidade. Este sonho orgulhoso, que “nem mesmo Deus poderia afundar”, sucumbiu em poucas horas. Foi engolido como os detratores de Noé em seu tempo. Vamos escolher bem nosso navio. Somente o barco da Igreja sobrevive. Os outros estão afundando e levando os passageiros do mundo com eles. Que não haja engano, a Igreja com seus ensinamentos, seus mandamentos e seus sacramentos permanece atual. Ela estará sempre. Os males que acompanham sua ausência são prova suficiente de sua necessidade. Continuar lendo